quinta-feira, 31 de maio de 2012

Beijo na Chuva



Acordo com o som da chuva suave, são meus pequenos problemas me perturbando desde o diário despertar dos meus olhos.
Horas do cotidiano se passam, a chuva engrossa e se torna violenta, são as complicações que surgem a cada amanhecer.
Prendo os dedos na porta, chuto uma pedra, acidentes minúsculos que jogam trovões de temperamento sob meu teto.
A chuva piora a cada contra-tempo que aparece escurecendo meus límpidos céus com ódio, dor e fúria incontestáveis. Os contra-tempos fecham meu clima a cada fração de segundo e a chuva cai como embriagada, destruindo continentes. A tempestade irradia ira e magnânima raiva, simulando uma prévia de um Apocalipse chuvoso.
Quando o granizo de gelada aflição cessa e a chuva de fogo caótico ameaça despencar sobre minha alma, meu corpo te vê, te sente e te toca.
Ao menor contato contigo, minha tempestade pessoal se esclarece, e o Sol que irradia de seu coração transforma minha antiga alma chuvosa em uma clara, iluminada e bela nova alma.
Por maior poder de raios, trovões e relâmpagos, a chuva não resiste ao pôr-do-sol provocado por seu amor.


terça-feira, 29 de maio de 2012

O Motivo de Linkin Park ser Considerada uma Banda Poser.

Desde a última edição do festival Rock in Rio realizado no Rio de Janeiro que o rock está novamente em evidência, e muitas outras bandas caíram no gosto popular, até mesmo bandas que não eram conhecidas pelo grande público como Slipknot, System of a Down, Stone Sour e etc.
Quando o rock ficou novamente em evidência, várias consequências se viram presentes, sendo elas boas ou ruins.
A boa foi que o melhor gênero musical da história estava novamente na boca do povo brasileiro.
A ruim foi os vários "falsos fãs" que surgiram, conhecidos como "posers". E surgiu também um preconceito sobre as bandas que ganharam notoriedade com o Rock In Rio (Slipknot e System of a Down) e outras que se tornaram adoradas por fãs de um "jeito diferente" de rock (Linkin Park e Avenged Sevenfold).
Confesso, eu mesmo, que de todas as bandas citadas, as únicas que eu realmente aprecio o som são System of a Down e Avenged Sevenfold.
Não gosto de Slipknot devido a motivos de meu próprio gosto musical, o mesmo sobre Linkin Park. Mas, agora, tentarei explicar o porque de Linkin Park ser considerado uma banda que posa de rockeira, mas na verdade só "posa" mesmo.


A banda Linkin Park tem, em sua grande maioria de suas músicas, um gênero musical diferenciado chamado de Rap/Rock (mistura de dois gêneros bastante famosos no exterior). Mas, sinceramente, Linkin Park é muito mais rap do que rock.
Na visão de muitos fãs de rock (eu me incluo nesses fãs), Linkin Park se baseia apenas em um rapper cantando seus raps cheios de críticas sociais e emocionais (como na maior parte das letras de rap), com batidas de rap, ritmo de rap, apenas com uma guitarra estilo "caixa-de-abelha" (utilizada nos gêneros Trash, Death e Black Metal) caracterizando a banda com rock.
As músicas de Linkin Park se iniciam, quase sempre, com aquelas batidas de teclados, bem baixas e singelas, iniciando já um ar mais "rap sombrio" encontrado tanto nos rappers americanos Usher e nos brasileiros Projota, Marcelo D2 e etc.
Até aí, deduzimos que Linkin Park é uma banda de rap com guitarra e sons originados do rock tocados ao fundos.
Mas qual o problema? Simples. Entre os realmente fanáticos por rock, o rock tem de estar puro, sem estar misturado com nenhum new wave, pop, rap, emo ou qualquer outro gênero.
Até aí tudo bem, está explicado o motivo de muitos não gostarem de Linkin Park. Mas, partindo daí... Por que Linkin Park é considerado uma banda poser?

Ultimamente, nada é mais "comum" do que gostar de rock, e quem não gosta ou prefere outros gêneros ás vezes se sente por fora, e quer gostar de rock, quer ouvir rock.
Os mais tolos fingem que gostam de rock, fingem que se sentem bem ao ouvir rock.
Os espertos ouvem Linkin Park, que é uma válvula de escape. Linkin Park é uma banda de rap feita pra quem não quer gostar de rap e sim de rock.
Não sei se estarei apenas repetindo o que já disse, mas Linkin Park é uma banda de rap considerada uma banda de rock apenas por seus toques de guitarra e bateria ao fundo de cada música, fazendo com que os odiadores de rock ouçam apenas para fazer parte do "clubinho do rock" tão popular hoje em dia.
E exatamente por ser uma "banda de rock" para não-rockeiros é que os supostos rockeiros de verdade criam um sentimento de repulsa quanto a banda e, consequentemente, seus fãs.
 Realmente é triste ver esse tipo de preconceito musical, quando uma pessoa acha que o gosto musical dela deve ser respeitado, e o de ninguém mais deve, é realmente triste, hipócrita e estúpido.

Então, é isso, galera, espero que tenha ficado claro o porque de eu não gostar, em geral, de Linkin Park e o porque dessa banda ser considerada uma banda poser.
Pra encerrar o post, vou postar dois vídeos.
 O primeiro da única música de Linkin Park que eu gosto (e somente gosto porque me faz lembrar de meus amigos, e porque não é tão "rap" quanto todas as outras).


E o segundo vídeo é da música de Linkin Park que eu menos suporto e mais odeio:


Pode ser que talvez, no futuro, eu escreva mais sobre outras bandas famosas e minha opinião sobre elas.
: )

sábado, 26 de maio de 2012

Fugindo da Rotina #02 - Um Ano de Blog!

Então, galera, hoje faz um ano que eu criei este blog e comecei a postar textos aqui! Realmente não pensei que iria durar tanto tempo, e hoje quero que dure pra sempre, realmente gosto de ter um lugar pra escrever as maluquices que eu penso, e gosto de saber que de vez em quando alguém lê isso.
Acreditem, por mais que não comentem ou não sigam o blog, realmente acessam, eu tenho acesso as estatísticas e posso ver como o blog é realmente muito acessado! Isso me deixa feliz, e me dá inspiração pra deixar o blog em ativa mais um ano, ou mais muitos anos.
Aqui vão uns agradecimentos:

1 - Ao Anselmo, que me ajudou, postando alguns textos deles aqui no blog.
2 - A todos os meus amigos que me ajudaram, divulgando o blog, principalmente Hellen Souza, Alinny Cristina, Iza Hajjar, Marcílio Furtado, Kaíque Carvalho e muitos outros.
3 - Queria agradecer ao blog e grupo do qual faço parte Luz Negra por abrirem um espaço para os meus textos.
4 - A minha família, que sempre leu meus textos e apoiou minha vontade de escrever.
5 - E, por último, ao grupo do qual faço parte Sem Ideia, do Facebook, que permitiram a divulgação de meus textos lá também.

E obrigado a você, que mesmo sem comentar, lê os textos, e me motiva a continuar escrevendo nessa porcaria. kkkk
Parabéns pra mim, parábens pro Literatura do Guimarães. Parabéns pra você!

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Quadrinhos - Wolverine 90

Então, galera, estamos aqui, faltando pouco tempo para o aniversário de um ano do blog. E para comemorar esse anversário adiantado, vamos inaugurar uma nova categoria aqui no blog :Quadrinhos.
Eu sou um grande fã de quadrinhos, e todo mês eu compro um da revista Wolverine, que eu adoro.
Então, estarei sempre tentando postar aqui minhas opiniões sobre algumas revistas em quadrinhos, ou então tentarei escrever artigos sobre o tema e tudo o mais que vier na cabeça.
Para começar, as minhas opiniões, sobre a revista Wolverine (número 90) lançado no Brasil em maio de 2012.

Comecemos pela capa (clique na imagem para ampliar):
Como imagem de capa, Wolverine e Mística estão prestes a se beijar, cada um preparando um golpe por trás de suas costas. Para os leigos que observam a capa, esperam que a história central seja um antigo clichê de Mística e Wolverine onde um tem a missão de enganar e aniquilar o outro, mas não é assim, na realidade.
A capa poderia ter sido melhor construída, pois a ideia que dá sobre a matéria de capa não é uma impressão muito leal a verdadeira.

Agora, comentemos as histórias.

A primeira história, que é a da capa, se chama "Procura-se Mística - Repouso Final", que é uma continuação tanto da saga "Wolverine versus X-Men", da saga " Jornada ao Inferno" e da antiga saga "Procura-se Mística" .
A história consiste em Wolverine executando sua vingança contra todos que ajudaram a enviar sua alma para o inferno (como relatado nas sagas "Wolverine versus X-Men"  e "Jornada ao Inferno") começando com Mística, que está sempre envolvida com estas arapucas contra Wolverine. Então, achei a luta entre Mística e Wolverine muito boba e infantil e achei desnecessária também a imagem de "todo poderoso" que colocaram sobre o novo e misterioso personagem Lorde Letal.
Os desenhos são muito bons, tirando os olhos dos personagens, que são minúsculos e parecem estar sempre semicerrados.

E agora, vamos falar sobre as duas últimas histórias, que são a mesma, só que a segunda completando a primeira. São da saga Rota de Colisão, em que Daken, o filho de Wolverine, e X-23, clone de Wolverine, estão um contra o outro. Um deles querendo se tornar mais poderoso (Daken) e o outro querendo se vingar de pessoas iguais as que a usaram como cobaia e rato de laboratório (X-23).

A história, que antes era considerada por mim muito chata, agora está viciante desde que acrescentaram X-23 e o x-man Gambit a seu roteiro, realmente parece que este foi o golpe para que a série fosse querida pelo público.
Reconheço que não gosto do personagem Daken, acho-o um personagem fraco, enjoativo e muito previsível, mas mesmo assim a trama se torna muito interessante quando transmite a seguinte dúvida "Quem vence, o filho ou o clone de Wolverine?", e mesmo sem uma resposta exata, a luta entre os dois é ótima (cheia de exageros, como regenerar toda a pele em segundos, mas continua sendo ótima). Realmente essa foi melhor do que a conclusão de "Procura-se Mística".
Sem contar que os desenhos "quadro-a-quadro" são muito lindos, exceto pelas cenas se passarem, em sua maioria, no escuro.

Em geral, na minha opinião, a revista não foi tão boa, foi uma revista "mais ou menos".
Nota 07!



segunda-feira, 21 de maio de 2012

Crítica Literária - Dossiê John Lennon

Acho que esta é a segunda vez que vou falar mal de um livro aqui no blog. Espero que entendam os motivos por não ter gostado do livro.
Li o livro "Dossiê John Lennon".
Aí vai uma dica pra vocês : Nunca leia um livro que possua a palavra "dossiê" no nome, pois o resultado pode não ser bom, e tem grande chance do livro ser realmente muito ruim.
Quando comprei o livro, já o comprei esperando que fosse ruim. Desejava que fosse ótimo, afinal, sou grande fã de John Lennon e sua obra, mas claramente não esperava muito do livro.

Primeiramente, ao ler a sinopse localizada na contra-capa do livro e também seu sub-título, pode-se perceber que o livro dá a impressão de que foi escrito por um fã de Lennon que não conteve seu ânimo ao escrever. Isso também se pode perceber durante a leitura do livro, quando Sérgio Pereira Couto (o autor do livro) chama Lennon de "futura lenda do Rock" e escreve trechos como "...mal ele sabia que se tornaria um ídolo inspirador de gerações."

Já que o livro é o que gosto de chamar de "biografia que deu errado" , claro que ele tem algumas coisas que lembram uma biografia. Por exemplo: Ele realmente fala sobre a vida de John Lennon. Mas até neste aspecto ele consegue errar.

O livro é muito mal escrito , todos os dados e histórias sobre a vida de Lennon estão terrivelmente fora de ordem, e é muito importante que a cronologia esteja perfeitamente correta. Em um capítulo, Couto narra a vida de Lennon em 1978, e logo no capítulo seguinte ele narra a vida de Lennon em 1968, demonstrando assim uma fora de ordem horrível. É como se Couto houvesse reunido uma grande quantidade de jornais com notícias sobre Lennon, apenas copiando na escrita para o seu livro, sem ao menos se preocupar com a cronologia.
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Um dos grandes lances que fazem biografias fazerem sucesso é o autor se fazer de bobo, fingir que não sabe o que vai acontecer, narrando cada capítulo com um ar de surpresa, fingindo que não sabe que a pessoa da qual o livro fala sobre se casa/morre/se muda/faz sucesso/etc no final do livro. Couto faz o oposto disso nesta obra, falando sobre os acontecimentos pós-morte de Lennon antes mesmo da morte de Lennon ser narrada. Um erro fatal para uma obra literária.
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O defeito que persegue "Dossiê John Lennon" é o mesmo defeito que persegue vários outros livros, inclusive outras obras de Sérgio Pereira Couto. O cara vai lá e se forma em jornalismo. Isso significa que ele é um ótimo jornalista, mas não o qualifica como um bom escritor.
Achando que tem talento para escrever livros só por ser inteligente e por ter talento para escrever colunas jornalísticas, escritores como Sérgio Pereira Couto acabam criando livros com propósitos bons (como detalhar a vida de Lennon) mas que faltam qualidade de escrita.

Nota 01 para o livro.
Tomara que o espírito de Lennon só leia  outras biografias suas.





sábado, 19 de maio de 2012

Fugindo da Rotina #01 - Tatuagens gamers do futuro.

Então, galera, aqui é o Raphael, o dono do blog.
Então, andei pensando, e eu nunca usei isso aqui como um blog. É tipo mais um jornal, que eu escrevo textos, teorias e coisas sobre todo o mundo da literatura. Um 'blog" em si, deveria consistir em um diário virtual, coisas da minha vida.
Então, de vez em quando, eu vou fazer isso, vou fugir da rotina dos textos inteligentes e postar alguma bobagem sobre a minha vida.
Hoje, vai ser sobre um assunto que me fascina : Tatuagem.

Então, eu tenho várias idéias de fazer tatuagens por todo o meu corpo, quando for maior de idade e não houver perigo de meus pais me deserdarem.
Já tenho em minha mente que toda e qualquer tatuagem em homenagem a videogames que eu for fazer, será localizada em minhas costas.
Já tenho três idéias de tatuagens gamers: Uma ficará nas minhas costas, logo abaixo do meu ombro esquerdo. Será um helicóptero azul, em homenagem a um jogo online chamado Copter.

Outra tatuagem gamer que pretendo fazer é em homenagem a uma série de jogos online chamada The Visitor, e tatuarei o personagem principal da série, que é um alienígena/minhoca destruidor de humanos. Este ser que pretendo colocar debaixo do meu ombro direito, nas costas, é o quarto da imagem abaixo.

E, por último, mas não menos importante, pretendo tatuar, em algum lugar aleatório de minhas costas o personagem Red Bird do jogo de PC/IPhone/IPad/Android/Etc Angry Birds, que me fascina e já me deixou preso no computador durante horas.
E se você está achando tudo isso grande maluquice, saiba que eu não sou o único que cisma em tatuar coisas em homenagem a videogames, veja tatuagens de pessoas "reais" nas fotos abaixo.

Então, gente é isso,se vocês gostaram, obrigado. Pode ser que tenham mais "Fugindo da Rotina" daqui a alguns anos/meses/dias quando der vontade. E espero que meus pais não leiam este post.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Crítica Literária - A Batalha do Apocalipse - Parte 2 (Final)

Para ter acesso á parte 1, clique aqui 1

ATENÇÃO : O texto abaixo contém spoilers (revelações sobre o enredo) do livro A Batalha do Apocalipse.


Então, enfim terminei de ler ABDA, na minha opinião, o melhor livro brasileiro que li em toda a minha vida.

Então, tentarei escrever aqui comentar alguns detalhes do livro que não narrei no primeiro texto, e ainda dizer minha impressão sobre o desenvolvimento e final da história.



Um dos grandes triunfos do livro já citado na crítica anterior é a fantástica construção de personagens. Mas, os personagens citados no texto anterior foram os principais (Ablon, Shamira , Lúcifer, Miguel e etc.), e não os meus favoritos que foram ganhando esse título durante suas aparições na trama. Agora, lá vem a definição dos meus personagens prediletos:

Orion  - Foi, no passado, um grande rei de Atlântida, mas quando sua cidade foi dizimada, aliou-se á Lúcifer, e começou a fazer parte do seleto grupo dos oito duques do inferno, liderados por Lúcifer. Uma grande característica de Orion, é que mesmo sendo um "demônio" não perde seus costumes angelicais, ajudando seus amigos quando esses precisam.

Aziel - Um anjo ishim controlador da província do fogo, Aziel, por mais fraco que seja, é um guerreiro bravo, e sua devoção por Gabriel são dignas de um personagem secundário perfeito.

Amael - De todos, o meu preferido. Sempre choroso e lamentando por dentro por ter ajudado a destruir Atlântida, Amael sempre transpareceu ser um demônio fraco e dependente de Lúcifer, mas mostrou ser o contrário disso quando, no final do livro, aniquilou Lúcifer com a ajuda de Aziel.

Ainda falando sobre Amael, Eduardo Spohr (o autor da obra) foi muito inteligente ao colocar em Amael uma característica que poucos escritores conseguiriam colocar em outros personagens. Ele conseguiu deixar a história de Amael bem visível e imaginável durante todo o livro, nunca deixando segredos sobre o sofrimento presente em sua consciência, e acabou fazendo com que Amael passasse despercebido durante todo o livro, exceto no final, quando mostrou "a que veio" finalmente deixando sua essência culposa e todo seu poder oculto aflorarem. Exatamente como J.K. Rowling fez com o personagem Severo Snape na saga Harry Potter. Para mim, o melhor personagem do livro, embora não tenha aparições tão presentes quanto as de Ablon e até mesmo Aziel.
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Um dos pontos fortes do livro, é que a linguagem utilizada é uma linguagem compreensível. É certo que palavras como "imensurável, estupendo e magnânimo" são usadas com constância, mas qualquer um entenderia o sentido das palavras, dependendo do contexto. São palavras pouco usadas, mas não palavras desconhecidas como "vilipendiado".
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Como todo boa obra literária com mais de trezentas páginas, "A Batalha do Apocalipse" tem uma série de segredos que ajudam a compor sua trama, e, diferente de alguns grandes sucessos dentro (Agatha Christie) e fora (Lost) da literatura , todos os segredos são solucionados de forma fantástica.
Citarei alguns segredos que tiveram grande importância e foram solucionados com grande esperteza de Eduardo Spohr:
* Miguel e Lúcifer estavam, desde o início, arquitetando uma aliança para que pudessem governar juntos o universo após o apocalipse.
*Os personagens Anjo Negro e Apollyon são a mesma pessoa.
*Yaweh (Deus) não estava adormecido durante todo o livro, e sim havia se "espalhado" por todo o mundo, formando a alma da natureza e grande parte da essência da alma humana.
*O arcanjo Gabriel é o verdadeiro pai de Jesus Cristo, o Salvador.

Se referindo ao último segredo citado, existem algumas coisas importantes que se é necessário saber.


Existem várias história baseadas nos contos bíblicos apresentadas durante a trama do livro.
É bem provável que este livro possa despertar a raiva dos religiosos justamente por utilizar as histórias bíblicas de modo tão controverso, então é necessário que se deixe bem claro que:
O livro não apresenta nenhuma teoria! É pura ficção. O negócio é o seguinte, Spohr escreve tão bem que seus contos fantásticos são tão fantásticos que nos fazem pensar. Mas para que se entenda A Batalha do Apocalipse como a representação de alguma mitologia ou religião é preciso ser um retardado mental (palavras do sábio Jô Soares, em sua entrevista com o autor Eduardo Spohr).
O fato dessas história nos fazerem refletir, pode ser explicado com um provérbio italiano.
Se non é vero é ben trovato. Traduzido como "Se não é verdade, é bem inventado".

E para finalizar a crítica, um breve comentário sobre o final do livro, sem revelar muito, pois muitos mistérios já foram revelados nessa crítica, fazendo com que a quantidade de spoilers possa estar irritando.
Então, o final se utiliza de um elemento-surpresa que faz com que somente quem leu o livro com muita atenção o entenda, já que um "elemento" necessário para o final feliz é apresentado mais ou menos na faixa de duzentas páginas do livro, e a obra se finaliza em 586 páginas, ou seja, boa memória e atenção são necessárias para se ler o livro.
O único empecilho que impede o livro de ser considerado um livro perfeito, é o final feliz, com namoradinhos vivendo no mundo perfeito, pacífico e sem guerras. Mas tirando esse final á la Spielberg, o livro é ótimo. A melhor obra brasileira que leio em anos.

Nota 9,5 para o livro, meu favorito livro nacional.
E nota 10 para a qualidade de escrita do autor, grandioso Eduardo Spohr.



                                         
                                           

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Demonstrando problemas da Lucy,



Lucy e Amanda eram duas irmãs quase mesma da idade que, por problemas financeiros, dividiam um quarto pequeno em um bairro classe média de São Paulo.
Embora fossem muito unidas, parecidas e de opiniões parecidas, alguém que tivesse intimidade com as duas poderia dizer que Amanda era um pouco mais inteligente que Lucy (ressaltanto que Amanda também era dois anos mais velha), pois vivia lendo livros e ouvindo músicas clássicas, aumentando cada vez mais o seu vocabulário tão culto e cheio de maravilhas gramaticais.
Certo dia, Lucy, a mais nova, estava tendo um dia não muito bom. Estava com dor de cabeça, pois tivera que ler muitos livros naquele dia na escola, e estava morrendo de dor de dente, além de que havia discutido com sua mãe antes de ir pra escola.
Durante aquela noite, Lucy e Amanda se deitaram pra dormir, cada uma em sua cama, em seu pequeno e bonito quarto que dividiam. Foi aí que Lucy começou a reclamar da vida, insatisfeita com todos os seus problemas.
_Ai, que droga! Se não bastasse os livros chatos que sou obrigada a ler na escola, ainda tenho que escrever redações sobre cada um deles, sem contar a giganetsca lição de matemática que tenho que terminar. Ai, estou estourando de dor de cabeça, que aumenta cada vez que mamãe me dá uma bronca, sem contar essa dor de dente, parece que a qualquer momento a minha boca vai cair.
E, foi então, que, no meio de tantas reclamações, Lucy disse:
_ Por que será que só eu tenho problemas?
Aí, finalmente, Amanda abriu a boca e disse:
_ Todos tem problemas, mas só você demonstra.
E Lucy começou a chorar, e a berrar, e a chamar por sua mãe.
_O que houve? - Perguntou Amanda, sem saber o que estava acontecendo.
_Você disse que eu tenho problemas "de monstra". Eu não sou uma monstra! - Ela gritava, enquanto Amanda ria do minúsculo vocabulário de Lucy.




segunda-feira, 7 de maio de 2012

Que Vença o Melhor - Um Leão Chamado Christian VS Bilionários por Acaso

Dois livros. Um conta a história cheia de sexo, dinheiro, genialidade e traição (como o próprio livro já diz em sua própria capa) por trás da criação do Facebook, uma das maiores redes sociais do mundo. E o outro conta uma história real e emocionante sobre um leão criado dentro de casa que ficou famosa devido a um vídeo postado no Youtube, uma das maiores redes sociais do mundo.
Colocaremos agora um contra o outro, e examinando alguns quesitos, decidiremos qual o melhor.

                                                           Outras Mídias

Um Leão Chamado Christian - O livro foi publicado duas vezes, uma em 1971, quando a experiência de viver com um leão dentro de casa ainda era algo recente. Nessa época, o livro fez sucesso, mas a história de Christian ficou mais famosa pelas pessoas em 2008, mais de trinta anos após o evento, quando um vídeo com o reecontro dos jovens que criaram o leão com Christian (que agora estava na selva) foi postado no Youtube. Inclusive, um filme chamado "Christian, The Lion" foi lançado em forma de documentário, foi lançado, documentando a ida de Christian para o Kenya e sua adaptação a vida selvagem. Mídias encontradas na história de Christian são três: O livro, o Youtube, e o cinema.

Bilionários por Acaso - O livro de 2009 fez muito sucesso, pois foi exatamente nessa época que o Facebook estava começando a ganhar mais notoriedade (pelo menos no Brasil, pois ele já era sucesso em todo o mundo), e fez muito sucesso. O livro fez tanto sucesso que, apenas um ano após sua publicação, foi transformado em filme pelo diretor David Fincher chamado "A Rede Social" com um grande elenco, e uma trilha sonora épica, composta por músicas como " Na Gruta do Rei da Montanha" de Edvard Grieg e "You Are a Rich Man" dos Beatles. Mídias encontradas baseadas em "Bilionários por Acaso" são duas: O livro e o cinema, uma a menos que "Um Leão Chamado Christian".

                                               Um Leão Chamado Christian  - 01
                                               Bilionários por Acaso - 00


                                                           Qualidade de Escrita
Um Leão Chamado Christian - O livro foi escrito por Anthony "Ace" Bourke e John Rendall (foto atual acima) , que não possuiam experiência como escritores. O livro foi escrito com base em suas experiências vividas com o leão. Ou seja, qualquer falha na memória dos escritores poderia fazer com que o livro ficasse sem um fragmento que seria indispensável para que o livro se tornasse mais interessante do que já é

Bilionários por Acaso - Ben Mezrich, escritor de Bilionários por Acaso, já possuía experiência em escrever livro. Um de seus livros escritos antes de "Bilionários por Acaso"  é "Bringing Down the House" que em 2008 foi transformado no filme "Quebrando a Banca" .O livro "Bilionários por Acaso" foi escrito com muita pesquisa, tendo acesso a documentos judiciais e a entrevistas com personagens importantes na história do Facebook. A escrita do livro é sensacional, possuindo detalhes de até qual tipo de música era tocada nas reuniões do Facebook no Vale do Silício. Ponto para "Bilionários por Acaso".

                                                     Um Leão Chamado Christian - 01
                                                    Bilionários por Acaso - 01

                                                           Temas Abordados

Um Leão Chamado Christian - Histórias reais com animas de estimação fazem muito sucesso, os livros, "Um Leão Chamado Christian" e "Marley e Eu" são provas disso. Não se pode negar que é muito cativante a história de um leão que mesmo anos depois de solto na selva ainda se lembre dos dois jovens que cuidaram dele na Inglaterra por menos de três anos. Muita gente se interessa por animais de estimação, e o fato do "pet" ser um animal selvagem, deixa a história cada vez mais interessante.

Bilionários por Acaso - Todo ser humano tem vontade de possuir conhecimento sobre o desconhecido, não importa qual seja "o desconhecido". A mesma pessoa que lê livros pra descobrir a origem do universo, e descobrir de onde viemos e para onde vamos se pergunta da onde vieram as coisas que cercam seu cotidiano. É nisso que se baseia todo o sucesso do livro "Bilionários por Acaso". Só de se falar sobre um livro que conta a história do Facebook, a curiosidade das pessoas é instantaneamente ativada, pois o Facebook, atualmente, é sim um assunto de interesse geral. Um tema muito mais interessante do que leões de estimação.

                                                       Um Leão Chamado Christian - 01
                                                       Bilionários por Acaso - 02

                                                           Veracidade dos Fatos

Um Leão Chamado Christian - O livro foi escrito por duas pessoas que vivenciaram e foram grandes e importantes protagonistas da história da qual o livro se trata. Por mais que hajam falhas na escrita, e  que livro seja entediante e chato em alguns momentos, é correto afirmar que todas as informações no livro tem uma grande chance de serem verdadeiras, pois os escritores presenciaram a história de Christian. Cem por cento de veracidade.

Bilionários por Acaso - Ben Mezrich escreveu o livro basado em documentos judiciais, entrevistas, histórias e, muitas vezes, em sua própria opinião. Por mais que a veracidade possa ser quase toda garantida se baseada em documentos e entrevistas, ainda pode ser que ocorram mentiras ou até mesmo falhas nessas "fontes de informação". E por mais que Mezrich afirme que buscou informações em documentos e entrevistas, muitas vezes são detectados, no livro, detalhes que não poderiam ser arrancados em documentos (como a sensação de Mark Zuckerberg logo após criar o FaceMash). No quesito de veracidade dos fatos, "Bilionários por Acaso" não tem uma grande vantagem sobre "Um Leão Chamado Christian".

                                        Um Leão Chamado Christian - 02
                                        Bilionários por Acaso - 02


                                                            Personagens Reais e conhecidos

Um Leão Chamado Christian - O livro, como toda boa biografia, possui uma série de personagens que existem na "vida real" como os próprios escritores do livro Ace Bourke e John Rendall, o criador de leões George Adamson e até mesmo o cabelereiro inglês Mark. Porém, mesmo com uma grande quantidade de personagens, poucos são conhecidos pelo público. Entre todos, o único personagem famoso a fazer uma aparição no livro é a modelo Emma Breeze (que só era conhecida na década de 70). Mesmo com vários personagens, nenhum é realmente famoso, fazendo com que os leitores em geral percam o interesse pelo livro.

Bilionários por Acaso - Além dos personagens genéricos, como alguns outros alunos de Harvard, "Bilionários por Acaso" possui uma grande linha de personagens conhecidos por parte do grande público. Exemplos de personagens famosos encontrados no livro são Larry Summers (ex-secretário do Tesouro dos Estados Unidos e presidente de Harvard), os gêmeos Winklevoss ( remadores que disputaram as Olímpiadas de Pequim), modelos da Victoria's Secret e até mesmo Sean Parker (foto acima, na vida real e no filme "A Rede Social" interpretado por Justin Timberlake), colaborador do Facebook e fundador da rede social Napster. A quantidade de personagens conhecidos pelo público presentes no livro é grande.

                                    Um Leão Chamado Christian - 02
                                     Bilionários por Acaso - 03

Vitória de "Bilionários por Acaso". É certo que a história do leão é fofinha, cute-cute e bonitinha, mas a história complexa por trás da maior rede social de todas é inigualável.