terça-feira, 26 de março de 2013

O presente de Renato Russo.

Hoje, dia 27 de março de 2013, o gênio e poeta da música brasileira (nosso glorioso rock) completaria cinquenta e três anos de idade, se não houvesse nos deixado em 1996 devido ao vírus que contraiu : A AIDS.
Na época em que faleceu, Renato estava triste. Aliás, desde o momento em que se tornou um ser pensante e analítico, Renato descobriu-se um ser triste, um trovador solitário rodeado por pessoas que indignava-se com nossa realidade e debulhava-se em lágrimas ao notar que nada havia mudado e nada havia conquistado...seu único defeito: falta de percepção.
Renato nunca percebeu o quanto ele havia mudado, o quanto ele havia conquistado. Legiões de fãs, reconhecimento em todo o país...e devido a sua imensa sabedoria, que esbanjava em suas composições, Renato conseguiu, e consegue até hoje, mudar o pensamento e abrir os olhos de inúmeros brasileiros que, insatisfeitos, ouvem suas músicas e vêm a chama da revolta, a chama da insatisfação nascer e queimar em seu coração.

Mas nem tudo é ruim. Mesmo tendo ido-se e deixado todo seu legado para que bons entendedores pudessem apreciar, Renato falhou ao ir-se tão cedo.
Deixou a música em maus lençóis, com pouca música de qualidade em produção, tendo como únicos representantes as bandas antigas na ativa.
Mas anos se passaram, as pessoas inteligentes viram que nem tudo estava bem no cotidiano, e começaram a olhar pra trás, vendo que música de verdade era a Legião Urbana, compositor de verdade era Renato Russo e que rock'n roll de verdade era dos garotos punks e românticos de Brasília, trazendo de volta o rock brasília dos anos oitenta, resgatando o rock nacional clássico do esquecimento, fazendo também com que fossem lembradas bandas míticas como Barão Vermelho, Matanza e Raimundos....e também fazendo com que fossem descobertas novas bandas, revivendo os anos oitenta da música boa com música tão boa que parece velha.
Esse é o presente de aniversário para Renato Russo. Fácil garantir que nosso trovador solitário, não importando onde ele está, ficaria feliz ao saber que seu rock faz as boas bandas serem lembradas e boas bandas serem descobertas.
A lembrança de Titãs, Matanza, Ultraje a Rigor, Raimundos, Ira! e outra inúmeras bandas grandiosas desejam feliz aniversário a Renato.
Assim como Project46, Draco, Worst, Marília Gabriela e Theoria de Allice, bandas novas, também provam que Renato não passou por esse mundo á toa.




♫ É tão estranho, os bons morrem jovens. Assim parece ser quando me lembro de você, que acabou indo embora cedo demais. (...) Os bons morrem antes. Me lembro de você, e de tanta gente que se foi cedo demais. ♫
 Love in The Afternoon - Renato Russo

Em nome do Brasil e de toda a boa música que insiste em nascer por aqui, o blog Literatura do Guimarães (devoto de Renato Russo até o final dos tempos), desejo um feliz aniversário a esse gênio saudoso.
E como presente ao nosso poeta favorito, e a quem admira seu trabalho, músicas de boas bandas atuais que mostram que o rock ainda está vivo....assim como Renato Manfredini Júnior.

Parabéns, Renato Russo, nós te amamos. =D

sábado, 16 de março de 2013

Top V - Frases de Star Wars

Toda a saga cinematográfica Star Wars é uma saga obrigatória de ser assistida por qualquer nerd ou até mesmo qualquer reles fã de cinema.
Sendo a trilogia original ou a nova, é impossível negar que a obra de George Lucas ainda não foi superada por nenhuma saga cinematográfica. Nem em nível de história e muito menos em nível de renda.
Recentemente, a Disney (compradora da Lucas Filmes) anunciou que SEIS novos filmes da franquia Star Wars serão lançados. Duas novas trilogias do universo que mais amamos.
E para entrar no clima de "Star Wars voltou", rever os filmes é a melhor escolha. E, depois de tantos anos após o último filme, é impossível assistir hoje em dia sem se relembrar dos quotes, as frases marcantes da saga.
Confira agora um top V , com cinco das melhores e mais memoráveis frases de todos os seis filmes.

                                    V - "Eu tenho um mau pressentimento sobre isso".



No original, "I have a bad feeling about this". Simplesmente a frase mais dita em Star Wars, presente em quase todos os filmes e dita por boa parte dos personagens principais. No vídeo acima, uma compilação dos melhores momentos dos filmes em que a citação é usada. No mesmo vídeo, podemos ver a frase sendo dita por Obi-Wan Kenobi, Anakin Skywalker, Luke Skywalker, Princesa Leia, Han Solo e C-3PO, ou seja, praticamente todos os protagonistas que falam a língua humana já disseram essa frase, incluindo o vilão Darth Vader, que um dia já se chamou Anakin Skywalker.


                                  IV - "Há muito tempo atrás, numa galáxia muito distante".

Além da frase citada na posição acima, outra que está presente em todos os filmes, desde a trilogia clássica até a nova trilogia, é a frase que sempre surge antes do texto (também presente na saga toda) que explica qual filme você está prestes a assistir e te dá a base da história do mesmo. E é claro, que precisa sempre também deixar claro que qualquer obra relacionada ao maravilhoso universo criado por George Lucas se passa há muito tempo atrás, numa galáxia muito distante.


                                                III - "Que a Força esteja com você!"

No Universo de Star Wars, a Força é a religião do universo. A Força que rege tudo e que dá força aos populantes daquele mundo. Quase como o "Deus" que está presente em abundantes religiões terráqueas.
Algumas vezes, quando algum personagem é enviado a alguma missão, seu mentor (ou também algum amigo seu que se importe com seu desempenho na missão) o deseja sorte dizendo "Que a Força esteja com você", que nestes filmes soa como um "Vá com Deus". Já dito por Obi-Wan Kenobi (a Luke Skywalker), Yoda ( a Anakin Skywalker) e por Han Solo ( a Luke Skywalker).
Após isso, virou uma das frases mais icônicas de toda a história do cinema.

                                                                             II - NO!!

É até ridículo colocar uma única palavra no segundo lugar de um top 5 com melhores frases. Afinal, palavras não são frases, certo? Errado! Se dita sozinha, sem palavras sucessoras ou antecessoras, e se tiver um significado que não necessite de mais palavras para fazer sentido, uma palavra sozinha forma SIM uma frase. Ou seja, o "NO!" que é dito inúmeras vezes durante a saga toda por todos os personagens, mas que foi dita do modo clássico e prolongado (NOOOO!) apenas por Obi-Wan Kenobi (ao ver Qui-Gon Jinn ser morto por Darth Maul), por Darth Vader (ao descobrir, por Sidious, que seu ódio matou Padmé), por Luke Skywalker (ao ver a morte de Obi-Wan Kenobi por Darth Vader), por Leia (ao ver que Luke caiu na cilada que Vader o preparou), novamente por Luke (ao descobrir que Vader é seu pai) e novamente por Darth Vader ao salvar Luke da morte que Sidious ia lhe causar.


                                                       I - Luke, eu sou seu pai.

Na verdade, a frase "Luke, eu sou seu pai" nunca foi dita em nenhum dos filmes de Star Wars.
A clássica e conhecida cena de "O Império Contra-Ataca" em que Vader revela a Luke que é seu pai na verdade foi executada regada com a frase "Não, eu sou seu pai", o que não tira, de jeito nenhum, o epicismo da cena. Ao ficar famosa pelo mundo, a cena foi modificada pra "Luke, eu sou seu pai" apenas para informar as pessoas leigas no assunto de que a frase se referia a um personagem chamado Luke.
A frase ficou tão famosa que vários outros ícones da cultura pop vivem fazendo referência a ela. James Earl Jones, a voz de Darth Vader, ganhou uma notoriedade na mídia muito maior depois de Star Wars, e é impossível assistir uma entrevista com o ator e locutor em que ele não seja obrigado a dizer esta frase.
Até mesmo Toy Story, a melhor trilogia infantil (feita pela Disney) de todos os tempos, tem referências a essa cena mítica. Isso sem mencionar a música "Luke, eu sou seu pai" da banda de rock brasileira Os Seminovos.
E como homenagem a essa saga maravilhosa, e especialmente a esta frase que estrela a melhor cena de todos os seis filmes já feitos (e que será impossível de ser superada por qualquer cena dos filmes que a Disney produzirá para 2015), milhares de nerds (como eu e meu amigo Moisés Silva) irão dar a seus filhos o nome de Luke, só para poder gritar :

 - Luke, eu sou seu pai!


E você? Acha que faltou alguma frase ou que ficou faltando algo no texto?
Deixe suas opiniões e/ou sugestões nos comentários.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Entrevista - Banda Theoria de Allice


Hoje, o blog Literatura do Guimarães, tem o orgulho de entrevistar para o blog uma banda da qual eu  (Raphael Guimarães, dono do blog) sou fã. A entrevista da vez é com uma das mais novas bandas de metal nacional (em português, veja que surpresa!), Theoria de Allice.
Antes de tudo, que fique claro que a entrevista foi realizada por e-mail com os integrantes Pedro Cortopasi (guitarrista) e Elaine Correa (vocalista), portanto a entrevista foi realizada com a banda como um todo, sem perguntas específicas para qualquer um dos integrantes.
 Então, vamos a entrevista!!


01 - Quantos são os integrantes da banda? Quais os nomes de todos e os instrumentos que tocam?
R: Elaine Correa (vocal limpo), Matheus Coleredger (vocal, gutural), Thais Marques (baixo), Pedro Cortopasi (guitarra), João Koala (guitarra) e Edmilson Cruz (bateria).

02 - Hoje em dia estão bem comuns as bandas com muitos integrantes. Por que acham que isso acontece?
R: A busca por uma melhor qualidade sonora e a inclusão de detalhes e instrumentos que possam fortalecer e deixar a música mais diversificada.

03 - Até pouco tempo as bandas mais conhecidas e mais ouvidas eram bandinhas de pop/rock, e talvez nem isso. Aí veio esse BOOM de metal e várias bandas nacionais conseguiram mais espaço (Project46, A Última Theoria, John Wayne etc.) Sabem explicar de onde veio esse BOOM?
R: : Acreditamos que sempre existiu essa proposta diferente no meio underground e independente, algumas bandas sempre se destacam e ganham uma maior valorização do público, assim como no hardcore, bandas como Sugar Kane, Rancore, Deadfish, Aditive, ganharam maior destaque e respeito nos últimos tempos, mas não querem dizer que são bandas novas, e sim bandas que batalharam muito para chegarem neste plano. Sobretudo na cena do post-hardcore/metalcore/deathcore, temos também diversas bandas antigas e de maior visão que sempre se destacaram, tendo essas bandas colaborado demais para o alcance que a cena underground, independente dos gêneros citados, teve nesses anos pra cá. Por fim, focando em nossa cena, creio que diversas pessoas interessadas em bandas como Gloria, Lex Level, Ponto Nulo no Céu, A Última Theoria, pioneiras deste gênero, quiseram conhecer mais este mundo.

04 - Vocês, integrantes da banda, se conheceram como e onde?
R: ideia inicial para criar a TDA, começou em uma discussão entre integrantes de uma antiga banda de hardcore, onde ocorreu o fim de um ciclo e o inicio de outro, apenas com dois integrantes seguindo esta nova fase, sendo estes Pedro Cortopasi e João Koala, após alguns ensaios e algumas musicas criadas, necessitamos e achamos interessante a presença de um vocal melódico feminino, sendo este posto ocupado pela ex-vocalista da banda Van Pelt de Americana/SP, Elaine Correa, que em seguida após contato da mesma, chegamos até a baixista Thais Marques, esta de primeira se interessou muito pelas musicas, e mesmo tendo grandes influencias no Blues, somou esta experiência na banda. Tendo ocorrido mais alguns ensaios, convidamos Matheus Coleredger e Edmilson Cruz para se juntarem à banda e fecharmos a formação.



05 - Quem escreve as letras da banda?
R: Grande parte das letras e melodias compostas no álbum A Essência do Medo foram feitas por João Koala.

06 - De onde vem as ideias para as letras?
R: Baseamos como um todo, a ideia inicial do nome do álbum, figurativamente representado nas músicas.

07 - Na hora de criar uma música, o que vem primeiro? A melodia ou a letra?
R: Particularmente, focamos primeiro em termos uma letra e melodia/base, para assim podermos dar uma finalização em conjunto de todos os integrantes.

08 - Uma das coisas mais admiráveis na banda é a combinação dos guturais com os vocais femininos. Como e por que resolveram usar isso?
R: Desde o início, sabíamos do potencial dos dois vocalistas, por acaso tivemos a sorte dessa junção dar muito certo. Pelo menos, estamos felizes com esta formação e o resultado final. 

09 - Quais são as influências musicais que vocês tem para produzir esse som fantástico?
R: Sempre deixamos bem claro a todos os integrantes exporem suas vontades e mostrarem suas origens musicais, suas bases que transformaram a banda no que é hoje. Tais influências vindas de bandas como Slipknot, Eyes Set To Kill, Evanescence e Miss May I. 

10 - Em uma análise breve, sobre o que é a letra de Acredite em Mim ?
R: A letra diz que você deve lutar pelos seus objetivos e ideais, sem precisar passar por cima dos outros, sendo que apesar de tudo você possa acreditar em si mesmo.

11 - E o nome da banda, quer dizer o que? Quem é Allice?
R: O nome da banda surgiu de uma redação escrita pelo guitarrista João Koala em sua época escolar, quando o mesmo ainda residia em Limeira/SP, ocasião em que nos trechos do texto citado, era mencionada a descrença de como a humanidade era fria em todos os sentidos, dando diversos exemplos, frieza essa que impedia a humanidade de progredir mentalmente. A redação se chamava : A Todo o Gelo, que em inglês ficaria The All Ice, ocasião em que se juntarmos as palavras "All" e "Ice" obtemos o substantivo "Allice", tendo também adotado a escrita de "teoria" com TH.

12 - Quando sai o primeiro CD?
R: Lançamento está previsto para o dia 15 ou 16 de março de 2013.





15 – Das músicas divulgadas no Youtube, qual vocês consideram a melhor da banda?
R: Gostamos de todas, demos nosso melhor independente do período de lançamento que se destaca cada uma, mas acreditamos que mesmo contra o números que estão a frente dela, a música Acredite em Mim é o nosso carro forte, e temos em mente que após o lançamento do álbum teremos uma nova perspectiva disto, aguardem...

16 - Na música Semeador de Pragas, vocês contaram com uma ótima participação de Álvaro Limeira, do Colwire. Como foi essa participação?
R: Inicialmente, nosso contato com o Álvaro Limeira começou nas gravações do single Acredite em Mim, onde contamos com a gravação e ajuda do produtor e guitarrista da banda Colwire, Guilherme Yukio, após o lançamento da música e durante as gravações do CD  tivemos a oportunidade de ouvir um trabalho recente deles intitulado como “M.I.D.I.A”, onde surgiu um grande interesse de convidá-lo a fazer esta participação, a rumores até entre os integrantes da banda que esta musica foi inicialmente feita por Koala com a predestinação de ser gravada realmente em apoio com o Vavá.  

17 - Como o vocalista, Matheus Coleredger, treina a voz dele a ponto de fazer aqueles guturais e pig squeals sem engasgar? (risos)
R: Assim como dito inicialmente, quem dirige esta entrevista é um dos guitarrista, bem como não sei explicar em prática o que seria gritar com estilo, bom na verdade, tenho, já tentei diversas vezes, e já cheguei a cuspir sangue pelo mal uso da técnica que nunca aperfeiçoei. O que posso dizer, é que esta técnica deve ser usada com o diafragma, como todo o modo em geral de se cantar, para que você assim não exerça toda a força focalizada na garganta, sendo que na verdade a garganta serve apenas para que você modele o tom da voz que ira sair, e o drive que será exercido.

18 - E shows? Alguma previsão pra São Paulo?
R: Bom, somos quase todos de São Paulo/SP, em exceção apenas de Koala que reside em Campinas/SP. Nossa agenda esta sendo marcada a partir do lançamento do álbum, e com certeza não deixaremos de fazer shows aqui em nossa cidade.

19 - Em qual gênero musical, dentro do metal (obviamente), vocês se encaixam?
R: Metalcore.

20 -Pra terminar, gostaria de parabenizá-los pelo ótimo trabalho que vocês vêm fazendo e incentivá-los a nunca pararem com essa música bem feita. Por último, que conselhos vocês tem a dar pra quem tá começando agora?
R: Obrigado acima de tudo pela entrevista e agradecemos muito o interesse e apoio que esta depositando na banda. Assim como falamos em todas as nossas músicas, queremos deixar claro que acima de tudo, esta é uma causa que devemos fazer não apenas por nós mesmos, mas para este país que infelizmente ainda não sabe cuidar direito de todos os filhos sonhadores deste solo, abrindo os braços para poucos deles. Por fim, Acredite em Mim, Acredite em Si, Acredite em Todos Nós! 


Entrevista dedicada a meu amigo Bebeto Faria, que foi quem me apresentou a banda.
Valeu, Bebeto, sem você eu não ia ouvir essa música maravilhosa que essa galera faz. 

domingo, 3 de março de 2013

Wolverine não é gay!


Nos últimos anos, acompanhando quadrinhos, podemos observar que as grandes editoras (me refiro apenas as duas que realmente importam, Marvel Comics e DC Comics) estão tentando abranger um público maior. Querem parar de se focar apenas nos adolescentes fãs de super-heróis e querem fazer com que todo o tipo de público seja seu público alvo, criando assim cada vez mais fãs de quadrinhos e os tão famosos nerds de quadrinhos.
E ao tentar atingir os mais diferentes tipos de públicos (as minorias, se assim preferir), já se criaram, há muito tempo atrás, personagens latinos e afro-americanos...como o Super-Choque, da DC Comics, e o Mancha Solar (que representa várias minorias ao mesmo tempo), da Marvel.
Na década de 90, a Marvel notou que havia restado apenas uma minoria a qual eles ainda não haviam dedicado nenhum personagem: O público GLS (gays, lésbicas e simpatizantes). E assim surgiu a revelação de que o personagem Estrela Polar era homossexual e possuía um namorado chamado Kyle Jinadu.

Anos depois, em 2012, a Marvel desengavetou essa ideia (a qual ninguém havia dado muita importância, sendo que Estrela Polar é um personagem de quinta categoria que ninguém conhece e ninguém se importa), anunciando que Estrela Polar e Kyle iriam, finalmente se casar.


Com certeza, a notícia de que uma revista de história em quadrinhos teria como tema principal de sua edição  atraiu muita atenção e muitos holofotes!
Começaram as polêmicas, vários religiosos e cidadãos conservadores afirmando que não estavam satisfeitos com essa notícia pois não queriam que seus filhos lessem essas histórias que "apoiassem o homossexualismo" (palavras deles).
Alguns leitores foram a favor dessa união, outros foram contra, e boa parte deles foi indiferente...afinal, é apenas mais um detalhe, qual é o problema disso? Mas, certo, errado ou indiferente, a Marvel conseguiu o que queria: Atenção.
Mas o povo é idiota. O povo é burro, o povo não tem nenhuma habilidade de interpretação.
Nunca se importaram em ler uma única matéria explicando a situação, apenas liam "Marvel", "super-herói" e "gay". Após essas três palavras, a mente das pessoas se fecharam, e se tornou comum ouvir, e ler (na internet), conversas como - Ficou sabendo que os super-heróis vão todos virar gay? Ficou sabendo que agora os heróis são homossexuais? Vai ser lançada uma revista apenas com super-heróis gays.
Ou seja, esse tal povo sem poder de interpretação formulou todo e qualquer tipo de teoria relacionado a super-heróis homossexuais, exceto a correta - De que Estrela Polar é gay e iria se casar com seu namorado. Só isso!


Não demorou muito, logo a DC Comics ficou com inveja/ciúmes/dor de cotovelo devido a atenção que a Marvel havia recebido ao casar um personagem com outro do mesmo sexo. E como sempre, a DC correu atrás do prejuízo querendo se igualar.
Não demorou muito, a notícia de que, em breve, um personagem da DC sairia do armário e se revelaria gay  foi publicada. Começaram as apostas. Quem será? Batman? Robin? Flash? Super-Homem?
E, em pouco tempo, a notícia de que Alan Scott é homossexual veio á tona.
Mas junto com esta notícia, veio a pergunta : Quem diabos é Alan Scott?
Alan Scott é o Lanterna Verde original, o primeiro alter-ego de Lanterna Verde. Antes de Hal Jordan, antes de John Stewart, Kyle Rayner, Duck Dodgers  e Abin Sur, o primeiro a ser realmente conhecido como Lanterna Verde foi Alan Scott.
Mas, tudo bem. Afinal, o fato de Scott ser gay não afeta em nada o universo atual dos quadrinhos, já que não se fazem mais revistas com ele e no universo DC atual ele não é nada mais que um personagem velho e esquecido pelos roteiristas.
Mas o povo é idiota. Novamente, ninguém teve interesse em pesquisar e descobrir que não existe apenas um Lanterna, descobrir que Alan Scott e Hal Jordan não tem nada a ver um com o outro.
E, mais uma vez, se tornou comum as situações vergonhosas de reportagens e matérias jornalísticas sobre o "Gay Green Lantern" com imagens de Hal Jordan ou John Stewart, NUNCA de Alan Scott.
Houveram até mesmo textos (tão compridos quanto este) questionando como seria o filme "Lanterna Verde 2", após essa revelação.
O povo foi idiota, e inverteu tudo, chamando urubu de meu louro e Alan Scott de Hal Jordan.


Depois de Estrela Polar e Alan Scott (em 2012), finalmente começaram as polêmicas desse tipo em 2013.
Há uma semana, na revista X-Treme X-Men, Wolverine deu um beijo (beijo mesmo, na boca) do semi-deus Hércules. Mas não se preocupe, a masculinidade do personagem e toda a imagem máscula que ele vem cultivando durante esses quase sessenta anos de existência continuam intactas. Acontece que este beijo é uma situação que ocorreu apenas na revista X-Treme X-Men.
Resumindo, aquele personagem homossexual que beijou e se apaixonou por Hércules não é o Wolverine de verdade, apenas o Wolverine do universo X-Treme, um universo paralelo que possibilita os personagens de terem mudanças bruscas em sua personalidade.
O fato de Wolverine (absolutamente o anti-herói mais másculo da Marvel que já teve o maior número de namoradas e de relações sexuais com mulheres nessas seis décadas de criação do personagem) ter se tornado homossexual é um ótimo exemplo das mencionadas mudanças bruscas de personalidade.
Ou seja, o Wolverine do Universo X-Treme é gay, não o Wolverine de verdade. A partir do momento em que você concorda que existam universos paralelos, é óbvio que em cada universo vão ter versões distintas de cada personagem. Não seria uma surpresa se em outras revistas que retratam outros universos surgissem com uma Wolverine mulher, um Wolverine negro ou um Wolverine francês.
Mas, mesmo que aconteçam as mais inusitadas alterações paralelas da personalidade do anti-herói baixinho, na revista Wolverine, que é a que aborda o verdadeiro Logan, continua com o Logan hétero.
E antes que o povo se mostre, de novo, idiota e sem poder de interpretação, eu afirmo com certeza e segurança:
O Wolverine não é gay!!