terça-feira, 19 de julho de 2011

"Que nem" e "como".

"Escrever sobre gramática é difícil como dízimas periódicas".

A oração acima passa a mensagem de que, em um nível de dificuldade, dizímas periódicas e gramática se igualam. Ou seja, se dízimas periódicas são difíceis, é provável deduzir que escrever sobre gramática também é, e vice-versa.

"Escrever sobe gramática é difícil que nem dizímas periódicas".

A oração acima não é um sinônimo da primeira oração deste texto. Portanto, sua explciação não pode ser igual.
Diferentemente do "como", o "que nem" não tem a função de mostrar que escrever sobre gramática e dízimas periódicas se igualam em um nível de dificuldade.

O "que nem" tem a função de mostrar que uma coisa tem a qualidade tão grande que nem a outra coisa citada na oração pode superá-lo nessa qualidade. Confuso, não?
Vou tentar explciar direito, pois até eu me perdi.

No segundo exemplo deste post, o "que nem" serve para mostrar que escrever sobre gramática é tão difícil que nem mesmo dízimas periódicas (algo também muito difícil) o superam no nível de dificuldade.Entenderam?
O "que nem" é mais utilizado "no idioma falado" e em livros brasileiros, onde a escrita tenta igualar a fala. Isso ocorre principalmente em livros com literatura de cordel.
Na fala, não é adequado usar "como" e "que nem" como sinônimos um do outro.
Na literatura sim, pois a intenção é imitar a fala, até mesmo os erros, para deixar o leitor mais acostumado com o ambiente da história e tornar os personagens mais humanos.

Portanto, para acabar com os erros na ltieratura, devemos também corrigir a fala.
Então, não usem "que nem" no lugar de "como"!

E antes do final do texto, uma correção:
Dizímas periódicas são mil vezes mais difíceis do que escrever sobre gramática.

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