quinta-feira, 31 de maio de 2012

Beijo na Chuva



Acordo com o som da chuva suave, são meus pequenos problemas me perturbando desde o diário despertar dos meus olhos.
Horas do cotidiano se passam, a chuva engrossa e se torna violenta, são as complicações que surgem a cada amanhecer.
Prendo os dedos na porta, chuto uma pedra, acidentes minúsculos que jogam trovões de temperamento sob meu teto.
A chuva piora a cada contra-tempo que aparece escurecendo meus límpidos céus com ódio, dor e fúria incontestáveis. Os contra-tempos fecham meu clima a cada fração de segundo e a chuva cai como embriagada, destruindo continentes. A tempestade irradia ira e magnânima raiva, simulando uma prévia de um Apocalipse chuvoso.
Quando o granizo de gelada aflição cessa e a chuva de fogo caótico ameaça despencar sobre minha alma, meu corpo te vê, te sente e te toca.
Ao menor contato contigo, minha tempestade pessoal se esclarece, e o Sol que irradia de seu coração transforma minha antiga alma chuvosa em uma clara, iluminada e bela nova alma.
Por maior poder de raios, trovões e relâmpagos, a chuva não resiste ao pôr-do-sol provocado por seu amor.


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