quarta-feira, 9 de abril de 2014

Quentin Repentino.

O TEXTO ABAIXO CONTÉM SPOILERS/REVELAÇÕES SOBRE O ENREDO DE TODOS OS FILMES DIRIGIDOS POR QUENTIN TARANTINO.

 Muitos artistas tem suas manias.
 Jackie Chan tem o capricho de fazer o sinal de positivo com o polegar em todos os seus filmes (incluindo Kung Fu Panda, onde é apenas dublador de um macaco). Quando vemos filmes de Tom Cruise, esperamos desde o começo até a cena em que ela vai correr...pois é de praxe que Cruise corra em cada um de seus filmes.
 Gary Oldman grita, Keanu Reeves faz "whoa" e Bruce Willis tem um olhar raivoso.
 Os diretores não ficam de fora, e também deixam escapar suas manias. Paul Verhoeven insere um efeito bizarro aqui e ali, Spielberg transforma o feio em emocionante, Kubrick te confunde, Michael Bay enche seus filmes com explosões desnecessárias... E Tarantino surpreende.
 Não aquela surpresa como a dos filmes de M. Night Shyamalan que faz, no final do filme, você abrir os olhos e nunca mais fechar. Mas a surpresa que te pega no meio de uma cena romântica e natural....e lhe joga sangue, tiroteio, drogas e morte.
 A característica mais notável de Quentin Tarantino em seus filmes é a inovação dentro de cada gênero e o modo como tempera suas cenas TOTALMENTE originais. Mas, é claro, que precisamos lembrar do quanto que Quentin é repentino.
 No meio de uma cena cotidiana, um diálogo agradável ou até mesmo uma dança,surgem mortes e sequências perturbadoras de violência...repentinamente.
 Dentro dos NOVE filmes dirigidos por Tarantino, podemos listar várias cenas em que mortes e quase-mortes ocorrem DO NADA. Uma mais sangrenta, intensa e...repentina do que a outra.




 Tarantino e Robert Rodriguez são grandes amigos. Sua parceria mais famosa foi em Um Drink no Inferno, porém Tarantino só chegou a assumir a direção de um filme com Rodriguez em 1995, no filme Four Rooms ("Grande Hotel", no Brasil), longa dividido em quatro partes, cada uma dirigida por um diretor. Além de Tarantino e Rodriguez, o filme conta com Allison Anders e Alexandre Rockwell.
 O filme fala sobre Ted (interpretado pelo querido de Quentin, Tim Roth), um mensageiro que, em plena véspera de Ano Novo precisa trabalhar e tomar conta de um hotel de Hollywood que está falindo.
 Na última cena do filme e, inclusive, a única dirigida por Quentin...Ted é forçado a ir para um dos quartos do hotel recepcionar um grande cineasta hospedado no estabelecimento (curiosamente interpretador por Tarantino) e recebe a proposta de ser o responsável por arrancar o dedo de um colega do cineasta caso o mesmo perca uma aposta.
 E quando você acha que o roteiro não pode ser referencial (já que isso é uma referência a roteiros de Alfred Hitchcock) e original mais do que isso....a aposta corre, o personagem perde e BLAM!
 Tim Roth corta com um cutelo o dedo do rapaz, agarra o dinheiro prometido...e vai embora rebolando, como faz da maneira irritante e exagerada do filme inteiro.


 E, falando sobre filmes ruins de Tarantino, não se pode esquecer o menos famoso entre todos eles - Jackie Brown.
 Sua atmosfera e roteiro são ainda mais diferentes do que as de Grande Hotel.
 A atmosfera é diferente porque não se aloja no universo de Tarantino, sendo que acontece em um mundo totalmente diferente do que vemos em, por exemplo, Pulp Fiction e Cães de Aluguel. E o roteiro, por si só, não tem o tempero que os filmes do nosso querido americano com cabeça de cearense tem - Isso apenas porque o roteiro não é dele, e sim uma adaptação literária. A única de toda a carreira de Quentin.
 O filme fala sobre Jackie Brown, uma aeromoça de meia-idade negra que compensa seu baixo salário de aeromoça com transporte de dinheiro sujo para Ordell Robbie (traficante de armas interpretado por Samuel L. Jackson, um dos queridinhos de Tarantino).
 Entre os nomes famosos do longa, temos Jackson, o ainda não-bombado Chris Tucker e Robert De Niro.
 O primeiro choque que temos é ao ver um dos atores famosos morrendo INESPERADAMENTE.
 "O que? É um ator famoso! Não se mata personagens com atores famosos...isso é quase matar o filme." Provavelmente este é o pensamento do público quando Robbie promete levar Beaumont (Chis Tucker) para um esconderijo dentro de seu porta-malas...e o mata.

 E o último (porém épico) acontecimento de violência e morte repentina em Jackie Brown vai de uma transformação incrível de personagem. De Niro mantém sua atuação calma durante todo o longa, sem gritar, praguejar e nem mesmo agir como o criminoso que interpreta...até que uma vagabunda enche a sua paciência sobre assaltos, compras, dinheiro entre outras coisas de vagabunda e ele BUM! Assassina sua namorada num estacionamento público, e vai embora finalmente "de saco vazio".


 Em 2007, também tivemos o que chamam de "o pior filme de Tarantino". O amado/detestado Death Proof (Á Prova de Morte, no Brasil).
 Não é tão ruim assim comparado aos dois filmes citados acima. Mas, considerando que um deles não é só do Tarantino e o outro é uma adaptação de livro, este é, oficialmente, o filme de roteiro original 100% Tarantino que é menos legal.
 Trata de Stuntman Mike (ou Dublê Mike, em português), um dublê psicopata dono de um carro "á prova de morte", feito para cenas perigosas de acidente em filmes. Porém,o automóvel só é resistente a estes acidentes se você estiver sentado no lugar do motorista....em qualquer outro acento, você morre (e, digamos, de forma extremamente fatal).E é se esquecendo de contar este último detalhe para garotas fúteis e MUITO sexys, que Mike consegue planejar seus elaborados e terríveis assassinatos.
 Típico filme onde se dorme durante toda a sessão...exceto, claro, quando acontecem os acidentes automobilísticos. Eles são tão feios, sanguinários e nojentos que é impossível não arregalar os olhos e saltar quando acontecem.
 Tirando essas cenas repentinas de olhos arregalados, o resto do filme é repleto de cenas "virando os olhos", em sinal de enjoo com a trama chata.


 E se você acha que este lance de usar "plot twists" com cenas repentinas de violência é algo que Tarantino desenvolveu há pouco tempo ou que aprendeu com o passar dos anos, seu conceito todo muda quando assiste Cães de Aluguel, primeiro filme do diretor e, com certeza, um dos melhores filmes independentes já produzidos na história do cinema.
 Estrelado por Harvey Keitel e Tim Roth (atores que veríamos novamente em Pulp Fiction), o filme fala de alguns criminosos que foram contratados por um velho criminoso para efetuar um grande assalto. Porém, algo dá errado...e o filme se resume em flashbacks de cada um dos assaltantes (todos com nomes de cores) para que possamos descobrir qual deles é o tira infiltrado na gang.
 Enquanto o filme passa pelas fases de começo e metade, Tarantino usa suas técnicas para mostrar detalhes que usaria para sempre em seus filmes. Os diálogos engraçados (comandados pelo hilário Mr. Pink), as suas próprias aparições (neste filme maiores que nunca, como Mr. Brown) e as referências á cultura popular (exatamente como na cena inicial, em que os criminosos analisam em um bar a letra de Like a Virgin, sucesso de Madonna)... mas é apenas nos últimos cinco minutos de filme que o diretor encerra sua apresentação, com a única cena violenta, sanguinária e cruel que ninguém esperava.
 Cada um deles se olha, aponta seu revólver para o rosto de algum deles....e atiram. Todos ao mesmo momento. Não resta um único personagem vivo no recinto.....e o filme acaba, com sua cabeça explodida repentinamente assim como o coração de cada um deles.

 Mas foi um tempo depois de seu primeiro filme (com seu penúltimo filme feito até agora) que Tarantino resolveu dar um susto em seus fãs, simplesmente saindo de sua atmosfera "original" e brincalhona para partir para um assunto mais sério.
 Em 2009 saiu Bastardos Inglórios, filme que conta a versão de Quentin sobre alguns acontecimentos sobre a Segunda Guerra Mundial.
 Como se não bastasse o fato de nada neste filme ser verídico, a atuação impecável de Brad Pitt, a estreia de Michael Fassbender com Tarantino e a maravilhosa estreia de Christoph Waltz no CINEMA, o diretor ainda nos presenteou com algumas cenas clássicas de violência surpreendente e que farão seus queixos caírem...caírem como os escalpos dos nazistas.


 Uma das maiores surpresas visuais deste filme não envolve nenhum assassinato exatamente...apenas um pós-assassinato.
 O personagem de Brad Pitt, líder dos Bastardos Inglórios (equipe de caça a nazistas durante a Segunda Guerra) exige que cada um de seus homens o traga cem escalpos nazistas.
 E para garantir que todos entendessem o filme e soubessem o que é um escalpo, Tarantino se certificou de colocar DO NADA uma cena com bastardos visivelmente arrancando o que aprendemos ser um "nazi scalp".
 O que lembra de avisar: Não veja filmes de Tarantino almoçando, pois o refluxo pode subir rápido.
Assim como nos já citados Jackie Brown e Cães de Aluguel, uma das cenas mais curtas, inesperadas, divertidas e violentas de Bastardos Inglórios acontece em um tiroteio.
 Quando achamos que a cena está se baseando em um simples diálogo em bar....BUM. Descobrem que Hicox é um infiltrado e tiros começam a ser trocados por debaixo da mesa. Testículos baleados se transformam na maior (e mais curta, são apenas vinte segundos) carnificina de todo o período da Segunda Guerra Mundial.


E só para que o assunto deste filme não se encerre sem menção da personagem mais chamativa do longa, devemos citar Shoshanna.
 A judia vingativa é responsável por duas das cenas mais repentinas (e importantes) do filme.
 O começo do filme é seu, quando oficiais nazistas repentinamente baleiam o chão de uma casa com o intuito de matar judeus escondidos (e matam todos, exceto por ela, que foge e, inexplicavelmente, cria uma vida).
 E o fim do filme também é seu, quando surge como uma cabeça flutuante em uma tela de cinema que, também do nada, entra em chamas. Quando Shoshanna se vinga dos nazistas (queimando tanto soldados quanto o próprio Hitler) tudo o que podemos pensar é que...nenhuma personagem pode ser tão repentinamente violenta como Shoshanna...
 A não ser pela protagonista do filme a seguir.
Senhoras e senhores, A Noiva (ou, se preferirem, Mamba Negra).


 Kill Bill (filme de 2003 e 2004, separado em duas partes devido ao grande roteiro que a equipe estava disponível a aproveitar 100%), é, talvez, o melhor filme de vingança já feito.
 Uma mulher, ex-líder de uma equipe formada por quatro fêmeas fatais (incluindo a si mesma) é espancada por capangas de seu ex-chefe, o criminoso, velho e incrivelmente charmoso Bill (interpretado pelo saudoso David Carradine). Quando A Noiva desperta de seu coma, mal podendo mexer os dedos, só pensa em se vingar de todos.
 As metas da personagem variam desde aniquilar todas as suas antigas parceiras, provocar batalhas triunfais contra ninjas em salões de mansões japonesas...até o mais simples título do filme - Matar Bill.
 O(s) filme(s) todo(s) é(são), literalmente, uma explosão de cabeças contínuas. Não se pode piscar sem que alguém tenha um escalpo arrancado,um coração explodido por cinco dedos, uma enfermeira caolha assobie eternamente, alguém morra em um carro ou que personagens icônicos fisicamente (como o até hoje lembrado Pai Mei)....Kill Bill é pura violência, em ambas suas partes.
 Mas assim que o filme começa, já podemos citar a cena que nos faz pensar "Okay...eu achei que a violência tinha parado. Mas ela ainda está aqui!"
 Quando a Noiva tenta se vingar da primeira de suas ex-colegas, a Copperhead, vemos uma sequência incrível de luta se acabar quando Vernita Green se dá por vencida, abrindo o armário e apanhando uma caixa de cereais.
 "Ufa...está tudo calmo agora, não? NÃO!"
 Vernita saca uma arma de dentro da caixa, Noiva revida com sua faca. A luta acaba, Vernita está morta...e você está quase. Só que de surpresa.


E finalmente, chegamos ao filme mais recente de Tarantino: Django Livre.
  Seguindo a linha de filmes mais sérios do diretor.
 Logo depois de falar sobre a Segunda Guerra, o cineasta resolveu que falaria, desta vez, sobre escravidão e igualdade racial. E nada melhor para isto do que um black exploitation...mas Tarantino já nos surpreende colocando todo este contexto dentro de um filme western. Sim.
O filme discute questões morais e éticas sobre direitos iguais e se passa durante o faroeste americano. Problemas? Tarantino espera que não.
 O filme gira em torno de Django, escravo que é liberto e contratado como ajudante de Dr. Schultz (a alma do filme, se me permitem observar), um caçador de recompensas que trabalha capturando bandidos procurados vivos ou mortos...claro, sempre trazendo-os mortos. Tudo isto cercado pelas dificuldades de Django para se identificar como um homem livre...e a insaciável busca por sua amada Broomhilda.
 Em um filme como este cujo roteiro já promete violência (liberte um escravo, dê-lhe uma arma e a possibilidade de se vingar de cada homem branco que já lhe fez sofrer. Voilá!), não é difícil de obtermos sequências sanguinárias e violentas...principalmente quando foi a mente doentia de Quentin Tarantino que desenhou tudo isso.
 Duas cenas podem ser destacadas...e as duas, é claro, derivadas do mesmo personagem: Dr. Schultz, a alma do filme e o assassino mais frio e imprevisível que qualquer diretor já conseguiu criar.
 A primeira cena é logo a de abertura do longa metragem, quando Schultz se apresenta de maneira mais eficaz impossível: Ao não conseguir comprar pacificamente um escravo de dois desconhecidos que encontra na floresta, simplesmente saca sua arma e corta o silêncio em que o filme se mantinha para desarmar os homens e explodir a cabeça de um de seus cavalos.
 Explodir a cabeça de um cavalo!! O tipo de coisa que funciona muito bem tanto como um susto para o espectador quanto uma ótima definição de personalidade para o personagem.


E a segunda cena é também a última com participação de Schultz.
Logo no final do filme, Schultz está se dando por vencido e decidido a apertar a mão de Candie (Leonardo DiCaprio chutando bundas).
 Os dois de aproximam. Candie feliz em cólera por ter vencido, Schultz cabisbaixo por ter sido derrotado e o público desolado por não acreditar que o filme acaba daquele jeito.
 Quando, repentinamente, Schultz solta um "If you insist" e tira de sua manga um revólver, atira em Candie...e o que vemos a seguir é um dos maiores tiroteios que o oeste já presenciou (podendo ser assistida perfeitamente nos vídeos a seguir, com a também inesperada trilha sonora de 2Pac e James Brown).



 Assim que Cães de Aluguel estourou, Tarantino pôde (com apenas um filme, surpreendentemente) abandonar as origens do cinema independente e lançar seu segundo filme, desta vez com grandes patrocínios e participações de atore grandes. Pulp Fiction, de 1994, conta com as participações dos ilustres Bruce Willis, John Travolta, Tim Roth, Uma Thurman e o indispensável Samuel L. Jackson.
 O filme acompanha três histórias que acontecem paralelamente (quatro, se contarmos a cena inicial) com personagens dentro de uma mesma cidade. Primeiro, um casal organiza um assalto a uma lanchonete.
 A primeira cena do filme é apenas isso..um casal (Honney Bunny e Pumpkin, ou Ringo e Yolanda) conversando sobre suas despesas e problemas financeiros quando, por incrível que pareça, naturalmente resolvem assaltar a lanchonete em que estão.
 Vimos, como que por mágica, elogios de um casal apaixonado se transformar em "Any of you fucking pricks move, and I'll execute every motherfuckin' last one of you!"
  
A segunda história do filme ocorre também dentro do universo do crime, mas de um modo diferente de assaltos em lanchonetes. Um modo, talvez, mais refinado que este.
 Nela, Vincent Vega e Jules são enviados a um apartamento para realizar a cobrança de uma dívida a mando de seu chefe, o mafioso Marsellus Wallace.
 Entre diálogos engraçados e inteligentes sobre hambúrgueres, o idioma francês e massagens nos pés...os bandidos fazem tortura psicológica com os endividados. Até que, repentinamente (como você já espera, depois de ler todo esse texto) um homem sai gritando de um quarto do apartamento, desferindo tiros contra os bandidos....assustando o público com seus gritos e os personagens com o fato de que errou todos os tiros.


A genialidade presente nesta cena não se baseia apenas em sua inespera...como na importância que tal ato inesperado teve durante todo o filme. Uma fração de segundo com alguns tiros desferidos criaram conceitos que afetaram todo o resto do filme, e, principalmente, um de seus melhores personagens: Ao ser atacado friamente pelo endividado e sair ileso, Jules diz ter passado por um milagre e decide dedicar sua vida á religião.
 Ainda nesta história, quando achamos que a ação está finalizada para os dois bandidos (principalmente por um deles agora ser "crente"), eles colocam em seu carro um dos rapazes devedores que estavam presentes no apartamento, para que este tenha o prazer de falar pessoalmente com Marsellus Wallace, o mafioso que QUER seu dinheiro.
 Como todo bom gangsta, Vincent dá seus conselhos finais a Marvin (o refém) com seu revólver em mãos quando....BUM. O revólver dispara e uma poça de sangue envolve todo o automóvel.
 "Mano...atirei na cara do Marvin!"


Já na terceira história, Vincent (sim, o mesmo que atirou na cara do Marvin) é escolhido por seu chefe para que leve Mia Wallace, sua esposa, para um passeio.
 O personagem estranha tanto quanto o telespectador. Enquanto ele pensa o porquê de ter recebido tal ordem já que trabalha como criminoso e cobrador de dívidas, o fã se pergunta onde é que se encaixa naquele filme violento algo deste tipo...que pode soar até romântico, de início. De início!
 Após saírem, dançarem juntos, ganharem um concurso de dança, conversarem sobre caretices....os dois vão para casa. Enquanto Vincent dava discursos morais a si mesmo sobre não ter relações com a esposa de seu patrão....a mulher tem uma overdose quase mortal na sala da mansão!!
 Ao som da música mais calma de Urge Overkill, a mulher treme, espuma pela boca, se contorce, sangra...e quase morre.
 Tudo isso depois de uma sequência de acontecimentos normais, com uma música normal...tudo normal.E normal permaneceria, se Tarantino não fosse louco.
 

  A última história, apesar de ser a menos interessante em conteúdo, é uma das mais chamativas visualmente. Por que? Temos Bruce Willis protagonizando.
 Butch, personagem de Willis, é um pugilista que foi contratado por Wallace para entregar uma luta. Porém, seu orgulho falou mais alto e não quis desistir dela. Assim sendo, Butch passa a dedicar seus dias a fuga incansável do mafioso.
 Nada de interessante, certo? Errado. Este "nada de interessante"é o que Tarantino quer que você pense. Roteiro fraco jogado ali apenas para que você compre. E depois que comprou, ele te dá o produto que realmente queria vender : Um festival de violência que, em menos de um segundo, mata o personagem favorito de todo mundo.
 Em uma história na qual nem era personagem, Vincent Vega é assassinado.


 E é nisso que re se resume Pulp Fiction. Ou melhor, não só Pulp Fiction.
 Nunca se sabe o que esperar de uma mente como a dele, e é exatamente listando cada um de seus filmes e momentos em que mostrou ser tão repentino...que nunca vamos saber o que esperar de Tarantino.
 Tudo pode acontecer, tudo. Sem exceção. Desde que envolva um punhado de sangue.

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