domingo, 22 de dezembro de 2013

Dez Respostas - O Grinch

O Natal se aproxima e, como de costume, o Literatura do Guimarães se adéqua a época e um texto temático surge. Quando o blog era mais informativo, o texto de Natal era uma biografia do Papai Noel. No ano passado, quando eu tava mais filosófico saiu todo um artigo sobre pessoas que odeiam o Natal.
 Como nesse ano eu (e o blog, por consequência) estão MUITO mais cinéfilos e nostálgicos, nada mais justo que falar de um dos personagens do Natal que eu mais gosto (e do meu filme natalino favorito): O Grinch.
 Se você o conhece -é quase certeza que conhece- com certeza é por causa do filme de 2000, dirigido por Ron Howard (diretor que adora adaptar livros do Dan Brown para o cinema) e estrelado pelo nosso tão adorado Jim Carrey.
 No filme de 2000, conhecemos o Grinch; Uma criatura verde e peluda que detesta o Natal, diferente de todo o resto da cidade em que mora...com exceção da pequenina Cindy Lou Quem, que mesmo gostando do Natal não consegue entender seu real significado. Com um roteiro imaginativo, divertido e incrementado pelas expressões faciais de Jim Carrey, os dois personagens preenchem, uns nos outros, o que faltam em seu coração.
 Sem mais informações e curiosidades aqui, começa uma pequena sessão com dez respostas e curiosidades sobre este filme e também toda obra relacionada a este icônico personagem natalino.


sábado, 7 de dezembro de 2013

Por que ninguém se importa com a Mulher-Maravilha?


Hoje em dia, o cinema está dominado.
 Quem antes dominava esse cenário tão amplo agora aparece de vez em quando. Tarantino lança um filme há cada dois anos, J.J. Abrams assume duas franquias que (mesmo quebrando recordes de bilheteria) não caem na boca do povo e Steven Spielberg está dormindo há tanto tempo que é quase impossível dizer que ainda é um dos melhores cineastas conhecidos.
 O cinema agora é deles - Os super-heróis. Seres extremamente poderosos que usam capas, ceroulas, armaduras, artefatos mágicos ou apenas sua grande vontade de combater o crime ou, muitas vezes, de obter vingança.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Robocop, por favor.

Em 1987, era lançado um filme diferente.
 Enquanto filmes sobre robôs heróis e filmes sobre policiais eram coisas completamente diferentes, o diretor Paul Verhoeven (também responsável por Vingador do Futuro) resolveu unificar tudo isso...e ainda adicionar pitadas leves (Ou não) de metáfora, crítica social e violência sem escrúpulos.
Assim nasceu Robocop, filme vencedor do Oscar, do Prêmio Saturno e do Festival de Cinema Fantástico de Avoriaz.
 E agora, vinte e seis anos após todos aqueles prêmios, os executivos resolveram refazer o filme. Isso sim é coisa feita pra deixar um fã de ficção delirando! Um filme antigo e excelente refeito agora com efeitos especiais melhores, maior orçamento para atores e roteiristas...e o melhor de tudo é que o diretor escolhido para tomar conta deste novo Robocop é ninguém menos que José Padilha (diretor de Tropa de Elite), o cara que melhor sabe retratar um policial.
 O pensamento de todos foi, desde o começo, que nada poderia sair errado. Robocop é o tipo de coisa que não poderia ser estragada. O personagem é indestrutível, assim como toda a mitologia construída em volta de si....e nada de ruim pode surgir a partir do Robocop.
 Era o que todos pensávamos. Mas saiu o primeiro trailer.


E aí começaram os problemas.

domingo, 22 de setembro de 2013

Quadrinhos - Chico Bento Moço Nº 1

Quando foi anunciado que a nossa amada e conhecida Turma da Mônica passaria pela singela mudança de que finalmente deixariam de ter seis anos para virarem adolescentes (ou jovens), toda a população do Brasil simplesmente vibrou.
Os mais leigos no assunto alegavam que seria fofo ver os personagens que os ensinaram a ler vivendo novas situações que não enfrentaram antes devido a sua pouca idade.
Os mais rebuscados em linguagem (como eu) alegavam que a Turma da Mônica Jovem seria uma ótima ideia por alguns fatores:

- As crianças que liam Turma da Mônica quando tinham seis anos, agora tem dezesseis anos e vão voltar a acompanhar a vida dos personagens que deixaram de acompanhar (possivelmente) por terem "crescido".
- Mauricio de Sousa é um gênio que pode criar histórias sobre qualquer tipo de tema. Porém, o fato da Turma da Mônica ser criança o limitava. Agora, a turma jovem abriria um grande leque de assuntos não tratados como drogas, sexo etc. 
- Ninguém pode negar o quão interessante é a ideia de vermos nossos ícones de infância crescidos e fazendo referências a animes e mangás. Além de estarem em um novo estilo de quadrinho.
- E por ultimo, mas não menos importante, a infinidade de personagens principais (Cebolinha, Cascão Magali etc) e secundários (Titi, Jeremias, Franjinha) na Turma impediria a temida falta de assunto pra ser abordado e também causaria a grande diversidade de material que o público poderia ter em mãos.

Mas se, por um lado, Turma da Mônica Jovem obteve tanto incentivo dos fãs Chico Bento Moço ( a versão crescida da turma da roça, também do Mauricio de Sousa) foi uma ideia muito rejeitada pelos fãs quando anunciada.


Muita gente reclamou que Mauricio de Sousa e sua equipe estavam querendo encher seus bolsos de dinheiro. Eles com certeza estão. Mas não é apenas isso. 
 Chico Bento Moço claramente não é apenas uma repetição do que fizeram com  Turma da Mônica Jovem. Claro que o conceito de "eles cresceram" é  o mesmo (até vemos uma referência a esta frase na capa acima), mas o conteúdo por trás (ou por dentro) deste conceito se altera bastante. 
 Pra começar, há um motivo para que o nome seja Chico Bento Moço e não Chico Bento Jovem. O tipo de realidade que será tratada em Chico Bento Moço será uma realidade totalmente diferente da de TMJ.
 Enquanto Cebolinha (o principal personagem masculino de TMJ) tem 15/16 anos e se preocupa em como conquistar a Mônica, Chico tem dezoito anos de idade e seu maior problema é enfrentar a vida na cidade e encarar a faculdade de agronomia. Um assunto tao diferente das referências a animes de TMJ que não poderia ter um nome como "Chico Bento Jovem". Este título faria parecer com que fosse tudo farinha do mesmo saco. E não é. 
 Chico Bento não é jovem, Chico Bento agora é moço!!


Outra queixa do público foi que o universo de Chico Bento não era rico e extenso o suficiente como o da TMJ para que houvesse exploração de conteúdo sem o risco de desgastar os personagens. 
Mas eu contrario esta ideia. Acho até que o universo de Chico Bento tem mais a oferecer do que o da Turma da Mônica. Enquanto a galera do Bairro do Limoeiro vive na mesma cidade de antes enfrentando novos tipos de aventuras, a turma da Vila Abobrinha tem a possibilidade de enfrentar novas situações com o passar da idade mas também levam vantagem em um quesito = O ambiente também é diferente do qual estávamos acostumados, criando mais personagens e ainda dobrando o número de possíveis novas aventuras. 

E, por falar em universo explorado, pode-se comentar que todo o potencial do Universo Chico Bento foi aproveitado. Pelo menos, na primeira edição, vemos referências a muitas coisas que conhecíamos dos gibis em que o Chico ainda era criança. Algumas são aparições de personagens e menções claras, outras já exigem um pouco mais de atenção (e conhecimento sobre a turma) para serem captadas.
Por exemplo, as principais referências encontradas na primeira edição de Chico Bento Moço se encontram na lista abaixo, por ordem de aparição:

A aparição mais bonita da revista. 

1 - Primeiramente, aparece Chico falando no seu clássico idioma ; O caipirês, enquanto conversa com sua amiga de infância, a vaca Maiada. 

2 - Enquanto Chico parte em direção a cidade de Nova Esperança para realizar uma prova, ele se lembra das pessoas que o apoiam. As presentes (enquanto abraça seu pai), as distantes (sua mãe rezando com velas e um terço) e as ausentes. Se tratando dos ausentes, Chico olha para o céu e observa uma estrela. De primeira vista, pode ser apenas uma estrela. Depois de melhor analisado, lembramos que aquela estrela pode ser a pequena Mariana, protagonista da historia "Uma Estrelinha Chamada Mariana", irmã mais nova do Chico que morreu ainda bebê e chegou a aparecer algumas vezes em forma de estrela para ajudar Chico e que, como mostrado na imagem acima, nunca o abandonou.

3 - Chico e Zé  Lelé fugindo de um exame de abelhas e pulam em um rio, assim como faziam na infância quando fugiam dos tiros de sal disparados pelo Nhô Lau. 

4 - Uma onça (o recorrente monstro que assombrava a turma quando criança) aparece e o pobre do   Zé  Lelé grita por socorro de um modo peculiar. "Oia a onça!". Quem se lembra dos antigos VHS com o filme do Chico que tenha este chamado como título. 

5 - Ao entrar na sala da Diretora Marocas (sua antiga professora) a turminha assume imagem de crianças aos olhos da mulher, o que nos passa uma bela sensação de nostalgia.

6 - Dois personagens clássicos aparecem. Primeiramente, o padre Lino da Vila Abobrinha dizendo para Chico que a fé move montanhas. Logo em seguida, o primo urbano de Chico, o Zeca, conversa com o pequeno caipira pelo telefone, mostrando que apenas mudou em tamanho e idade.

7 - Enquanto se despede de seu pai, Chico abraça também a galinha Giselda, seu favorito animal de estimação. 

8 - Um conhecido antigo do Chico aparece. Nhô Lau , que antigamente perseguia os garotos que roubassem suas goiabas, agora presenteia o rapaz com um saco cheio de suas goiabas.

9 - Provavelmente, o personagem que mais vibrei quando o reconheci na revista. Andando pela mata, Chico Bento encontra um homem negro e misterioso pedindo por fumo e que, também misteriosamente, some em um redemoinho. Revelando, assim, ser o Saci Pererê...personagem protagonista das historias que Chico ouvia de sua Vó Dita, que o encontra logo em seguida.


A única coisa que realmente daria motivos para os leitores reclamarem de Chico Bento Moço é o fato de terem sensualizado o pobre do Chico. Podemos aceitar que o público agora é  outro e que mudanças são aceitas na aparência dos personagens. Mas sensualizar o personagem que conhecíamos por sua ingenuidade e molecagem é quase inaceitável. Já colocá-lo sem camisa em três quadrinhos da página para que adolescentes histéricas gritem lendo, isso sim é  inaceitável. 

Porém, de resto, a revista parece bem completa. Claro que esta é  apenas a primeira ediçao, então nem podemos tomar nenhuma conclusão precipitada. Pode ser, claro, que quando o Chico finalmente chegar na cidade de Nova Esperança o roteiro se modifique e se distancie muito do que estamos esperando...gerando assim uma decepção. 
Mas se tudo for como na primeira ediçao, parece que Chico Bento Moço será uma ótima revista para colecionar. O que nos resta é  esperar e torcer pra que nos próximos meses, tenhamos material semelhante aos clássicos, como esse:


  

sábado, 7 de setembro de 2013

Top V - Atores que Poderiam Ser o Batman ao Invés do Ben Affleck



 Nos últimos meses, a internet nerd (nossa famosa internerd) explodiu com uma ótima notícia - O próximo filme do Super Homem (continuação de Homem de Aço) teria a participação de Batman, o herói favorito dos DCnautas. Provavelmente, essa foi a melhor notícia da Comic Con.
 Já nas últimas semanas, a internerd também explodiu. Também por causa do Batman e com uma notícia de importância igual ou, talvez, até maior. Porém, desta vez, uma notícia horrível que gerou uma ligeira depressão decepção entre os fãs do Homem Morcego - Ben Affleck, ator famoso por Argo, Pearl Harbor e o fiasco de Demolidor, será o Batman a contracenar com Henry Cavill  (o Super Homem do momento).
 Desde então, todos estão chorando as pitangas. Incluindo o pessoal do Omelete, a dupla do Jovem Nerd, o Izzy Nobre e até mesmo o PRÓPRIO BATMAN!
 Pra se ter uma ideia do quanto a escolha de Affleck foi insatisfatória, algumas pesquisas indicam que a escolha de Affleck foi mais xingada pelo público do que a escolha de George Clooney para o mesmo papel no terrível filme Batman & Robin de Joel Schumacher.
 Assim sendo, começam os inúmeros pensamentos de atores que poderiam ter sido escolhidos para o papel e que, mesmo não perfeitos, fazem jus à nova frase que mais lemos na internerd de 2013 : "Better than Ben Affleck".
 Assim, reuni cinco atores que seriam um ótimo Batman. Ou, pelo menos, um Batman melhor que Ben Affleck, responsável por destruir o Demolidor, no filme de 2003.


                                       
                                                      V - Jake Gylenhaal

 Tá, tá certo. Ele tem um sorriso canastrão e sarcástico igual o do George Clooney (Pior Batman da história), o que é bastante arriscado. Mas Gylenhaal tem expressões faciais, pouca barba, uma cabeça pequena e uma face carismática que o define tanto como herói ou como vilão, o tornando um ótimo anti-herói. E o Batman tem cara de anti-herói, mesmo sendo um característico super-herói, sem declines para o mal.
 Uma lente de contato, tinta preta nos cabelos e uma aparada na barba rala (pura sujeira castanha) fariam com que o eterno Dastan (Príncipe da Pérsia) se tornasse um excelente Bruce Wayne e Batman!
 Sem contar que as piadas rolariam soltas. Se muitos já brincaram com a ideia de Robin e Coringa terem estudado juntos, todos brincariam com a ideia de Batman e Coringa já terem sido amantes.

                                         
                                                                IV - Wes Bentley

 Exatamente! Depois de ter uma barba maneira em Jogos Vorazes, ser personagem em Motoqueiro Fantasma e ter sido um adolescente bizarro e psicótico em Beleza Americana, Bentley tem bagagem o suficiente para ser o Cavaleiro das Trevas. Sem contar que o talentoso de Arkansas já se mostrou digno de fazer uma voz de Batman, e também tem um rosto semelhante ao Bruce Wayne de nossas imaginações.
 Além do mais, Wes tem quem o ajudar a interpretar Batman, afinal, é grande amigo de Christian Bale que, aliás, foi quem sugeriu, em entrevista, que Wes o substituísse.

           
                                                                 III - Scott Adkins

 A pergunta é : Se a Warner pensou em Ben Affleck, por que não pensaram em Scott Adkins?
 Os dois atores são parecidos fisicamente, exceto pelo fato de que Adkins tem um rosto mais rígido, olhos menores, cabelos mais escuros, barba mais grossa e é MUITO mais musculoso do que Affleck. Resumindo, Scott Adkins é literalmente uma versão Batman do Ben Affleck, considerando que já se mostrou um ótimo bad boy como vilão em Mercenários 2 e um excelente lutador em X-Men Origins: Wolverine.


                                                                    II - Josh Brolin

 Brolin era o favorito de muitos.
 Segundo rumores que ele, recentemente, confirmou realmente terem sido cogitados, Brolin era um dos candidatos á Batman. E foi só sair essa notícia que todos ficaram realmente muito empolgados. E quando digo todos, são realmente todos. Incluindo a dupla Jovem Nerd e Azaghal, blogueiros brasileiros que se mostraram defensores de Brolin como Batman.
 A proposta de que no novo filme Batman estaria um pouco mais velho fez com que Brolin se tornasse uma escolha perfeita. Ainda mais depois das fotos em que aparece barbudo!!
 E sobre seus dotes de atuação, não podemos nem nos esquecer de que Josh se provou um excelente calculista barra pesada quando fez Os Goonies e quando fez, mais recentemente, Homens de Preto 3.


                                                              I - Gerard Butler 

 Exatamente!!
 Gerard Butler é a melhor opção para Batman, apesar de todas as diferenças que ele tenha do Homem Morcego.
 Imagine o Batman. Um homem centrado, bilionário, que consegue ser herói e vilão ao mesmo tempo, ter um sorriso amigável e um olhar ameaçador. Agora imagine o Batman gritando "Isso é Gotham!!".
 Todos sabemos que o que Butler faz de melhor é gritar (fato provado em 300, no papel de Rei Leônidas), e algo que seria uma proposta totalmente interessante é um Batman que grita, depois de todos os Batmans sérios e calminhos que tivemos (Adam West, Val Kilmer, George Clooney, Christian Bale e Michael Keaton). Inovar é sempre bom, ainda mais quando se aposta num ator talentoso que já ganhou prêmio de melhor luta (o que importa muito quando o assunto é Batman).

                                                          Menções Honrosas

 Jim Parsons - Sheldon Cooper (The Big Bang Theory) faria um ótimo Batman em 1960, na era em que Bruce Wayne era um rico canastrão e cômico.


 Danny Pudi - Abed Nadir (Community) já ficou um episódio inteiro vestido de Batman, atuando exatamente igual a Christian Bale, só com as diferenças de ser mais engraçado, mais carismático e mais...muçulmano.


 Jensen Ackles - Dean Winchester (Supernatural) também já soltou o seu clássico "I'm Batman" em um dos episódios do seriado. O curioso é que dessa lista de "menções honrosas", Ackles foi o único a realmente ser cogitado pela Warner para ser o Batman. Uma proposta que desagradou a muitos (como eu) e empolgou a muitos (como o pessoal da página Justice League? More like Batman and his Bitches). Como questão de curiosidade, vale lembrar que Ackles também já foi cogitado para Capitão América e Super Homem.


 E antes que falem que a questão Novo Batman não está sendo levada a sério nesse texto (devido a indicação de Jim Parsons, Jensen Ackles e Danny Pudi), é bom lembrar que existem outras pessoas que deveriam estar levando essa questão á sério e não estão. Pessoas mais importantes do que este texto - A Warner Bros.
 Afinal, não se pode escolher Ben Affleck para ser o maior bad boy da DC Comics e dizer que se está levando a situação á sério.
 O jeito é esperar pra ver no que vai dar...torcendo pra que tenhamos um Batman decente e torcer pra que, um dia após a estreia do filme, esse texto passe a ser considerado oficialmente errado.
 Pois, acreditem...todos os fãs do Batman que estão criticando Affleck desejam estar errados, mas temem estar certos!!


sábado, 24 de agosto de 2013

A Turma do Wolverine - O Que Aconteceu??



Fazia muito tempo que a Marvel não andava tão movimentada.
No cinema, Wolverine Imortal acabou de estrear, levando muitos fãs (alguns frustrados) ao cinema. Sem contar que Thor : Dark World estreia ainda esse ano, e as especulações sobre Vingadores 2, Dias de Um Futuro Esquecido e os filmes do Dr. Estranho, Homem Formiga e Guardiões da Galáxia só aumentam a cada dia.
Ainda, saindo do cinema, a Marvel estoura nos quadrinhos de uma maneira que não acontecia desde os anos noventa...que foi quando boa parte dos clássicos pararam de ocorrer (salvo exceções como Planeta Hulk, Velho Logan e algumas histórias do Deadpool).
Enquanto é lançada a nova revista do Deadpool (Deadpool Mata Deadpool), a épica graphic novel Homens-Aranha e a nova saga do Justiceiro chega a seu segundo volume, uma das mais esperadas sagas dos quadrinhos está sendo publicada no Brasil. Vingadores VS X-Men já está em sua quinta edição, e ainda faz questão de englobar TODAS as outras publicações, com seu selo de V VS X. Desde Os Vingadores, a X-Men, a X-Men Extra, Capitão América e os Vingadores Secretos, Homem de Ferro e Thor....e também a revista Wolverine.
Essa sempre foi uma das coisas mais legais na Marvel, o fato de todos os universos estarem em sintonia. O lance mesmo é de que os acontecimentos gerais sejam os mesmos em todas as HQs, mudando apenas o foco e o ponto de vista,dependendo de quem for o personagem principal da revista.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Dez Respostas - A Teoria Pixar


Já parou pra pensar se todos os filmes da Pixar com os quais você cresceu (e outros que você viu depois de grande) fossem, teoricamente, um filme só?
Já pensou se Vida de Inseto fosse um filme pós-apocalíptico? E se Carros fosse uma versão infantil e animada da revolução das máquinas? E se as portas transportadoras de Monstros S.A. fossem na verdade máquinas do tempo?
Você provavelmente nunca pensou nisso, mas teve gente que já! E assim surgiu a Teoria Pixar, que vem se tornando assunto principal de alguns sites de entretenimento ou que tenham como tema principal animações, teorias da conspiração e nostalgia. 
A teoria apresenta, de um jeito muito bem explicadinho, a hipótese de que todos os filmes da Pixar (que, até o momento, são quatorze) acontecem no mesmo universo só que em épocas diferentes.
Segue o link original da teoria, em inglês:  Exploda sua cabeça bilíngue

~Particularmente, como fã da Pixar, me senti na obrigação de escrever algo a respeito disso. Porém, não queria apenas publicar uma tradução do texto original ou tentar explicar resumidamente, pois muitos já fizeram isso~.

Então, como um modo de explicar a teoria apresentando-a para quem não a conhece e também como um modo de esclarecer dúvidas de quem já conhece, reuni dez perguntas mais frequentes e comuns sobre essa teoria, respondendo-as.
Lembrando que, se houver alguma oposição as informações apresentadas aqui neste artigo, deixe nos comentários sua sugestão ou dúvida. Então. Vamos ao texto.

Pixar Theory's Facebook

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Fugindo da Rotina #06 - Meus Livros e Eu

Como o nome do blog já entrega, eu adoro ler. Tô sempre lendo, não importa o que seja. Entre quadrinhos, revistas, jornais, caderninhos e, obviamente, os tão amados livros.
Como eu não sou o único culto leitor do mundo, muitas manias surgem com a temática dos livros, inclusive as tão famosas tags (correntes) para responder um determinado número de perguntas sobre tal assunto.
E não é que eu fui indicado pra uma? *-*
A Thaís, do blog Princesa da China, me indicou para a tag Meus Livros e Eu, para responder algumas perguntas sobre meus livros (os que já li e os que tenho).

Então, lá vão as perguntas, acompanhadas das respostas.


sexta-feira, 5 de julho de 2013

A Moda Zumbi.

Há alguns anos, o sobrenatural deixou de ser temido por crianças para ser amado pelos adolescentes.
Começou com os elfos e magos, em Senhor dos Anéis, depois passando pelos bruxos de Harry Potter e até pelas terras mágicas de As Crônicas de Nárnia, As Crônicas de Spiderwick e Ponte Para Terabítia. 
Porém, a maior demonstração de popularização de alguma criatura fantástica foi em 2008, quando foi lançado Crepúsculo, filme sobre um romance entre Bella Swan (uma humana) e Edward Cullen (um vampiro), baseado no livro homônimo de 2005.
E assim, os vampiros caíram na moda. O que seria algo considerado bom...se as coisas fossem feitas direito. 
Parece que o simples fato das "obras vampirescas" serem voltadas para o público jovem faz com que os vampiros precisariam ser censurados e modificados para tal público = Aí que tudo "degringolou".
Muita coisa sem sentido e infiel aos vampiros que as crianças temiam foi alterada, justamente para que os adolescentes amassem.
Foi assim com os filmes da saga Crepúsculo e também com os seriados The Vampire Diaries e True Blood, todos que, com qualidade duvidosa, reconstruíram os vampiros da cultura popular.
O tempo passou e caninos afiados deixaram de ser tão comuns, e os vampiros passaram a vez para os mais novos mortos da moda: Os zumbis.


sexta-feira, 28 de junho de 2013

Nerds, O Hobbit e Bilbo Bolseiro.

Em Harry Potter, Harry, desde que nasceu, fazia parte de uma profecia de que ele seria capaz de matar Lord Voldemort, o bruxo das trevas mais poderoso do mundo.
Em Percy Jackson, Percy descobre ser um semideus filho de Poseidon e por isso nunca terá uma vida sossegada.
Em Star Wars, Luke Skywalker já estava predestinado a ser "o escolhido" desde seu nascimento, devido ao fato de ser filho de Darth Vader.
Em várias obras isto se repete. O personagem protagonista nasce como herói, como um prêmio apenas por existir. Agindo na linha de um destino (profecia bruxa, parentesco divino ou uma força espacial), o herói vence e se prepara para ser homenageado e louvado, mesmo que tenha apenas feito o que era pra fazer desde o início de sua vida.
Empolgante, não? Não.


domingo, 16 de junho de 2013

Surpreenda-se com Jogos Vorazes.

Quando começaram as divulgações e primeiras notícias sobre a adaptação cinematográfica de Jogos Vorazes (uma nova série literária que estava fazendo sucesso), logo os críticos, o público e até mesmo o próprio marketing do filme começaram a gritar aos quatro ventos que Jogos Vorazes tinha um único papel - Preencher a lacuna deixada por Harry Potter e Crepúsculo, sagas cinematográficas voltadas para o público jovem. E isso foi o que diminuiu ao máximo as expectativas do público.
 Quase ninguém acreditou que Jogos Vorazes conseguisse substituir essas sagas, já que não era totalmente voltada ao público feminino (como Crepúsculo) e, principalmente, porque não possuía nada relacionado ao mundo místico (como Crepúsculo, Harry Potter, Percy Jackson, As Crônicas de Nárnia e outras sagas adolescentes).


"Como assim? Uma saga pros jovens que não fale de magia ou seres fantásticos? Vocês enlouqueceram?"
Realmente, foi uma atitude ousada, uma decisão inovadora. Um tiro no escuro.
Mas deu certo!
O filme foi aceito pelos fãs do livro, pelo público popular avulso á história e até pela crítica que poucas vezes consegue dar algum crédito pros filmes infanto-juvenis.
E isso foi surpreendente, ninguém esperava tanto assim do filme...nem mesmo o próprio estúdio.
O sucesso do filme ter sido uma surpresa é total resultado de outras coisas surpreendentes que acontecem durante o desenvolvimento do longa. De modo que o elemento-surpresa de todo o filme é a própria surpresa em si, que é explorada em várias cenas.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Os problemas de Faroeste Caboclo.

A partir do momento em que Legião Urbana ameaçou parar de bombar nas lojas de CDs, tiveram a ideia de fazer com que a banda bombasse também nos cinemas.
Assim veio Somos Tão Jovens, filme sobre a juventude de Renato Russo (líder do grupo) que, mesmo com falhas no roteiro, mostrou de forma divertida e censurada a vida do rockeiro. 
Menos que um mês depois, estreou outro filme relacionado a banda mas, desta vez, não era a biografia de ninguém, e sim a adaptação cinematográfica da música Faroeste Caboclo.

A música, com mais que nove minutos de duração, é uma das mais conhecidas e amadas da Legião Urbana e uma das poucas no mundo em que, mesmo com 159 versos sem que nenhum se repita, está na ponta da língua de quase cada brasileiro.
Existem mais brasileiros que sabem cantar Faroeste Caboclo do que os que sabem entonar o hino nacional.
A letra fala sobre João de Santo Cristo, destinado a ser um bandido desde criança e que, após viajar muito, se torna o maior traficante de Brasília, conhece a garota Maria Lúcia e após muitas desventuras (que incluem trabalhar como carpinteiro, ir preso, ser violentado e recusar o chamado de um homem poderoso) é assassinado pelo traficante Jeremias, mas não sem matá-lo também (especificamente com cinco tiros de Winchester-22).


Algumas coisas da letra original não são acrescentadas no filme. Afinal, é uma adaptação, e não uma transcrição. "Não é um videoclipe" foram as palavras exatas de René Sampaio, diretor do longa metragem.
Portanto, o filme é muito bom, se forem ignoradas as coisas da música que não foram aproveitadas.
Alguns dos conteúdos da letra original que não foram utilizados no filme são:

 - A infância de João, roubando as velhinhas na igreja ou "comendo as menininhas da cidade".
 - Sua ida á Salvador.
 - Seu encontro com um boiadeiro em Salvador.
 - "Sob influência dos boyzinho da cidade, começou a roubar."
 - Um senhor de alta classe com dinheiro na mão.
 - Diálogos épicos.

E se algumas coisas são cortadas da letra original, algumas outras foram apresentas modificadas e fora de ordem.
Se na letra João vai preso, estuprado e só depois conhece Maria Lúcia...no filme, João conhece a garota, é estuprado e só depois vai preso. 
Portanto, em quesito de adaptação, o filme não conquista. Nenhum legionário assistirá ao filme sem cantar a música e notar que "o filme está cantando errado".
Porém, os fãs mais bonzinhos vão saber ignorar e dizer:
 - Tudo bem, algumas coisas precisaram mudar para que se adaptasse ao cinema. Se fosse realmente ao pé da letra, seria muito non-sense, então foi bom terem modificado certos pontos."
Porém, alguns pecados podem conviver em harmonia conosco, mas alguns são intoleráveis.
Tudo bem mudar detalhes, mas revirar a historia e tornar ela algo que ela não é...isso sim é inadmissível. E é exatamente o que René Sampaio faz em Faroeste Caboclo ( o mesmo que Chris Columbus fez em Percy Jackson e o Ladrão de Raios). 


Toda a situação imposta pela canção tem sua emoção destruída e reconstruída neste filme.
Ao ouvir a música, a motivação é torcer para que João e Maria acabem juntos, para que ele se dê bem, afinal ele é o personagem que te cativa desde o começo da música por ser malandro e saber se dar bem na vida mesmo com "a descriminação por causa da sua classe e sua cor" e outras dificuldades.
O personagem João de Santo Cristo é, na canção composta por Renato Russo, o personagem cativante que mesmo sendo um "vilão" ainda consegue com que você torça por ele justamente por ele ter a personalidade encantadora de um ser humano = Astuto, esperto e recheado de defeitos.
E assim como a letra te instiga a adorar João, ela te influencia a odiar e desejar a morte de Jeremias, o rival de João que deve ser odiado por quem ouve a canção, afinal ele é um "maconheiro sem vergonha que organiza a rockonha e faz todo mundo dançar", além de também "desvirginar mocinha inocentes dizendo que era crente sem nem saber rezar". De modo que os motivos pra odiar Jeremias são simples. "Eu amo João, ele odeia Jeremias, então eu também odeio Jeremias".
Tudo isso que a música constrói cuidadosamente e encaixa para que, mesmo com furos, dê personalidade ao personagem...é destruído no filme.
João deixa de ser o personagem malandro e humano que era para se tornar um brutamonte que não faz nada além de andar, atirar e fazer cara de rapaz perigoso. Uma grande montanha ambulante, que não expressa sentimentos (e quando tenta expressar raiva, fracassa) ou personalidade alguma.
Retire a personalidade e o carisma do protagonista da história, e logo terá removida toda a emoção que a trama (tanto da música quanto do filme) pode vir a transmitir.


Sem a personalidade do protagonista, momentos épicos são perdidos, por exemplo as frases que foram cortadas do filme, como:
 - É melhor o senhor sair da minha casa, nunca brinque com um peixe de ascendente escorpião.
 - Jeremias, eu sou homem, coisa que você não é, e não atiro pelas costas não. Olha pra cá, filha da puta sem vergonha, dá uma olhada no meu sangue e vem sentir o teu perdão.
Assim, o personagem perde seu propósito, perde seu carisma...coisa que é até exagerada na hora de reproduzir o personagem Jeremias que, por sua vez, virou um cara de bigode, cabelos lisos e personalidade inteligente, desesperada e carismática. 
Talvez Jeremias seja o único personagem carismático deste filme. 
E um filme em que você torce para que o vilão vença não é legal, ainda mais se for baseado em uma música que você ouviu torcendo pelo "herói".

Portanto, não reclamem que o filme foi infiel a música, apenas reclamem que a música é ótima e o filme não é tão bom quanto deveria ser...
A culpa é de Renato Russo e sua genialidade complexa, por ter feito algo tão bom e difícil de traduzir para o cinema sem que desse certo.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Dez Respostas - Stanley Kubrick

O mundo do cinema virou uma bagunça.
A sétima arte, antigamente, costumava focar nos filmes e, de uma forma justa, em seus diretores. Afinal, sem os diretores e suas percepções, um filme não seria nem metade do que é. Portanto, assim como é importante saber o nome do compositor de uma canção, era considerado necessário creditar o diretor de um filme que se admira pelo belo trabalho que o diretor houvesse realizado.
Hoje em dia, não é apropriado dizer que esqueceram os diretores...apenas se acostumaram com poucos. O grande público dificilmente conhece um diretor sério e que realmente seja importante para a historia do cinema. E isso é injusto, pois diretores como Gus Van Sant e Ingmar Bergman merecem ser lembrados tanto quanto os famosos e superestimados Tim Burton e Steven Spielberg.
Um dos diretores que costuma ser esquecido é Stanley Kubrick, grandioso cineasta responsável por roteiros que marcaram gerações com seu estilo tenebroso e sério de dirigir.
Para conhecê-lo e também não deixar que tal artista caia em esquecimento, dez perguntas podem ser feitas e respostas podem ser dadas a respeito da vida, obra e curiosidades a respeito do genial (e talvez louco) cineasta Stanley Kubrick.




                                                01  - Onde e quando Kubrick nasceu?

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Ela.


Ela nunca confiou em si mesma.
Sempre se achou feia, chata e sem graça. Sempre achou que todos eram mais interessantes que ela, sempre achou que seria abandonada, e sempre achou que qualquer um fosse mais inteligente que ela.
Mas, principalmente, ela sempre pensou que fosse uma péssima pessoa...e que qualquer coisa que dissesse causaria raiva e tristeza nos outros...e, justamente por ser uma ótima pessoa, ela nunca quis que isso acontecesse.
Portanto, ela se manteve calada. Achando que cada palavra sua pudesse ser letal, sempre tentou ser o mínimo de si mesma e nunca disse nada do que pensava, com medo de afastar os seus amigos.
Porém, ela nunca disse nada, nunca fez nada, nunca agiu, nunca viveu e nunca demonstrou personalidade...
Ela, então, nunca teve amigos pra perder.
Por medo de perder, ela nunca teve nada....apenas ela mesma.


domingo, 12 de maio de 2013

Top V - Referências Musicais em Somos Tão Jovens

Em 2004, foi lançado o filme Cazuza - O Tempo Não Para, sobre a vida de um dos melhores cantores de rock que o Brasil já teve, dirigido por Sandra Werneck e Walter Carvalho. Junto com a legião instantânea de fãs novos de Cazuza, outra coisa que veio foi a pergunta:
 - E agora? Cadê o filme do Renato Russo?
E todos esperamos...ficamos esperando por anos até que, finalmente, foi anunciado que seria sim feito um filme sobre a vida d'O Trovador Solitário, a voz inspiradora e mentora de uma geração e legião de fãs..
Renato Russo, vocalista e letrista da Legião Urbana, chegaria aos cinemas em 2013, interpretado por Thiago Mendonça, em Somos Tão Jovens (título esse que faz alusão a um trecho da clássica canção Tempo Perdido).
Finalmente, dia três desse mês, o filme chegou aos cinemas...trazendo em seu roteiro, além de belas cenas da vida do rockeiro, inúmeras referências a trechos de músicas escritas por Renato.
Algumas das referências bem claras e referentes a músicas famosas, outras já mais ocultas e difíceis de se notar por olhos não atentos.
Aqui, as cinco melhores referências, na minha opinião.

                                                        V - Que País É Esse?

Um dos pontos fortes do filme é que nele nós conhecemos a real natureza rebelde e revoltada de Renato. Embora as biografias sempre descreveram com maestria o quanto que a injustiça social e os absurdos patrióticos deixavam o jovem de Brasília irritado, apenas uma obra cinematográfica pode nos convencer de que , sim, Renato tomava as dores de sua pátria ao escrever suas letras críticas.
Em uma cena, sentado em uma mesa de bar com alguns de seus amigos, discutindo sobre algumas injustiças políticas, Renato expressa sua revolta e exclama:
 - QUE PAÍS!
E essa frase do jovem revoltado foi a primeira alusão a clássica canção Que País É Esse, que, até então, não havia aparecido no filme.

                                                           IV - Eduardo e Mônica

Apesar de ser, obviamente, um drama, o filme tem seus momentos de comédia, quase todos centrados na rebeldia e nas aventuras pelas quais o jovem Renato Manfredini Júnior e sua trupe de punks passavam na adolescência. Entre uma blitz e outra, Renato e seus amigos, especialmente sua melhor amiga Aninha, iam parar em festas...o tipo de festa com pessoas que não gostavam e com música ambiente que não os agradavam.
E, enfrentando uma dessas festas, Aninha e Renato dizem, um completando a frase do outro, um dos trechos mais famosos da clássica composição Eduardo e Mônica.
 - Festa estranha...
 - E gente esquisita.
E, assim, como com Que País É Esse, este foi o primeiro indicio de que a música faria parte da trilha sonora do filme.

                                           III - Tédio com um T (Bem Grande Pra Você) 

Como o filme foca principalmente na adolescência e na parte jovem da vida de Renato, algo que não poderia deixar de ser mencionado (além de sua inteligência em formação, suas influências musicais e o homossexualismo) era a solidão e o tédio que o garoto era submetido a enfrentar devido a epifisiólise, doença que corroeu a cartilagem de seus ossos, deixando-o de cama por muito tempo, sem que Renato (na época ainda conhecido como Júnior) aceitasse a visita de ninguém (orgulhoso antes mesmo de ter muitos motivos pra isso).
E, enquanto recebia uma visita de sua amiga Aninha, Renato reclama:
 - Essa minha solidão é um tédio. Com um T bem grande!
Pouco tempo depois disso, Renato forma sua banda Aborto Elétrico, que tem entre seus primeiros sucessos a crítica em forma de canção Tédio com um T (Bem Grande Pra Você).

                                                            II - Faroeste Caboclo

Sim, Faroeste Caboclo é a música mais famosa e clássica de toda a carreira de Renato Russo, e também deve ter sido a letra mais complexa que o trovador já compôs (com nove minutos de duração, mais de cem versos que não se repetem e rimas pobres). E, exatamente por estes motivos, que esta música não poderia deixar de ser mencionada durante o filme. Infelizmente, não lhe foi reservada muito espaço por dois motivos:
1 - A música é muito comprida, e não se gasta dez minutos de filme apenas com trilha sonora.
2 - Dia 30 de Maio, a história de Faroeste Caboclo ganha um filme só seu, contando sobre a vida de João de Santo Cristo, Maria Lúcia, Pablo (o peruano que vivia na Bolívia) e Jeremias.
Então, o filme Somos Tão Jovens não poderia fazer nenhuma referência pesada demais sobre esta canção, pois soaria como spoiler do filme que ainda não estreou.
Porém, em uma cena, vemos que, enquanto os amigos de Renato e ele estão indo para uma de suas festas, passam de carro por uma placa onde se lê gravada a palavra "Rockonha", uma clara alusão ao trecho de Faroeste que diz:
"Jeremias, maconheiro sem-vergonha, organizou a Rockonha e fez todo mundo dançar."

                                                                      I - Dezesseis

Dois, o segundo álbum da Legião Urbana, e talvez o mais punk de todos (depois do Que País É Este) contém várias ótimas canções da Legião que, apesar de apreciadas pelos fãs, não são muito conhecidas pelo grande público. Este é o caso de Dezesseis.
A canção Dezesseis conta a história de João Roberto, mais conhecido como Johnny, o cara que todas as garotas desejavam e que todos os garotos queriam ser. Vivendo uma vida adolescente e com estilo em Brasília, a letra conta que Johnny era fera tanto em seus conhecimentos sobre rock'n roll quanto em sua habilidade nos pegas (também conhecidos como raxas, as corridas clandestinas), até que, devido a uma desilusão amorosa, Johnny provoca um acidente durante uma de suas corridas...resultando em seu suicídio.
E a frase mais famosa de toda essa letra é justamente uma das primeiras da música, quando a letra ainda preza por descrever Johnny : "Ele tinha um Opala metálico azul, era o rei dos pegas na Asa Sul".
E, desde então, o opala metálico azul se tornou o Batmóvel dos legionários, o carro que todo fã de Legião Urbana gostaria de ter só pra enfeitar a garagem.
O mesmo carro em que, no Somos Tão Jovens, Renato Russo e seus amigos estavam quando parados por uma blitz, em certa cena do filme.
Uma referência escondida a uma música pouco conhecida da Legião, mas que deve ter feito os grandes fãs tremerem de emoção na cadeira do cinema.
Por estar tão oculta, por ser tão específica e por ter sido inserida com tanto cuidado no filme, esta é, sem dúvida nenhuma, a melhor e maior referência musical da obra.


E é isso que foi Somos Tão Jovens. Um show de referências sobre a vida e carreira de Renato Manfredini Júnior, ou Renato Russo (como todos o conhecem). Não foi um filme perfeito e também esteve longe de ser um filme completo, mas o que ele apresentou, ele apresentou bem..de forma fácil de aceitar, entender e de se apaixonar pelo ídolo que cativou multidões e até hoje não perdeu para ninguém seu posto de maior músico da história do rock'n roll brasileiro.
Urbana Legio Omnia Vinciti.
Força sempre!!

sábado, 4 de maio de 2013

Crítica Literária - Diário De Raquel


Embora Marcos Rey tenha se consagrado como escritor devido á todas as novelas que escreveu (Fantoches!, Um Gato no Triângulo, A Última Corrida etc), sempre me chamaram mais atenções as obras infanto-juvenis que ele escreveu.
É sempre mais interessante acompanhar as obras de um artista em que ele faz o que não está acostumado...assim como Schwarzenegger é muito mais divertido em seus filmes de comédia do que em seus filmes de ação, Marcos Rey se torna mais interessante quando escreve para os jovens. Tanto que o mistério "O Rapto do Garoto de Ouro" é um dos melhores mistérios da literatura nacional, e "O Dinheiro do Céu" também é um dos melhores livros sobre o cotidiano e que consegue divertir enquanto ensina sobre o golpe militar de 1964.
Resumindo, Marcos Rey sempre divertiu...tanto em mistérios com astros do rock quanto em ficções som conteúdo histórico.
E, com o Diário de Raquel, descobrimos que Marcos Rey realmente tinha aptidão para mistérios. Não apenas sobre rock stars, mas também sobre simples garotas de rua.
Literalmente, do luxo ao lixo.


O livro fala sobre Raquel, uma bela garota de rua que tem, como diferencial, uma inteligência assombrosa. Com esses dotes em seu intelecto, Raquel consegue muita coisa...como arrumar emprego em uma alfaiataria e fazer amizade com muitas pessoas.
Porém, em certo momento, Raquel começa a se sentir (e a ser, realmente) perseguida, observada e servir de objeto de desejo de um homem misterioso...um psicopata que, automaticamente, coloca "estuprar e matar Raquel" em primeiro lugar na sua lista de metas.
Aí começa a ação.
Raquel foge do abrigo para menores em que residia, e coloca, imediatamente, três pessoas á sua busca. Regina, a psicóloga deste abrigo que se veste de Lia, uma menina de rua para procurar Raquel. Senhor M, o estuprador psicopata que mantém contatos com traficantes e usuários de drogas para encontrar a garota que tanto deseja. E Tia Vera, uma velha moradora de rua que tem, como única pista para encontrar a garota, um livro com anotações da menina : O Diário de Raquel.
E a história começa a partir do momento em que a genialidade de Marcos Rey entra em ação.
Em alguns livros, você vê o mistério se desenvolver em tempo real, com pistas sendo encontradas, testemunhas que dizem o que aconteceu...mesmo que com referências ao passado, o presente é que soluciona o crime.
Em "Diário de Raquel", acontece o mesmo que ocorre em livros geniais de Sir Arthur Conan Doyle, que é essa ligação com o passado. Porém, Conan Doyle usa os memoráveis flashbacks, que são a prova de que livro de Sherlock Holmes não é composto apenas por Sherlock Holmes.
Já em "Diário de Raquel",a ligação com o passado que faz com que os mistérios encontrem resolução é feita através da leitura do diário da garota. E isso prova a genialidade de Marcos Rey.
Combinar o ritmo em que as coisas acontecem com o ritmo em que o leitor descobre o passado da personagem é algo extremamente difícil. É fácil de imaginar Marcos Rey escrevendo essa obra, anotando em um caderno todas as datas e os acontecimentos que criou para que não se atrapalhasse quando fosse passar tudo para o papel.
Juntar fato, data e trama é algo trabalhoso...e juntar tudo isso sem fazer com que a leitura se torne chata é algo muito mais trabalhoso.
Então, de início, palmas a Marcos Rey.

Porém, essa organização não é a melhor coisa da obra.
E sim o personagem M.
Sim, o vilão, o psicopata, o estuprador...o melhor personagem presente neste livro.
Não que os outros sejam ruins, pois Raquel e Tia Vera também tem uma personalidade cativante e apaixonante.
Ler "Diário de Raquel" hoje em dia te faz amar o Sr. M, pois ele é o melhor tipo de vilão que existe.
Muito se fala, em questão a livros e filmes, de que os vilões não são extremamente bens construídos. Reclamam da motivação, dizem que não é convincente um vilão querer causar todo aquele estrago apenas motivado por coisas fúteis. E isso já joga no lixo vários clássicos, que apresentam ótima trama mas que não é aceita porque a motivação do vilão não é considerada válida.
Mas tem muitas pessoas que não consideram a maior regra do manual dos vilões : A maior motivação para alguém malvado é a maldade em si.
Estamos em um mundo fictício que, sim, precisa de realismo, precisa de pitadas do nosso real cotidiano. Mas o vilão precisa ser maligno, e a própria maldade...obsessão psicopata e antecedentes criminais já explicam tudo o que está acontecendo.
Sim, ele sequestrou inocentes, fez com que garotas menores de idade quase morressem de overdose e assassinou idosas. Por que? Porque ele queria chegar até Raquel. Só por isso? Não, porque ele é malvado.
E está tudo explicado.
Com isso já se encontra o porquê de Sr. M ser um ótimo personagem, o porquê do livro ser perfeito, o porquê de Marcos Rey ser genial e o porquê de Diário de Raquel merecer um espaço na sua prateleira.

sábado, 27 de abril de 2013

Homem de Ferro, Santos Dumont e Izzy Nobre.

O aparelho eletrônico (seja computador, celular ou qualquer outro dispositivo) que você está usando para ler este texto não nasceu assim pronto, com telas LCD, Bluetooth, conectividade Wi-Fi e com o símbolo da Apple colado nele.
Provavelmente, esse seu aparelho foi criado como algo enorme e completamente diferente do que é hoje. Seu computador não foi criado pra zerar Call of Duty e sim para fazer operações matemáticas. As pessoas que inventaram o primeiro celular nunca chegaram a pensar que estavam inventando algo que um dia seria usado para enviar mensagens de textos e cuidar de bichinhos virtuais, pois, para eles, não era nada mais do que um telefone comum...só que móvel. 
E toda essa evolução tecnológica começou a partir do momento em que o garoto nerd e canastrão Bill Gates colocou a boca no trombone e trouxe para o grande público as novidades da tecnologia, fazendo com que as pessoas conhecessem e começassem a achar que toda aquela "mágica mecânica" era interessante. E vários outros estudantes de informática e de qualquer outro tipo de desenvolvimento tecnológico começaram a patentear seus novos aparelhos e suas novas ideias...todos baseados em Bill Gates que, por sua vez, (como contam as historias do submundo da Internet e estudo dos computadores), copiou toda a sua ideia original de um carinha conhecido como Steve Jobs.
"Ok, legal a historia da evolução da internet e da tecnologia...mas o que Steve Jobs, Bill Gates e tudo isso tem a ver com o título do texto?"
Nada se cria, tudo se copia, se modifica e se acrescenta.
Este texto (assim como toda a história da computação) são boas provas disso. 
Ao se ler um texto sobre alguma ideia, é fácil desenvolver alguma ideia nova a partir das que te foram apresentadas. E isso também acontece com vlogs.
Na realidade, isso aconteceu com um vlog...e todo o conteúdo do texto que você está prestes a ler é formado de ideias desenvolvidas por mim a partir de ideias que o famoso internauta Izzy Nobre apresentou em um de seus vídeos.
Se quiser ter uma noção maior antes de ler o que está no desenvolvimento deste texto, assista esse vídeo que, mesmo que tenha originado todas as ideias deste artigo, não aborda o exato mesmo assunto.


Izzy Nobre, ao fazer esse vídeo, expôs toda as suas opiniões e seus argumentos sobre o fato de que devemos admirar e nos lembrar dos fatos admiráveis sobre a vida de Santos Dumont, o nosso suposto pai da aviação. Um fato ao qual Izzy se refere muitas vezes neste vídeo (sim, MUITAS vezes) é o fato de que Dumont usava seus aviões, construídos em casa, como se fossem meios de transporte super comuns..o que não eram lá por volta de "1900 e 14-Bis", arrasando quarteirões montado em um avião enquanto todos os outros cidadãos do mundo andavam de carro e bondinho.
"O Santos Dumont saía pilotando os aviõezinhos dele por Paris como se fosse o carro dele. [...] Olha só, se hoje em dia tu tens um amigo que construiu, no quintal dele, um avião que ele usa pra pilotar por aí como se fosse o meio de transporte pessoal dele, como se fosse um carro. [...] Hoje em dia, em 2013, isso já seria inacreditável. Um cara que simplesmente construiu uma máquina voadora com suas próprias mãos e as usa como se fosse seu meio de transporte. O filho da puta fez isso no começo do Século Vinte! "
E assim, Izzy Nobre nem precisa dizer mais nada sobre a porcentagem de "estilo" que Santos Dumont tinha...mas logo em seguida ele entra com a seguinte frase :
 - Santos Dumont foi o Tony Stark brasileiro.
Sim, você não leu errado.
Tony Stark. O Homem de Ferro. O Robert Downey Jr.
No momento você ri, e acha interessante e perspicaz essa relação que Izzy Nobre faz entre o personagem histórico e o personagem dos quadrinhos/cinema/desenhos Homem de Ferro. Mas, analisando um pouco melhor, a vida de ambos os sujeitos é incrivelmente parecida.


Como sempre, tudo começa do começo (o pleonasmo é terrível, mas essas são exatamente as palavras certas a se usar). 
As origens de Tony Stark todo mundo conhece. Homem multi-milionário desenvolvedor e distribuidor (por meio das Indústrias Stark) de armas. Mas esse não era um negócio dele, e sim algo que ele herdou. Tanto sua genialidade, seu carisma, seu "jeito" com máquinas e boa parte do seu dinheiro, Tony já tem mesmo antes de nascer, devido a seu pai Howard Stark, igualmente gênio, playboy, milionário e filantropo (idêntico ao que o filho iria se tornar), só que em épocas diferentes. Boa parte do que é e do que se tornou, Tony deve ao papai.
E com Alberto (primeiro nome de Santos Dumont), não foi diferente. Ser rico desde criança, devido ao fato de sua família ser produtora de café, é algo que facilita e alimenta bastante a "vontade de estudar" (ainda mais naquela época, onde estudar era tudo que podia ser feito com tempo livre) de alguém. Tendo dinheiro e curiosidade, Dumont poderia ter começado a estudar qualquer coisa que quisesse... mas, sendo filho de Henrique Dumont, "um engenheiro francês maluco que fazia invenções e traquitanas malucas na fazenda da família", logo a engenharia mecânica e a "vontade de criar" brotou no coraçãozinho de Santos Dumont, que não seria conhecido como é se não fosse por suas invenções. Aliás, uma das coisas que ainda não foram mencionadas neste texto é o fato de Santos Dumont ter inventado, supostamente, o avião e também o relógio de pulso. Isso! Essa coisa no seu braço aí nem existiria se não fosse Santos Dumont...e a vontade dele de construir esse relógio também não existiria se não fosse o incentivo que o pai dele lhe proporcionou.
Então, se tem algo que Tony Stark e Santos Dumont se sentiriam obrigados a fazer em suas entrevistas seria dizer:
- Quero agradecer ao meu pai!

Em um mundo com super-heróis e explosões nucleares em abundância, o máximo do "estilo" que alguém pode atingir se utilizando da tecnologia é construir uma armadura feita de titânio e ouro para voar por aí e lutar contra bandidos. Não é preciso dizer que isto se refere ao Homem de Ferro. Em um mundo onde cientistas são conhecidos por serem feios, ocludos e malucos, ser um cientista e inventor que usa um "bigode da moda" é algo que chama muita atenção. Exatamente o que Stark quer : Atenção. Afinal, o cara tem, á sua disposição, quantos jatos, carros e navios quiser...viajar de armadura voadora é puro capricho e estilo. 
Mas não são apenas armaduras de titânio que servem como sinônimos de estilo. Voltando ao mundo real, imagine que os únicos transportes que você conhece são os carros. Os automóveis são a mais alta tecnologia que você e o povo de seu tempo tem conhecimento...e, de repente, você constrói um carro voador (que mais tarde seria chamado de avião) e sai andando, ou voando, por aí com ele como se o futuro  houvesse chegado mais cedo pra você. Tudo isso sem despentear o bigode e sem deixar o chapéu cair. Isso é estilo, isso é Santos Dumont!


Mas certas coisas pesam, nada tem apenas lado bom...
Você acabou de se imaginar em uma situação em que se locomove com um meio de transporte ao qual ninguém tem acesso, além de você. Agora, seja um pouco mais ousado com sua imaginação. Imagine também que as pessoas gostaram da sua invenção, e começaram a fabricar outros iguais aos seus. Não apenas iguais, mas também começaram a fabricar aviões melhores do que o seu. Aviões mais tecnológicos, mais fortes e com melhor agilidade durante o voo. Você vê seu sonho se tornando realidade, sua máquina finalmente começa a fazer o que você queria que ela fizesse... você está ajudando o mundo, involuntariamente ou não.
Mas, infelizmente, você vê que seu mundo começa a desabar. Começam a fazer exatamente o contrário do que você queria. Pegam a sua invenção, que você fez com tanto carinho para que servisse ao mundo e começam a usá-la de forma prejudicial ao mundo. O meio de transporte em que você trabalhou duro está sendo usado em guerras, matando pessoas e destruindo boa parte do mundo que você estava tentando ajudar.
Isso ocorreu com Santos Dumont e seu avião...e nosso querido gênio não aguentou toda essa pressão e, em 23 de Julho de 1932, Dumont se suicidou.
Que interessante! Toda essa triste história real de "a invenção deprimindo o inventor" e máquinas criadas para manter a paz sendo usadas para movimentar a guerra...tudo isso parece bem familiar até para quem nunca estudou a história da aviação brasileira e nunca nem ouviu falar de Dumont.
Tudo isso é muito parecido com um filme. No filme Homem de Ferro 2 (de 2010, dirigido por Jon Favreau), vemos um personagem passando pelo mesmo dilema. Tony Stark acabou de anunciar publicamente de que é o Homem de Ferro e que tem acesso a uma armadura de alto poder destrutivo e alta periculosidade sobre o mundo. Até que, em uma corrida realizada em Mônaco, ele percebe que outras pessoas também tem acesso a essa tecnologia, e que elas só tem esse poder de destruição em mãos porque ele mostrou ao mundo que isso era possível e não tão difícil.
A sorte é que Stark sempre foi alguém que não demonstra tanto os seus sentimentos quanto Dumont. Dumont foi sensível e deixou que a morte de pessoas causadas por seus aviões o debilitasse, Stark aguentou a sensação de "destruidor" enquanto a tecnologia a que ele deu início devastava países e explodia mansões.
Uma das diferenças, é que Stark não se suicidou...ainda. Se a arte continuar copiando a realidade, Stark pode dar um fim á sua vida a qualquer momento, já que na revista "Homem de Ferro e Thor" número 26 ele já demonstrou ter essa vontade.

A história de Santos Dumont acabou em 1932, a história do Homem de Ferro começou a ser desenvolvida por Stan Lee em 1963.
Stan Lee já confessou ter se inspirado no livro "O Médico e o Monstro" para criar o Hulk, que se inspirou em um sobrinho desempregado para criar o Homem Aranha e que se inspirou em animais mutantes para criar os X-Men. Não seria nada inacreditável presumir que tudo isso não fosse apenas coincidência e que Stan Lee houvesse estudado a história do Brasil e se inspirado em Santos Dumont para criar Tony Stark, o Homem de Ferro, que se tornaria, anos depois, o super-herói mais popular e mais querido entre o grande público.

(Montagem por Izzy Nobre)

domingo, 21 de abril de 2013

Etiqueta.


Lúcio comprou uma camiseta.
Era uma camiseta muito bonita e custou caro. Mas, como Lúcio gostou muito da camiseta, a comprou sem problema nenhum.
Acontece, que aquela camiseta era uma camiseta de uma marca muito famosa. Para falar a verdade, isso não significava nada demais, apenas que era uma bela camiseta azul que tinha colada, nas costas da camiseta, uma etiqueta na qual tinha bordado o nome e o logotipo de uma marca famosa.
Todos adoraram a camiseta de Lúcio, e alguns até chegaram a se aproximar dele apenas porque foram atraídos por sua camiseta. Lúcio ganhou amigos novos e ficou até sabendo de algumas garotas que estavam apaixonadas por ele.
Tudo isso graças á sua camiseta, que ele comprou por achá-la extremamente bonita.
Mas havia um probleminha. Usar aquela camiseta o incomodava muito, por causa daquela maldita etiqueta das costas. Sim, aquela etiqueta sem importância a qual mencionamos antes. Aquela que tinha, bordada em si, o nome e o símbolo de uma marca famosa.
Então, com vontade de se sentir confortável com a camiseta, Lúcio cortou essa etiqueta.
Lúcio perdeu seus amigos, as garotas pararam de falar com ele.
E disso, o que restou foi um cara legal com uma camiseta azul.


quarta-feira, 3 de abril de 2013

Por trás da letra de 3005 (Scars on Broadway).


Há certo tempo atrás, fiz a análise da letra de Sugar, uma das melhores e mais famosas músicas da banda armeno-americana de metal alternativo System of a Down.
Hoje, mostrando lealdade e fanatismo por System of a Down, trago a análise da letra 3005, da banda Scars on Broadway de hard rock e heavy metal.
"Ué, como você começa falando de System of a Down e termina falando de Scars on Broadway?"
Fácil de responder.
Em sua primeira formação, SOB tinha como vocalista o guitarrista e backing vocal do SOAD (Daron Malakian), e também como baterista o baterista de SOAD (John Dolmayan).
Portanto, um fã de System of a Down (que sou) também é um fã em potencial de Scars on Broadway (que também sou)....e se há uma análise de Sugar neste blog, não pode faltar uma análise de 3005.

Vamos bater palmas
para o presidente.
E para Jesus Cristo
E eu mencionei Charlie Manson?
E todo mundo mais que foi legal.

Neste trecho, a música, composta por Daron Malakian, expressa um tom de ironia. É como a letra "Perfeição" de Renato Russo, onde surge o convite "vamos celebrar a estupidez humana" e, em seguida, exemplo dessa estupidez. É um tanto quanto irônico que batamos palmas para políticos corruptos, figuras religiosas (inexistentes pela visão ateia de Daron) e até mesmo Charlie Manson, um assassino cruel que foi considerado o homem mais cruel que já pisou na face da terra. Deixemos que nossa sociedade que não distingue o bem do mal, bata palmas pra essas personalidades que só fazem danificar nosso mundo.

Vamos cantar uma canção
para as pessoas assustadas.
Procurando no ar,
se você procurar muito bem,
vai ver que estou lá.

Bombardeando o seu mundo.
Assistindo todos os idiotas da ressurreição perdendo seu terreno. 

Neste ponto da canção, Daron diz que as pessoas, alienadas com sua religião, não percebem o que realmente acontece. Ficam procurando respostas para tudo na fé, em sua religião, no céu (no ar).
Devido a isso, Daron diz que a guerra virá, e quando este dia chegar, ela já terá morrido, mas suas palavras estarão sendo ditas por homens poderosos que criarão guerras e vencerão os religiosos, que não possuem, segundo Daron, preparo para essas guerras.

Vamos bater palmas
para o genocídio.
E a internet.
E todas as formas de comunicação 
que estarão perdidas quando estivermos mortos.

Novamente, Malakian nos faz lembrar de que batamos palmas e celebremos o fato de não nos importarmos com problemas realmente importantes e também o fato de que perderemos tudo o que temos com as guerras que virão, incluindo todas as mídias de comunicação, como a internet.

Você nunca sobreviverá.
3005
Enquanto você afunda no oceano
eu estarei na minha nave espacial. Sobrevivendo.

Bombardeando o seu mundo. 
Assistindo todos os idiotas da ressurreição perdendo terreno.

Sim, eu estarei aqui, bombardeando o seu mundo,
e assistindo todos os idiotas da ressurreição perdendo terreno. 

Mais uma vez, Malakian faz alusão de que você (no caso, se referindo a um fanático religioso), nunca sobreviverá a uma guerra para qual não está preparado. E várias vezes, a letra repete o fato de que ele (sua ideologia) estará aqui, bombardeando o mundo e assistindo de camarote a queda dos religiosos fanáticos que, um dia, não se importaram com nada.

Vamos bater palmas.
Para o presidente.
E o Mickey Mouse.
E para todos os outros filhos da puta que estão queimando nesta casa.

E, finalizando a letra, Malakian repete a necessidade do povo burro a aplaudir e ovacionar humanos que danificam cada vez o mundo, dessa vez substituindo Jesus Cristo por Mickey Mouse, numa forma de comparar a figura religiosa a personagens fictícios e inexistentes, e também numa forma de criticar a mídia de um modo geral.

É este tipo de música e pensamento que Daron Malakian executa que nos faz pensar seriamente sobre o futuro da população.
Porque estando envoltos no fanatismo religioso que destrói famílias e amizades, realmente ficamos sem saber o que pensar que estará acontecendo em nosso mundo por volta do ano de 3005.