segunda-feira, 4 de junho de 2012

Lúcia.

 E lá está Lúcia.
A jovenzinha vai pular pela janela.
Pegou uma tesoura
e vai desenhar em seu pulso jogo da velha.

Eu estou rindo.
Tentei iluminar breu com velas.
Lúcia não riu
e transformou as minhas pérolas em carvão.

Não, não tenho diamantes.
Não, não, não. Não me leve pra escuridão.

Eu quero ter o Sol.
Eu quero ir ao Sol.
Eu quero ser o Sol.
Eu quero ver o Sol em ti.

Teu sorriso, teus cabelos,
teus olhos, tua cor.
Quero ver o Sol brilhar em ti como em ninguém nunca brilhou.

Quero ver seu corpo derreter
e se esculpir em risos. Risos!

Meu esforço foi em vão.
Meu trabalho árduo não teve resultado e
nem terá!
Pois é impossível iluminar cavernas frágeis.

Lúcia, por que você insiste em viver na escuridão?
Não há interruptor
e Lúcia está triste,
os anti-depressivos não funcionam.

A manhã já não existe, a noite é infinita.
Lúcia não era uma menina bonita.
E graças a um pedaço de corda
o Sol está extinto e Lúcia está morta.

Lúcia está morta! Que haja luz!

           

2 comentários:

  1. Era noite. Continua noite.
    Mas a luz voltará!
    Saudações poéticas!

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    Respostas
    1. A noite sempre se manterá, ao menos para Lúcia.
      Obrigado.
      Saudações poéticas!

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