Embora Marcos Rey tenha se consagrado como escritor devido á todas as novelas que escreveu (Fantoches!, Um Gato no Triângulo, A Última Corrida etc), sempre me chamaram mais atenções as obras infanto-juvenis que ele escreveu.
É sempre mais interessante acompanhar as obras de um artista em que ele faz o que não está acostumado...assim como Schwarzenegger é muito mais divertido em seus filmes de comédia do que em seus filmes de ação, Marcos Rey se torna mais interessante quando escreve para os jovens. Tanto que o mistério "O Rapto do Garoto de Ouro" é um dos melhores mistérios da literatura nacional, e "O Dinheiro do Céu" também é um dos melhores livros sobre o cotidiano e que consegue divertir enquanto ensina sobre o golpe militar de 1964.
Resumindo, Marcos Rey sempre divertiu...tanto em mistérios com astros do rock quanto em ficções som conteúdo histórico.
E, com o Diário de Raquel, descobrimos que Marcos Rey realmente tinha aptidão para mistérios. Não apenas sobre rock stars, mas também sobre simples garotas de rua.
Literalmente, do luxo ao lixo.
O livro fala sobre Raquel, uma bela garota de rua que tem, como diferencial, uma inteligência assombrosa. Com esses dotes em seu intelecto, Raquel consegue muita coisa...como arrumar emprego em uma alfaiataria e fazer amizade com muitas pessoas.
Porém, em certo momento, Raquel começa a se sentir (e a ser, realmente) perseguida, observada e servir de objeto de desejo de um homem misterioso...um psicopata que, automaticamente, coloca "estuprar e matar Raquel" em primeiro lugar na sua lista de metas.
Aí começa a ação.
Raquel foge do abrigo para menores em que residia, e coloca, imediatamente, três pessoas á sua busca. Regina, a psicóloga deste abrigo que se veste de Lia, uma menina de rua para procurar Raquel. Senhor M, o estuprador psicopata que mantém contatos com traficantes e usuários de drogas para encontrar a garota que tanto deseja. E Tia Vera, uma velha moradora de rua que tem, como única pista para encontrar a garota, um livro com anotações da menina : O Diário de Raquel.
E a história começa a partir do momento em que a genialidade de Marcos Rey entra em ação.
Em alguns livros, você vê o mistério se desenvolver em tempo real, com pistas sendo encontradas, testemunhas que dizem o que aconteceu...mesmo que com referências ao passado, o presente é que soluciona o crime.
Em "Diário de Raquel", acontece o mesmo que ocorre em livros geniais de Sir Arthur Conan Doyle, que é essa ligação com o passado. Porém, Conan Doyle usa os memoráveis flashbacks, que são a prova de que livro de Sherlock Holmes não é composto apenas por Sherlock Holmes.
Já em "Diário de Raquel",a ligação com o passado que faz com que os mistérios encontrem resolução é feita através da leitura do diário da garota. E isso prova a genialidade de Marcos Rey.
Combinar o ritmo em que as coisas acontecem com o ritmo em que o leitor descobre o passado da personagem é algo extremamente difícil. É fácil de imaginar Marcos Rey escrevendo essa obra, anotando em um caderno todas as datas e os acontecimentos que criou para que não se atrapalhasse quando fosse passar tudo para o papel.
Juntar fato, data e trama é algo trabalhoso...e juntar tudo isso sem fazer com que a leitura se torne chata é algo muito mais trabalhoso.
Então, de início, palmas a Marcos Rey.
Porém, essa organização não é a melhor coisa da obra.
E sim o personagem M.
Sim, o vilão, o psicopata, o estuprador...o melhor personagem presente neste livro.
Não que os outros sejam ruins, pois Raquel e Tia Vera também tem uma personalidade cativante e apaixonante.
Ler "Diário de Raquel" hoje em dia te faz amar o Sr. M, pois ele é o melhor tipo de vilão que existe.
Muito se fala, em questão a livros e filmes, de que os vilões não são extremamente bens construídos. Reclamam da motivação, dizem que não é convincente um vilão querer causar todo aquele estrago apenas motivado por coisas fúteis. E isso já joga no lixo vários clássicos, que apresentam ótima trama mas que não é aceita porque a motivação do vilão não é considerada válida.
Mas tem muitas pessoas que não consideram a maior regra do manual dos vilões : A maior motivação para alguém malvado é a maldade em si.
Estamos em um mundo fictício que, sim, precisa de realismo, precisa de pitadas do nosso real cotidiano. Mas o vilão precisa ser maligno, e a própria maldade...obsessão psicopata e antecedentes criminais já explicam tudo o que está acontecendo.
Sim, ele sequestrou inocentes, fez com que garotas menores de idade quase morressem de overdose e assassinou idosas. Por que? Porque ele queria chegar até Raquel. Só por isso? Não, porque ele é malvado.
E está tudo explicado.
Com isso já se encontra o porquê de Sr. M ser um ótimo personagem, o porquê do livro ser perfeito, o porquê de Marcos Rey ser genial e o porquê de Diário de Raquel merecer um espaço na sua prateleira.
Resumindo, Marcos Rey sempre divertiu...tanto em mistérios com astros do rock quanto em ficções som conteúdo histórico.
E, com o Diário de Raquel, descobrimos que Marcos Rey realmente tinha aptidão para mistérios. Não apenas sobre rock stars, mas também sobre simples garotas de rua.
Literalmente, do luxo ao lixo.
O livro fala sobre Raquel, uma bela garota de rua que tem, como diferencial, uma inteligência assombrosa. Com esses dotes em seu intelecto, Raquel consegue muita coisa...como arrumar emprego em uma alfaiataria e fazer amizade com muitas pessoas.
Porém, em certo momento, Raquel começa a se sentir (e a ser, realmente) perseguida, observada e servir de objeto de desejo de um homem misterioso...um psicopata que, automaticamente, coloca "estuprar e matar Raquel" em primeiro lugar na sua lista de metas.
Aí começa a ação.
Raquel foge do abrigo para menores em que residia, e coloca, imediatamente, três pessoas á sua busca. Regina, a psicóloga deste abrigo que se veste de Lia, uma menina de rua para procurar Raquel. Senhor M, o estuprador psicopata que mantém contatos com traficantes e usuários de drogas para encontrar a garota que tanto deseja. E Tia Vera, uma velha moradora de rua que tem, como única pista para encontrar a garota, um livro com anotações da menina : O Diário de Raquel.
E a história começa a partir do momento em que a genialidade de Marcos Rey entra em ação.
Em alguns livros, você vê o mistério se desenvolver em tempo real, com pistas sendo encontradas, testemunhas que dizem o que aconteceu...mesmo que com referências ao passado, o presente é que soluciona o crime.
Em "Diário de Raquel", acontece o mesmo que ocorre em livros geniais de Sir Arthur Conan Doyle, que é essa ligação com o passado. Porém, Conan Doyle usa os memoráveis flashbacks, que são a prova de que livro de Sherlock Holmes não é composto apenas por Sherlock Holmes.
Já em "Diário de Raquel",a ligação com o passado que faz com que os mistérios encontrem resolução é feita através da leitura do diário da garota. E isso prova a genialidade de Marcos Rey.
Combinar o ritmo em que as coisas acontecem com o ritmo em que o leitor descobre o passado da personagem é algo extremamente difícil. É fácil de imaginar Marcos Rey escrevendo essa obra, anotando em um caderno todas as datas e os acontecimentos que criou para que não se atrapalhasse quando fosse passar tudo para o papel.
Juntar fato, data e trama é algo trabalhoso...e juntar tudo isso sem fazer com que a leitura se torne chata é algo muito mais trabalhoso.
Então, de início, palmas a Marcos Rey.
Porém, essa organização não é a melhor coisa da obra.
E sim o personagem M.
Sim, o vilão, o psicopata, o estuprador...o melhor personagem presente neste livro.
Não que os outros sejam ruins, pois Raquel e Tia Vera também tem uma personalidade cativante e apaixonante.
Ler "Diário de Raquel" hoje em dia te faz amar o Sr. M, pois ele é o melhor tipo de vilão que existe.
Muito se fala, em questão a livros e filmes, de que os vilões não são extremamente bens construídos. Reclamam da motivação, dizem que não é convincente um vilão querer causar todo aquele estrago apenas motivado por coisas fúteis. E isso já joga no lixo vários clássicos, que apresentam ótima trama mas que não é aceita porque a motivação do vilão não é considerada válida.
Mas tem muitas pessoas que não consideram a maior regra do manual dos vilões : A maior motivação para alguém malvado é a maldade em si.
Estamos em um mundo fictício que, sim, precisa de realismo, precisa de pitadas do nosso real cotidiano. Mas o vilão precisa ser maligno, e a própria maldade...obsessão psicopata e antecedentes criminais já explicam tudo o que está acontecendo.
Sim, ele sequestrou inocentes, fez com que garotas menores de idade quase morressem de overdose e assassinou idosas. Por que? Porque ele queria chegar até Raquel. Só por isso? Não, porque ele é malvado.
E está tudo explicado.
Com isso já se encontra o porquê de Sr. M ser um ótimo personagem, o porquê do livro ser perfeito, o porquê de Marcos Rey ser genial e o porquê de Diário de Raquel merecer um espaço na sua prateleira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário