sábado, 4 de outubro de 2014

Top V - Melhores Sequências Disney.


Já é Outubro,e o dia das crianças se aproxima!!
 Então, o Literatura do Guimarães (blog que só não é mais infantil do que o site PapaJogos) preparou uma programação totalmente temática para ser publicada durante todo o mês de outubro.
 Mês das Crianças com temas dedicados ás pequenas crianças!!
 E pra começar, uma lista de melhores filmes Disney seria muito polêmica, então algo mais leve seria...uma lista de melhores sequências de filmes da Disney.
 Lá vai!!


 V - O Cão e a Raposa 2


 Tempo de diferença entre o primeiro: 25 anos.
 Antecessor: O Cão e a Raposa (1981)
  Não é tão bom quanto o original (que choca a criança com fofura e tristeza) mas é uma ótima opção pra assistir buscando diversão.
 O primeiro filme termina com a raposa Dodó e o cão Toby (Tod e Copper no original) adultos e separados por suas diferenças, um na fazenda e o outro na floresta com a fêmea Miriam (Vixey, no original). Como dar continuidade a isso? Fácil, volte alguns anos e aproveite as histórias não contadas sobre os personagens.
 Neste filme, Dodó e Toby ainda são filhotes (e amigos, que é o mais importante) quando uma feira chega á cidade.  descobre que tem talento e MUITA vontade de se tornar um cantor (ao invés de um cão de caça) ao conhecer e integrar um grupo de cães cantores e, sem querer, acaba deixando Dodó de lado.
 O filme faz uso de uma arte muito bonita e consegue manter a atmosfera e as personalidades dos personagens bem fieis (também fazendo uso dos pássaros que caçavam a lagarta do primeiro filme) ao longa anterior. Além disso, ainda conta com a voz de Patrick Swayze como dublador de um dos cães cantores, então é válida a opção de ver o filme no idioma original.
  Mas o mais interessante da sequência, ou prequela nesse caso, é que passa mensagens sobre lutar por amizades e conciliar sua vida social com a profissional. Mensagem que as crianças vão ter que se lembrar quando crescerem.
 É melhor que o original? : Não. Mas é divertido e alegre. Também torna o filme original muito mais legal pois acrescenta momentos alegres na "história não contada" dos personagens, explicando que a vida de Dodó e Toby não foi apenas tristeza. É uma sequência que enobrece o primeiro filme.


 IV - Bernardo e Bianca na Terra dos Cangurus


 Tempo de diferença entre o primeiro: 13 anos.
 Antecessor: Bernardo e Bianca (1977).
 Esse sim indica um grande avanço de um filme para o outro.
 No original, Bernardo e Bianca (dois ratos membros da Sociedade de Proteção e Ajuda) partem viajando nas costas de um albatroz para salvar Penny, uma menina órfã mantida em cativeiro por uma mulher ambiciosa. Clássico da Disney que se eternizou no Brasil devido á dublagem amigável e ás canções que a clássica cantora Evinha gravou para o longa, Bernardo e Bianca foi um grande sucesso no mundo todo devido a sua arte simples e história ética sobre "ajudar o próximo, independente se formos fracos ou pequenos". Quase a premissa de Super Fofos.
 E em 1990, a aventura continua. Mostrando que não se aposentaram, os ratinhos mostram que além de continuarem trabalhando como "heróis", evoluíram enquanto casal. Bernardo pensa em pedir Bianca em casamento quando são chamados para resgatar um menino sequestrado por um traficante de animais silvestres na Austrália.
 Primeiro filme da Disney a ser animado inteiramente por computador (incluindo os cenários), e primeira sequência de um clássico dos estúdios de Walt Disney. Com certeza marcou época.
 É quase que um remake do primeiro filme, apenas trocando a história principal e proporcionando uma evolução na trama (como em Duro de Matar 2). O roteiro é melhor trabalhado e, ao contrário do primeiro filme, Bernardo e Bianca não são os únicos personagem carismático. Há Wilbur, o albatroz descolado, Jake, o camundongo aventureiro e até mesmo Joanna, a iguana (ou salamandra?) maldosa e atrapalhada. 
 E, o mais importante, a mensagem sobre ajudar o próximo e vencer as dificuldades se mantém ainda mais forte, pois todos sabem como que o perigo se esconde na Austrália. Toda essa mensagem com uma arte melhor definida e mais admirável.
 É melhor que o original? : Bastante. Recicla o tema do primeiro filme, mantendo a mensagem e evoluindo os personagens. Tudo isso com uma arte mais agradável de se ver, com traços mais definidos e um cenário mais criativo e diversificado, com paisagens australianas e animais da fauna australiana como figuração.

 III - A Dama e o Vagabundo II -  As Aventuras de Banzé


 Tempo de diferença entre o primeiro: 46 anos.
 Antecessor: A Dama e o Vagabundo. (1955)
  Uma das únicas sequências diretas dessa lista. 
 Todo mundo se lembra do final de Dama e Vagabundo. Os cães se casam, passam a viver juntos e tem quatro filhos. Três fêmeas iguais á mãe e....um pequeno vira-lata idêntico ao pai: Banzé.
 Então, A Dama e o Vagabundo II toma um rumo bem diferente do primeiro filme. Enquanto o original de 1955 era um Romeu e Julieta com cães, a sequência de 2001 trata sobre a busca de liberdade por parte do cãozinho Banzé. Cansado de sua vida como cão doméstico, foge da mansão em que vive para ser um cão da rua, com a cachorrada que vive na Sociedade do Lixão.
 É um show de emoções e nos ajuda a lembrar com detalhes do filme anterior. Nos faz lembrar do romance, quando Banzé conhece a cadelinha Angel que sonha em ter um lar (e os dois até reproduzem a cena da macarronada). Nos faz lembrar da vida de Vagabundo como...bem...vagabundo, quando Banzé ganha admiração por Buster, antigo parceiro de aventuras de seu velho pai. Nos faz lembrar até mesmo da carrocinha, eterna inimiga de qualquer cachorro que ouse surgir na rua. 
 As diferenças básicas entre os filmes são realmente a evolução da arte, as músicas (que neste filme são bem mais divertidas, interativas e fáceis de decorar. Eu mesmo sei cantar todas) e os personagens. Ah, os personagens. Enquanto em "A Dama e o Vagabundo" só podíamos nos lembrar do casal protagonista e de outros dois cachorros que insistiam em farejar tudo, neste filme todos os cães são mais característicos e apaixonantes. Principalmente os do lixão. Um cão francês, um velho, uma fêmea soberba, um gordo maluco....como se esquecer deles?
 E mesmo gritando que quer um mundo sem cercas, Banzé (o primeiro cachorro punk poser) percebe que nada é melhor e mais seguro que o amor de sua família.
 É melhor que o original? São iguais em qualidade. Enquanto um possui sua qualidade baseada na importância que representa para os Estúdios Disney, o outro prova o quanto é bom com seus personagens, arte, roteiro e trilha sonora. Impossível comparar, mas fácil de amar os dois com a mesma intensidade.

II - O Rei Leão 2 : O Reino de Simba


 Tempo de diferença entre o primeiro: 4 anos.
 Antecessor: O Rei Leão (1994).
 Sucessor: O Rei Leão 3 - Hakuna Matata (2004).
 Temos que concordar. A única coisa ruim nessa sequência é esse sub-título. O Reino de Simba? Como assim? O filme nem é dele, é da Kiara!
 Com um roteiro tão interessante (e o fato de ser a sequência do filme qualificado como a melhor coisa já feita pela Disney), é até estranho que tenha sido lançado diretamente em VHS e não tenha sido exibido nos cinemas.
 A trama é linda. Após Simba tomar de volta o reinado em uma grande jornada Shakesperiana, casa-se com Nala e estabelece uma família ao ter sua filha Kiara. Criada no reino de seu pai como princesa e obrigada a viver separada das leoas exiladas (descendentes e antigas aliadas de seu falecido tio-avô Scar) e também de Kovu, leão que tempo depois entraria infiltrado em sua alcateia a mando dos exilados. Assim, nasce um romance entre a princesa Kiara e o exilado Kovu, no maior estilo Romeu e Julieta. Curiosidade válida: Enquanto o primeiro filme é uma releitura magnífica de Hamlet, esta sequência faz lembrar bastante de Romeu e Julieta. Acho que a Disney lê muito Shakespeare.
 Mesmo que a história seja um pouco mais clichê e menos elaborada do que o original, este se salva por suas qualidades que não são nem um pouco clichês.
 Suas músicas são lindas e mais características que as do primeiro pois utilizam detalhes africanos e que fazem alusão maior á cultura africana. Tentando resgatar o sucesso de Hakuna Matata e Ciclo Sem Fim, as duas melhores músicas do primeiro filme e as únicas que utilizam palavras ou trechos remetentes a cultura africana.
 E repetindo o sucesso do original, Rei Leão 2 também utiliza dos recursos: Macaco conselheiro maluco, Mufasa ajudando do além, Timão e Pumba e....lição de moral sobre defender seu reino, ser o que realmente é e honrar sua família.
 É melhor que o original? Não. Nem chega perto, pra falar a verdade. As músicas são melhores e o aprofundamento na reprodução de cenário africano é melhor aproveitado...Mas Rei Leão é Rei Leão, e só a cena clássica da morte de Mufasa consegue ser mais emocionante que todo o romance de Kiara e Kovu, mesmo que a cena final de Rei Leão 2 (com todos rugindo juntos) tenha me arrancado umas boas lágrimas felizes.

I - Pateta 2 - Radicalmente Pateta



 Tempo de diferença entre o primeiro: 5 anos.
 Antecessor: Pateta: O Filme.
 O choro é livre. O mimimi tá liberado.
 A trana é simples. Depois de ter finalizado o colégio, Max parte para a faculdade para finalmente se aprofundar na arte dos esportes radicais com  seus amigos. E seu pai Pateta vai junto, tomar conta de seu filho único (cuja mãe ninguém sabe quem é ou que rumo tomou).
 Há motivos para que Pateta 2 esteja em primeiro lugar nesta lista...e são os seguintes:
  • A base de toda obra que inclua Pateta e Max (como o seriado Pateta e Max) sempre se mantém com o objetivo claro de passar a premissa de aproximação entre pai e filho. Se Max tivesse continuado com sua namorada Roxanne (que ele tanto sofreu para conseguir no primeiro filme), o foco desta premissa seria perdida e sua relação com seu pai seria deixada de lado. Já que Roxanne é esquecida e nem é mencionada na sequência, a premissa se mantém.
  • Pateta é um pai solteiro cujo único amigo é um arrogante João Bafo de Onça e ainda por cima é rejeitado por seu único filho que morre de vergonha dele. Ás vezes a solidão deste maluco é perturbadora....e é realmente confortante que Pateta ganhe um par romântico neste filme.
  • A trilha sonora não é tão envolvente quanto a do primeiro filme, mas os cenários novos criam uma atmosfera tão confortável para o espectador de modo que nenhuma música nos deixaria mais em casa do que apenas o som dos personagens Disney.
  • Há a evolução apropriada dos personagens, principalmente de Max e seus colegas. Afinal, eles são jovens adultos agora. Max mantém seu jeito de moleque mas entendendo suas responsabilidades. P.J. ainda é atrapalhado mas demonstra interesse em garotas. E Bob ainda é o descolado tranquilo...só que de cabelos curtos! É o tipo de sequência que seria perfeito para se assistir logo após assistir o primeiro filme, pois a evolução e envelhecimento de personagens criaria maior identificação e coerência nos dois filmes.
  • A maioria dos filmes americanos sobre universidades focam em festas, bebidas e sexo desenfreado. Isso motiva as pessoas a irem á faculdade, mas pelo motivo errado. Pateta 2 motivaria as crianças a irem a faculdade, mantendo o "politicamente correto" sem tirar o clima estiloso e maneiro do ambiente, acrescentando esportes radicais, paquera inocente, comilança de guloseimas e clubes de poesia.
 Resumindo, Pateta 2 - Radicalmente Pateta é um filme incrivelmente bom, que motiva as crianças a irem para a faculdade, cultiva o relacionamento saudável entre pai e filho, nos proporciona cenas incríveis de esportes radicais (muito bem desenhadas e animadas para o conceito de tecnologia de animação do início dos anos 2000), faz com que nos reapaixonemos por Max (que era um pivete irritante no primeiro filme) e ainda nos dá momentos de diversão com um dos personagens Disney mais cativantes, divertidos, fofos e legais: O próprio Pateta.
 É melhor que o original? Muito!! O Pateta dança em uma discoteca! Claro que é melhor!!

Um comentário:

  1. Muito boa a lista, parabéns!

    Só gostaria de relembrar também o filme "Peter Pan - De Volta à Terra do Nunca" de 2002, que na minha opinião tem um enredo mais profundo e divertido que o primeiro

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