sábado, 28 de maio de 2011

Crítica Literária - Dinheiro do Céu

Fui a biblioteca de minha escola e graças  á regra de " escolher o livro que quer somente pelo nome e nome do autor" eu escolhi Dinheiro do Céu, de Marcos Rey. Escolhi este porque adoro romances policiais e sei que este era o tema preferido de Marcos Rey. Mas senti raiva quando, em casa, abri o livro e me deparei com os seguintes dizeres:
                               Dinheiro do Céu não é uma história policial como as anterirores que escrevi para esta coleção - desculpem-me.


E mesmo não gostando de ter sido enganado por um escritor que morreu em 1999, resolvi que leria o livro até o fim. E faria isso rápido. Motivos:
1. Há um prazo de cinco dias para entregar os livros para a biblioteca.
2. Eu queria mesmo trocar de livro logo.
3.  Queria ficar livre para os trabalhos de escola!

Peguei o livro ontem, terminei hoje. Não por causa dos motivos citados acima. E sim porque me apaixonei pelo livro. Por quê? Leia abaixo.
 história se passa em 1964, mas o assunto principal não é o golpe militar que ocorreu na quela época. Don Francesco, o mais velho da família, pega as economias da família e vai para Itália, mais especificamente em Chiaromonte, pegar dos parentes italianos a parte de uma herança que lhe pertence.
Mas o que surpreende é que apesar de o título retratar a viagem do nono na Itália, o livro não dedica nem um sequer capítulo para narrar o tempo que Don Francesco ficou na Itália e o que aconteceu nesse tempo.
A nhistória conta o que aconteceu com a família brasileira desse velho enquanto ele estava na Itália, mais necessariamente o que aconteceu na vida de Dani, o personagem principal e narrador da história.
Adorei os personagens. Pois melhor que um personagem original é um personagem tão clichê que faça nós nos identificarmos com ele. Amei as frases de efeito ( geralmente ditas pelos personagens Salvador, Mandrake e Gianini).
O livro me ensinou a ler através do que está escrito. Aprendi que um simples "Lindo, lindo, lindo!"  pode significar um belo " O tempo em Nápole está ótimo, estou muito feliz e alegre. Não se preocupem, volto logo coma herança."
A maioria dos fãs de Marcos Rey não gostam deste livro porque não tem um final feliz. Eu achei o melhor livro de Marcos Rey simplesmente por não ter final feliz.
O livro não acaba como esperado, com tudo ás mil maravilhas e todo os planos dando certo e os personagens viveram felizes para sempre. Mas também não acaba triste, com os personagens infelizes e tudo desiludido. Acaba como a vida. Alguns problemas solucionados, outras coisas que pareciam boas e pioram e depois voltam aos eixos. Desilusões amorosas, explosões sentimentais, viagens e o belo e corajoso ato de seguir em frente.
Só acho que a capa não mostra o que realmente interessa no livro. A capa original sim, que mostra Dani escolhendo sua fantasia para o baile do sábado de Aleluia. Mas não a nova, que postei acima. A capa nova mostra Don Francesco, com seu guarda-chuva e sua mala, indo até o navio para embarcar e partir para a Itália.
E agora uma pequena análise sobre os personagens principais:
Don Francesco: Na casa dos oitenta anos, pega as economias da família e vai para a Itália em busca de uma herança que poucos acreditavam que existia. Acredito que Marcos Rey tenha o criado para expressar que a impulsividade e a valentia não são obras somente dos jovens.

Atílio: Filho de don Francesco, um exemplo de adulto responsável. Não tem muita importãncia na história, mas é o tipico pai de família que é contra os costumes atuais e defende costumes antigos como tango, salsa e as mulheres de vestidos longos e os homens de chapéu.

Romilda: Esposa de Atílio. Mãe preocupada e dedicada, o tipod e mãe que todo adolescente queria ter. Deixa seus filhos seguirem suas vidas e não se mete em todos os assuntos de todos da casa.

Roberto: Filho mais velho de Atílio e Romilda. Ninguém sabe como consegue tanto dinheiro, roupas chiques, carros caros e um apartamento de luxo. É o personagem principal de um dos maiores mistérios da história.

Fúlvio: Irmão de Roberto. Se sonho? Sere responsável como o pai e cursar a faculdade de medicina. Debocha de tudo, mas não deixa de ser um personagem sério.

Teresa: Vinte e seis anos nas costas e nunca namorou. Passa a vida a ler fotonovelas e tem um certo segredo. Fica o tempo todo na janela, mas ninguém sabe o que fazendo. Representa as moças tímidas que não namoram por medo dos pensamentos dos pais.

Danilo: Mais conhecido como Dani, representa os jovens de todo o mundo. Acho que não preciso falar muito dele, porque já o citei acima.

Mafalda: Namorada de Dani. Insegura como relacionamento e cada vez mais madura e preocupada com o futuro, é incrível como Rey conseguiu criar uma personagem tão parecida com as garotas da vida real.

Tio Salvador: Sem dúvidas  meu personagem favorito. Não trabalha ou estuda,e mroa no quarto dos fundos da casa por ser irmão de Romilda. É o clássico personagem vagabundo e opinador, que dá conselhos para os personagem principais e ganha o carinho do público. Exemplso de outros "tios Salvadores" são Gordy ( Manual de Sobrevivência Escolar do Ned), Seu Madruga (Chaves) e Augustinho Carrara (A Grande Família). Não tem coragem de mover um músculo para trabalhar mas quando o assunto é tomar vinho ou lutar por seus ideais nninguém consegue segurá-lo.
Personagens citados antes do quadro de personagens ( como Mandrake, Farid e Gianini) não ganharam citação acima pois revelam mistérios sobre a trama.

Uma das melhores coisas deste livro é que ele mostra que entre 2011 e 1964 não há tanta diferença assim.


P.S: Não gastem seu tempo reclamando por eu falar de livros velhos. Livros não envelhecem, o que envelhece é o leitor, e é direito de cada um expressar suas opiniões sobre assuntos antigos, atuais ou futuros.

3 comentários:

  1. Vou procurar ler este livro dpois! ^^ Infelizmente, por enqnt, sou o único a comentar.... Mas tenho certeza q isso mudará um dia! ^^ Só não pare d escrever! Uma pessoa não deve desistir d suas paixões! KKKKKKKK

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