Lá estavam os dois, andando de mãos dadas na praça. Era a primeira vez que saíam sozinhos, e estavam rezando para que tudo dasse certo.
Davi, de treze anos, andava olhando apaixonado para as garotas de sua idade, e suspirando tristemente ao ver garotos andando de skate o chamando. O pior disso tudo era ter que responder:
_Não posso! Tenho que cuidar do meu irmão caçula.
E Léo, o tal caçula de seis anos de idade, andava sorrindo para pombos, cachorros e mendigos, e fechando a cara quando avistava meninas de sua idade.
Estava tudo até tranquilo, quando um pequeno ronco foi ouvido por Léo, e um alto grito de criança ouvido por Davi:
_Davi, estou com fome!
_Esqueça, não tenho dinheiro!
_Mas eu estou com fome!
_Não tenho dinheiro, Léo. O que você quer que eu faça? Quer que eu roube um banco?
_Um banco, não! Não gosto de bancos, mas você bem que podia roubar um doce.
Davi segurava a mão de Léo com a mão esquerda, e com a mão direita bagunçou os próprios cabelos em um gesto de impaciência.
Em tantas coisas que podia ter dito, resolveu ficar calado.
Alguns minutos se passaram e Léo avistou algo que queria ter avistado há muito tempo.
_Um carrinho de cachorro-quente! - E foi correndo até o carrinho, que era empurrado por uma mulher alta, loura e magra.
_Léo, espera! Isso não é um carrinho de cachorro... -Mas era tarde demais, Léo já estava encostado no carrinho.
_Moça, eu vou querer dois cachorro-quentes completos no capricho e uma latinha de... - Foi quando Léo viu que aquilo não era um carrinho de cachorro-quentes, e sim um carrinho de bebê ligado a outro, feito para levar bebês gêmeos. Mas ninguém havia explicado isso a Léo. - Ah! Você vende bebês, sua louca!
_ O quê? - A mulher perguntou, sem nada entender.
Davi chegou correndo ao lado do irmão, o puxou pelo braço e disse á moça:
_Desculpa, moça! Ele ainda não foi vacinado! - E sentando com Leo em um banco, começou sua bronca. - Qual é o seu problema, Léo?
_Meu problema? Qual o problema daquela mulher?! - E segurando a cabeça do irmão mais velho, Léo disse com cara de drama: - Ela estava vendendo bebês no carrinho de cachorro quente!
_Mas aquilo não é um carrinho de cachorro quente! - Disse Davi, se controlando para não gritar e pagar mico na frente das garotas da praça. - É um carrinho de bebê para gêmeos. Você sabe o que são gêmeos, né?
_É claro que sei, eu sou muito teletual! - Respondeu Léo, pronunciando incorretamente a palavra "ntelectual" e encostando o dedo indicador na cabeça. - Gêmeos são aqueles fantasminhas azuis que aparecem quando o Alladin esfrega a lãmpada!
_Não, esses são gênios!
_Mas "gênios" não é o nome de um planeta?
_Não, esse é Vênus! - Davi já estava ficando impaciente.
_Ah, é... - Léo coçou a cabeça e resolveu perguntar. - Então, o que são gêmeos?
_São duas crianças que nascem da mesma mãe, no mesmo dia, mesmo ano, mesmo mês e ao mesmo tempo! - Foi isso que Davi respondeu, embora soubesse explicar muito melhor.
_E por que isso acontece?
_Se papai dá um beijinho em mamãe, nasce um bebê. Se dá dois beijinhos, nascem gêmeos! - Essa foi a melhor resposta que Davi achou para um garoto de seis anos, e foi motivo de muitas gargalhadas anos mais tarde, com Davi e Léo já adultos.
_Então, acho que somos adotados! - Léo arregalou os olhos.
_Por que?
_Porque eu nunca vi papai.
Davi riu e acariciou a cabeça de Léo:
_Ah, Léo, isso é porque papai morreu quando mamãe estava grávida de você.
Alguns segundos de silêncio e Léo volta a se preocupar:
_Mamãe chorou quando papai morreu?
_Sim. - Davi respondeu brevemente, não gostava de falar sobre aquele assunto.
E Léo começou a chorar. As lágrimas escorrendo por todo seu pequeno corpo, e a boca aberta berrando mais do que um porco sendo esfaqueado, atraindo a atenção de todos que passavam pela praça.
_O que foi, Léo?
_ Se a mamãe chorou quando estava grávida de mim, - Léo ia soluçando enquanto falava. - é por isso que eu sou deste tamanho!
E davi tentava consolar o irmão, que chorava e gritava cada vez mais alto. E todos olhavam para eles, inclusive as garotas que antes estavam sendo alvos dos olhares de Davi.
E devido aquele mico, Davi teve certeza de que aquelas garotas ele nunca iria beijar, namorar, casar e ter gênios...ou Vênus...ou gêmeos...
Ah, não importa! Depois de uma tarde na praça assim, até o narrador tem direito de ficar confuso!
quarta-feira, 22 de junho de 2011
terça-feira, 21 de junho de 2011
Cartão - Aniversário
Esses dias, eu assisti o filme A Herança de Mr. Deeds e reparei que o personagem principal (interpretado por Adam Sandler) trabalhava fazendo cartões para ocasiões especiais.
Esse pode ser um bom ramo e um jeito fácil de ganhar dinheiro, contanto que se saiba desenhar e escrever bem.
Eu escrevo bem, mas no desenho eu sou (com o perdão da palavra) um infeliz.
Então tenho que me contentar escrevendo mensagens de parabéns pelo orkut, e-mail e outros meios de comunicação na web.
Então lá vai, essa pequena cafonice sem sal, mas que a meus olhos ficou bonitinha.
Esse pode ser um bom ramo e um jeito fácil de ganhar dinheiro, contanto que se saiba desenhar e escrever bem.
Eu escrevo bem, mas no desenho eu sou (com o perdão da palavra) um infeliz.
Então tenho que me contentar escrevendo mensagens de parabéns pelo orkut, e-mail e outros meios de comunicação na web.
Então lá vai, essa pequena cafonice sem sal, mas que a meus olhos ficou bonitinha.
Em um dia normal, certa mulher foi ao hospital.
Não importa como era o hospital, nem quem eram os médicos ou até mesmo quem era esta certa mulher.
Só importa que esta mulher carregava dentro de si um tesouro angelical, que foi depositado no hospital. O tesouro se chamava [nome da pessoa] e, segundo a lenda, a cada ano que se passe, no dia em que foi depositada no hospital, um fidalgo chamado [seu nome] deveria arrumar um jeito de cumprimentá-la.
Durante [idade da pessoa] anos, [idade da pessoa] primaveras, verões, outonos e invernos cujo frio não aparecia diante a presença de [nome da pessoa], o fidalgo conseguiu parabenizá-la por meio de pombos-correios, mensageiros do reino, cartas, telegramas, pergaminhos e sinais de fumaça.
Mas os tempos mudaram, e é pelo computador que transmito meus parabéns e sentimentos mais reais do que se fosse ao vivo.
Resumindo:
Feliz aniversário, [nome da pessoa]!
Texto escrito para os aniversariantes da semana/mês Wagner, Camila, Aline e Aldilene.
Não importa como era o hospital, nem quem eram os médicos ou até mesmo quem era esta certa mulher.
Só importa que esta mulher carregava dentro de si um tesouro angelical, que foi depositado no hospital. O tesouro se chamava [nome da pessoa] e, segundo a lenda, a cada ano que se passe, no dia em que foi depositada no hospital, um fidalgo chamado [seu nome] deveria arrumar um jeito de cumprimentá-la.
Durante [idade da pessoa] anos, [idade da pessoa] primaveras, verões, outonos e invernos cujo frio não aparecia diante a presença de [nome da pessoa], o fidalgo conseguiu parabenizá-la por meio de pombos-correios, mensageiros do reino, cartas, telegramas, pergaminhos e sinais de fumaça.
Mas os tempos mudaram, e é pelo computador que transmito meus parabéns e sentimentos mais reais do que se fosse ao vivo.
Resumindo:
Feliz aniversário, [nome da pessoa]!
Texto escrito para os aniversariantes da semana/mês Wagner, Camila, Aline e Aldilene.
Feliz aniversário!
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Crítica Literária - O Menino do Pijama Listrado.
É difícil falar sobre um livro quando o próprio autor não encontra palavras para descrevê-lo, mas é prudente tentar.
Quando peguei o livro "O Menino do Pijama Listrado" na biblioteca de minha escola, olhei sua contra-capa esperando encontrar algum tipo de sinopse. Mas não foi isso que eu encontrei.
Encontrei comentários sobre o livro de organizações de respeito como "The Irish Independent", "USA Today" e "The Guardian". Comentários positivos, é claro, pois qual livro mostraria críticas negativas em sua contra-capa?
Depois de não encontrar sinopse na contra-capa, fui á orelha do livro. Pois quando a contra-capa é desprovida de sinopse, normalmente ela está na orelha. E o que encontrei na orelha foi o seguinte:
É muito difícil descrever a história de O Menino do Pijama Listrado. Normalmente, a orelha traz alguma dica sobre o livro, alguma informação, mas nesse caso acreditamos que isso poderia prejudicar sua leitura, e talvez seja melhor realizá-la sem que você saiba nada sobre a trama.
E isso despertou minha curiosidade. Foi como um desafio para mim. Soou como " Não vou te dizer nada. Leia-me, ou nada saberá!". E foi o que fiz!
A história se passa durante a segunda guerra mundial, antes do início dos combates.
Bruno é um garoto alemão de nove anos que se muda para um campo de concentração na Polônia com sua família, devido a um emprego que o pai (comandante do exército nazista) recebera lá. O livro perde muitos capítulos com Bruno tentando se acostumar com o novo lar, e, enquanto isso, aprendendo um pouco mais sobre os soldados do exército nazista e como tratam seus prisioneiros.
É incrível a maneira como John Boyne (autor) reproduz em Bruno a real inocência e ingenuidade das crianças reais, como quando Bruno vê os judeus (mesmo desconhecendo essa palavra) aprisionados no campo de concentração e acha que são fazendeiros.
Outro exemplo da inocência fielmente reproduzida em Bruno, é quando ele imita os adultos dizendo Heil Hitler (Viva Hitler, traduzindo do alemão para o português) como se fosse um simples "Tenha uma boa tarde" sem nem questionar seu verdadeiro significado.
No meio do livro, finalmente o título do livro faz sentido! Bruno resolve brincar de explorador e anda em volta da comprida cerca que envolvia o campo de concentração em que os prisioneiros dos nazistas (judeus, comunistas e soldados com antecentes judeus) e acaba fazendo amizade com um garoto judeu magro, de cabeça raspada e pele suja e cinzenta, que trajava todo o tempo um pijama e um boné listrados, usados para que os nazistas diferenciassem os prisioneiros dos soldados.
O garoto se chama Shmuel.
A amizade dos dois garotos nos leva a outro tópico muito interessante: O respeito pelos pais e suas decisões e opiniões.
Bruno sempre tivera muito respeito por seu pai Ralf e nunca questionara suas decisões, ás vezes até imitando seus dizeres em homenagem a Hitler ou respeitando quando seu pai lhe dizia que os judeus não eram pessoas de verdade. A questão da inocência entra de novo neste tópico, pois não é certo considerar Bruno um nazista, mas sim um garoto de linhagem nazista. Nunca, no livro, ficou provado que Bruno concordava com as opiniões de seu pai, mas ele não as questionava. Jhon Boyne não deixava isto claro no livro, outro motivo para que ele seja considerado um dos melhores escritores vivos.
Logo depois que Bruno conhece Shmuel, ele passa ver os judeus de um ponto de vista diferente. O ponto de vista em que são todos iguais, e só uma diferença de nomes não é motivo para aprisionamento e maus-tratos.
E então Bruno se vê dividido entre ser motivo de orgulho do pai seguindo seus ideais e parar para pensar no que é certo, justo e tenh sentido, como aprendeu com Shmuel.
E se Bruno escolheu ou não o caminho do nazismo ou da justiça, fica a critério e poder de percepção do leitor. Outra grande sacada de John Boyne!
Um lado intrigante sobre o estilo de escrita de John Boyne: Indiretas.
Nada é muito direto neste livro, e, como eu já disse, o que aconteceu fica ao critério e poder de percepção do leitor.
Por exemplo, é dito várias vezes que a mãe de Bruno ficava cochichando pelos cantos com o tenente Kotler, e em um capítulo até a flagra chamando-o de querido. Tempos depois disto, o pai de Bruno, comandante do exército nazista, transfere o tenente para outro país. Fica a idéia de que a mãe de Bruno e o tenente Kotler estivessem tendo o caso, mas não fica nada explicíto. Se você lesse o livro sem atenção ou interesses, nem perceberia a presença de um possível caso entre a mulher do comandante nazista e um tenente.
Outro caso de mensagem indireta no livro envolve uma pessoa muito conhecida e outra nem tanto.
Enquanto ainda estão na Alemanha, Bruno e sua família recebem a visita do Fúria e sua esposa.
O Fúria é descrito como alguém que manda no país (como um ditador) e que usava um cabelo curto e escuro, com um bigode minúsculo. Além disso, sua esposa é chamada de Eva durante a visita.
Que ditador nazista que nós conhecemos que tem cabelos curtos, bigode minúsculo e uma mulher chamada Eva?
Bem, o livro em nenhum momento diz que eram Eva e Adolf Hitler, embora isto esteja bem claro, mas não explícito.
Recomendo o livro, que agora se tornou meu predileto. Advirto que é necessário o mínimo de conhecimento sobre a Segunda Guerra Mundial e suas causas para que seja feita a leitura do livro e se tenha total entendimento.
O livro é um jeito de se autoconhecer, pois o livro coloca o personagem principal em situações em que seu caráter é testado, e ninguém lê um livro sem pensar em si mesmo.
"O que eu faria?" eu me perguntei várias vezes durante a leitura.
E antes de terminar esta crítica (que mais me pareceu uma análise) sinto que devo dar a mesma advertência que o autor do livro:
Embora o livro conte a história de um garoto de nove anos, não recomendo o livro a outros garotos de nove anos.
Quando peguei o livro "O Menino do Pijama Listrado" na biblioteca de minha escola, olhei sua contra-capa esperando encontrar algum tipo de sinopse. Mas não foi isso que eu encontrei.
Encontrei comentários sobre o livro de organizações de respeito como "The Irish Independent", "USA Today" e "The Guardian". Comentários positivos, é claro, pois qual livro mostraria críticas negativas em sua contra-capa?
Depois de não encontrar sinopse na contra-capa, fui á orelha do livro. Pois quando a contra-capa é desprovida de sinopse, normalmente ela está na orelha. E o que encontrei na orelha foi o seguinte:
É muito difícil descrever a história de O Menino do Pijama Listrado. Normalmente, a orelha traz alguma dica sobre o livro, alguma informação, mas nesse caso acreditamos que isso poderia prejudicar sua leitura, e talvez seja melhor realizá-la sem que você saiba nada sobre a trama.
E isso despertou minha curiosidade. Foi como um desafio para mim. Soou como " Não vou te dizer nada. Leia-me, ou nada saberá!". E foi o que fiz!
A história se passa durante a segunda guerra mundial, antes do início dos combates.
Bruno é um garoto alemão de nove anos que se muda para um campo de concentração na Polônia com sua família, devido a um emprego que o pai (comandante do exército nazista) recebera lá. O livro perde muitos capítulos com Bruno tentando se acostumar com o novo lar, e, enquanto isso, aprendendo um pouco mais sobre os soldados do exército nazista e como tratam seus prisioneiros.
É incrível a maneira como John Boyne (autor) reproduz em Bruno a real inocência e ingenuidade das crianças reais, como quando Bruno vê os judeus (mesmo desconhecendo essa palavra) aprisionados no campo de concentração e acha que são fazendeiros.
Outro exemplo da inocência fielmente reproduzida em Bruno, é quando ele imita os adultos dizendo Heil Hitler (Viva Hitler, traduzindo do alemão para o português) como se fosse um simples "Tenha uma boa tarde" sem nem questionar seu verdadeiro significado.
No meio do livro, finalmente o título do livro faz sentido! Bruno resolve brincar de explorador e anda em volta da comprida cerca que envolvia o campo de concentração em que os prisioneiros dos nazistas (judeus, comunistas e soldados com antecentes judeus) e acaba fazendo amizade com um garoto judeu magro, de cabeça raspada e pele suja e cinzenta, que trajava todo o tempo um pijama e um boné listrados, usados para que os nazistas diferenciassem os prisioneiros dos soldados.
O garoto se chama Shmuel.
A amizade dos dois garotos nos leva a outro tópico muito interessante: O respeito pelos pais e suas decisões e opiniões.
Bruno sempre tivera muito respeito por seu pai Ralf e nunca questionara suas decisões, ás vezes até imitando seus dizeres em homenagem a Hitler ou respeitando quando seu pai lhe dizia que os judeus não eram pessoas de verdade. A questão da inocência entra de novo neste tópico, pois não é certo considerar Bruno um nazista, mas sim um garoto de linhagem nazista. Nunca, no livro, ficou provado que Bruno concordava com as opiniões de seu pai, mas ele não as questionava. Jhon Boyne não deixava isto claro no livro, outro motivo para que ele seja considerado um dos melhores escritores vivos.
Logo depois que Bruno conhece Shmuel, ele passa ver os judeus de um ponto de vista diferente. O ponto de vista em que são todos iguais, e só uma diferença de nomes não é motivo para aprisionamento e maus-tratos.
E então Bruno se vê dividido entre ser motivo de orgulho do pai seguindo seus ideais e parar para pensar no que é certo, justo e tenh sentido, como aprendeu com Shmuel.
E se Bruno escolheu ou não o caminho do nazismo ou da justiça, fica a critério e poder de percepção do leitor. Outra grande sacada de John Boyne!
Um lado intrigante sobre o estilo de escrita de John Boyne: Indiretas.
Nada é muito direto neste livro, e, como eu já disse, o que aconteceu fica ao critério e poder de percepção do leitor.
Por exemplo, é dito várias vezes que a mãe de Bruno ficava cochichando pelos cantos com o tenente Kotler, e em um capítulo até a flagra chamando-o de querido. Tempos depois disto, o pai de Bruno, comandante do exército nazista, transfere o tenente para outro país. Fica a idéia de que a mãe de Bruno e o tenente Kotler estivessem tendo o caso, mas não fica nada explicíto. Se você lesse o livro sem atenção ou interesses, nem perceberia a presença de um possível caso entre a mulher do comandante nazista e um tenente.
Outro caso de mensagem indireta no livro envolve uma pessoa muito conhecida e outra nem tanto.
Enquanto ainda estão na Alemanha, Bruno e sua família recebem a visita do Fúria e sua esposa.
O Fúria é descrito como alguém que manda no país (como um ditador) e que usava um cabelo curto e escuro, com um bigode minúsculo. Além disso, sua esposa é chamada de Eva durante a visita.
Que ditador nazista que nós conhecemos que tem cabelos curtos, bigode minúsculo e uma mulher chamada Eva?
Bem, o livro em nenhum momento diz que eram Eva e Adolf Hitler, embora isto esteja bem claro, mas não explícito.
Recomendo o livro, que agora se tornou meu predileto. Advirto que é necessário o mínimo de conhecimento sobre a Segunda Guerra Mundial e suas causas para que seja feita a leitura do livro e se tenha total entendimento.
O livro é um jeito de se autoconhecer, pois o livro coloca o personagem principal em situações em que seu caráter é testado, e ninguém lê um livro sem pensar em si mesmo.
"O que eu faria?" eu me perguntei várias vezes durante a leitura.
E antes de terminar esta crítica (que mais me pareceu uma análise) sinto que devo dar a mesma advertência que o autor do livro:
Embora o livro conte a história de um garoto de nove anos, não recomendo o livro a outros garotos de nove anos.
sexta-feira, 10 de junho de 2011
Davi e Léo - O Diálogo dos Castigados.
Estavam os dois ali, sentados no chão em silêncio.
Os dois irmãos haviam sido trancados em seu quarto pela própria mãe. Esse era o castigo do qual ela tanto falava, mas nunca executava. Castigos como algumas horas sem televisão e dois dias sem poder jogar vídeo-game era o pior que os irmãos Léo e Davi conheciam até aquele dia.
E foi com uma discussão de dois dias que esse castigo começou.
Davi pegara Léo mexendo em seu computador e por isso o xingou de " mexericão". Embora essa palavra não exista, e se existisse seria o aumentativo de "mexerica", Léo ficou pessoalmente ofendido.
Era "mexericão" pra lá, "cabeça de ameixa" pra cá, "olho de jabuticaba" pra acolá, e dona Joana resolveu acabar com aquela feira livre.
_Fiquem no quarto em silêncio! Não quero ouvir um pio, ou coloco vocês no liquidificador!
E lá estavam os dois, de castigo. Sentados de costas para a porta.
_Não há nada pior do que ficar preso com você. - Léo disse para o irmão.
_Há sim! - Davi retrucou.
_O que é, então?
_Ficar preso com você é muito pior do que ficar preso comigo.
Léo então suspirou e disse ao irmão:
_Nossa! Então espero que eu nunca fique preso comigo.
Davi encarou Léo e exclamou na altura o suficiente para que Léo ouvisse e sua mãe não:
_ Mas isso não faz sentido!
_Faz sentido sim! - Léo odiava ser contrariado, e se achava que aquilo fazia sentido, "ai" de quem duvidasse!
_Está bem, está bem. Sabe o que não faz sentido? - Davi perguntou, e antes que Léo pudesse responder ele já tinha continuado seu discurso. - Ser trancado em um quarto por motivo nenhum, só por querer assumir os direitos do que é meu. - Nesse momento, Davi fazia referência ao computador. Isso é que não tem sentido!
_Tem razão! - Léo exclamou, com a voz alta. Mas podia falar o quão alto quisesse desde que não gritasse, pois sua voz era fina, de criança, e sua mãe não poderia ouvi-lo da cozinha, que era onde ela estava. - Isso não faz sentido mesmo! Mamãe é que a verdadeira louca! Ela nos prendeu aqui sem motivo nenhum, somente por pura maldade. Nossa mãe é uma bruxa!
Davi achava que Léo estava exagerando um pouco, mas estava raciocinando bem, e era aquilo que importava.
_Exato, Léo, exato.
_Vamos nos transformar em super-heróis e lutar contra aquela gemera!
_O correto é "megera" e não "gemera". - Davi começou a rir, e logo parou. - Mesmo assim não adianta lutar. Nós somos filhos, temos que respeitar e obedecer, apesar de tudo. Você ainda é imaturo de mais para entender essas coisas, e muito novinho para ficar rebelde.
_Não sou novo coisíssima nenhuma, você é que é um velho rabugento!
_Não me xingue, seu tampinha!
_Monstro!
_Burro!
_Energúmeno!
E começou a dicussão. Xingamentos para todos os lados. Davi ,com todas as palavras que conhecia, disparava uma torrente de "energúmeno, estapafúrdio, esdrúxulo e estrupício" enquanto o pequeno Léo dizia apenas "bobo, chato, feio, maluco, e rabugento". Ás vezes até tentava copiar, erroneamente, as ofensas de Davi. Era " estaparúxulo" de um lado e "energuício" de outro.
Era uma gritaria sem fim. Mas se tem uma coisa da qual Dona Joana sabe, é que para se livrar de animais pequenos (ratos) o jeito é arrumar animais grandes (gatos). Os ratos, naquela situação, eram os gritos de Davi e Léo.
Só havia algo a fazer! Dona Joana tomou fôlego, respirou fundo, e soltou seu gato:
_Fiquem quietos, ou serei obrigada a buscar o liquidificador!
E eles ficaram quietos, com medo do liquidificador.
Logo começaram a brigar novamente, mas Dona Joana nada pôde fazer. Nunca bateu nos garotos e nem os colocou no liquidificador.
Afinal, o que ela poderia fazer? Não era nenhuma bruxa...
Os dois irmãos haviam sido trancados em seu quarto pela própria mãe. Esse era o castigo do qual ela tanto falava, mas nunca executava. Castigos como algumas horas sem televisão e dois dias sem poder jogar vídeo-game era o pior que os irmãos Léo e Davi conheciam até aquele dia.
E foi com uma discussão de dois dias que esse castigo começou.
Davi pegara Léo mexendo em seu computador e por isso o xingou de " mexericão". Embora essa palavra não exista, e se existisse seria o aumentativo de "mexerica", Léo ficou pessoalmente ofendido.
Era "mexericão" pra lá, "cabeça de ameixa" pra cá, "olho de jabuticaba" pra acolá, e dona Joana resolveu acabar com aquela feira livre.
_Fiquem no quarto em silêncio! Não quero ouvir um pio, ou coloco vocês no liquidificador!
E lá estavam os dois, de castigo. Sentados de costas para a porta.
_Não há nada pior do que ficar preso com você. - Léo disse para o irmão.
_Há sim! - Davi retrucou.
_O que é, então?
_Ficar preso com você é muito pior do que ficar preso comigo.
Léo então suspirou e disse ao irmão:
_Nossa! Então espero que eu nunca fique preso comigo.
Davi encarou Léo e exclamou na altura o suficiente para que Léo ouvisse e sua mãe não:
_ Mas isso não faz sentido!
_Faz sentido sim! - Léo odiava ser contrariado, e se achava que aquilo fazia sentido, "ai" de quem duvidasse!
_Está bem, está bem. Sabe o que não faz sentido? - Davi perguntou, e antes que Léo pudesse responder ele já tinha continuado seu discurso. - Ser trancado em um quarto por motivo nenhum, só por querer assumir os direitos do que é meu. - Nesse momento, Davi fazia referência ao computador. Isso é que não tem sentido!
_Tem razão! - Léo exclamou, com a voz alta. Mas podia falar o quão alto quisesse desde que não gritasse, pois sua voz era fina, de criança, e sua mãe não poderia ouvi-lo da cozinha, que era onde ela estava. - Isso não faz sentido mesmo! Mamãe é que a verdadeira louca! Ela nos prendeu aqui sem motivo nenhum, somente por pura maldade. Nossa mãe é uma bruxa!
Davi achava que Léo estava exagerando um pouco, mas estava raciocinando bem, e era aquilo que importava.
_Exato, Léo, exato.
_Vamos nos transformar em super-heróis e lutar contra aquela gemera!
_O correto é "megera" e não "gemera". - Davi começou a rir, e logo parou. - Mesmo assim não adianta lutar. Nós somos filhos, temos que respeitar e obedecer, apesar de tudo. Você ainda é imaturo de mais para entender essas coisas, e muito novinho para ficar rebelde.
_Não sou novo coisíssima nenhuma, você é que é um velho rabugento!
_Não me xingue, seu tampinha!
_Monstro!
_Burro!
_Energúmeno!
E começou a dicussão. Xingamentos para todos os lados. Davi ,com todas as palavras que conhecia, disparava uma torrente de "energúmeno, estapafúrdio, esdrúxulo e estrupício" enquanto o pequeno Léo dizia apenas "bobo, chato, feio, maluco, e rabugento". Ás vezes até tentava copiar, erroneamente, as ofensas de Davi. Era " estaparúxulo" de um lado e "energuício" de outro.
Era uma gritaria sem fim. Mas se tem uma coisa da qual Dona Joana sabe, é que para se livrar de animais pequenos (ratos) o jeito é arrumar animais grandes (gatos). Os ratos, naquela situação, eram os gritos de Davi e Léo.
Só havia algo a fazer! Dona Joana tomou fôlego, respirou fundo, e soltou seu gato:
_Fiquem quietos, ou serei obrigada a buscar o liquidificador!
E eles ficaram quietos, com medo do liquidificador.
Logo começaram a brigar novamente, mas Dona Joana nada pôde fazer. Nunca bateu nos garotos e nem os colocou no liquidificador.
Afinal, o que ela poderia fazer? Não era nenhuma bruxa...
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Artigo - Músicas bizarras
Música, a boa e velha música... Quem não se lembra de sucessos como "Dormi na Praça", "Bonde do Tigrão" e Thriller" brilhando nas rádios?
Na verdade, eu não me lembro, porque sou muito jovem e só conheço essas músicas por programas de televisão e pelo fato do meu quarto ficar ao lado do banheiro que meus pais usam para tomar banho e cantar.
Bem, mas entre essas belas músicas existem várias que não perdem seu encanto e valor cultural, mas continuam dando um nó em minha cabeça. Algumas letras sem sentido, ou que se você analisar bem verá que os significados podem ser muitos.
Então, vamos começar com algumas músicas mais conhecidas.
Agora partamos para as músicas menos conhecidas, mas que não deixam de ter trechos ou todo o resto do conteúdo completamente bizarro!
Que comecemos com a música W/Brasil. Vamos fazer a leitura de um trecho desta canção, e a análise de cada frase.
"Jacarézinho.Avião. Jacarézinho. Avião."
Aparentemente, o compositor viu um jacaré e um avião enquanto compunha a música.
"Cuidado com o dicso voador."
O compositor viu que um disco voador estava vindo em direção ao avião, então ele avisouao piloto, que conseguiu desviar com sucesso.
"Tira essa escada daí. Essa escada é pra ficar aqui fora."
O piloto do avião estava tão feliz por ter se esquivado do disco voador, que nem notara que uma escada estava em sua cabine, atrapalhando o manejo do meio de transporte.
"Eu vou chamar o síndico."
De repente, baixou o espírito de Sherlock Holmes no compositor, e assim ele descobriu que a escada era, na verdade, de seu condomínio,e resolveu dar queixa ao síndico.
"Tim Maia. Tim Maia. Tim Maia. Tim Maia."
Existem duas suposições possíveis. Suposição número um: Tim Maia era, coincidentemente, o nome do síndico. Suposição número dois: Foi só uma brecha que Jorge Ben Jor achou para homenagear Tim Maia.
Mas, pensem comigo, e se em todas as músicas do mundo houvesse uma homenagem ao Tim Maia como essa da W/Brasil?
"Pare! Até quando você vai mandar e mudar o Tim Maia!"
"Seu guarda, eu não sou vagabundo, eu não sou delinquente, sou Tim Maia carente..."
"Vou não, quero não, posso não, o Tim Maia deixa não!"
"Eu não sou Tim Maia não..."
E já que citamos o Tim Mia, vamos citar outra música que tem haver com ele, mas não porque o homenageia,e sim porque era ele quem cantava.
Leia este pequenino trecho e diga o que você acha.
"Chocolate, chocolate, chocolate
Eu só quero chocolate....Só quero chocolate
Não adianta vir com guaraná pra mim
É chocolate que eu quero beber
Não quero chá, não quero café
Não quero coca-cola, me liguei no chocolate."
Antes de ler esta música, você se achava chocólatra. Mas você não é chocólatra. Você consegue passar duas horas sem chocolate sem surtar, você pode beber água e outras bebidas sem que seu corpo e mente gritem por chocolate! Você é apreciador do doce feito de cacau, e não chocólatra!. O verdadeiro chocólatra é o compositor desta música, que não quer café, guaraná, chá ou Coca-Cola. Chocólatras só querem chocolate!
Além de representar bem o drama dos chocólatras, a música é considerada bizarra, devido á ser praticamente composta somente pela palavra "chocolate".
Imaginem se ,em vez de chocólatra, o compositor fosse alcóolatra, somente imaginem. Ia ser algo como "Não quero água, não quero cerveja sem álcool, não quero refrigerante, eu só quero a cachaça. A cachaça. A cachaça. Eu só quero a cachaça."
Espero que tenham gostado deste texto sobre músicas bizarras, e que saibam que eu respeito todos os interesses musicais de todas as pessoas do mundo, mas continuo achando que há letras que exigem nossa maior atenção!
Espero que não tenham se ofendido, pois meu único interesse é agradar
Você, você, você, você, você, você, você, você, você, você, você, você...
Ps: "Você, você, você" é outra música bizarra, composta apenas pelas palavras "você" e "quer".
Na verdade, eu não me lembro, porque sou muito jovem e só conheço essas músicas por programas de televisão e pelo fato do meu quarto ficar ao lado do banheiro que meus pais usam para tomar banho e cantar.
Bem, mas entre essas belas músicas existem várias que não perdem seu encanto e valor cultural, mas continuam dando um nó em minha cabeça. Algumas letras sem sentido, ou que se você analisar bem verá que os significados podem ser muitos.
Então, vamos começar com algumas músicas mais conhecidas.
Eu devo admitir que a música Meteoro de Luan Santana é boa. Mas se analisarmos sua primeira "estrofe", ouviremos isso:
"Te dei o Sol, te dei o mar
Pra ganhar seu coração
Você é raio de saudade,
Meteoro da paixão!"
Tá legal, tá legal. Tudo muito bonitinho, muito romântico se utilizando de figuras de linguagens legais, usando a forma conotativa(?).
Mas se nós fôssemos chatos levássemos tudo ao pé da letra,ouviriamos praticamente a história de um homem que se apaixonou por um raio chamado Meteoro da Pãixão, e para conquistar o tal raio, roubou o Sol e o mar! Bizarro! Já ouvi falar de zoofilia, necrofilia e pedofilia, mas fenômeno naturalofilia é a primeira vez.
Bem, continuemos com nosso texto.
Você pode não conhecer a música pelo nome, mas é difícil encontrar um brasileiro que nunca tenha ouvido a música Carinhoso, de composição de João de Barro.
O trecho inicial:
"Meu coração
Não sei porque
Bate feliz, quando te vê"
Até aí tudo ótimo, o compositor soube ser romântico sem ser clichê, usando uma figura de linguagem (mais especificamente a prosopopéia). Mas vocês sabem como é o ser humano, começa ás mil maravilhas, e termina na lama.
Acompanhemos o próximo trechinho da música:
"E os meus olhos ficam sorrindo
e pelas ruas vão te seguindo
mas mesmo assim, foges de mim."
Ok. Vamos supor que João de Barro escreveu essa música para alguma moça, baseado em algo que aconteceu na vida real.
A moça em questão deve ter retrucado como qualquer outro ser humano em sã consciência retrucaria:
_ É claro que eu fugi! Qualquer um fugiria se tivessem olhos sorridentes o seguindo pela rua!
Eu fugiria.
Que comecemos com a música W/Brasil. Vamos fazer a leitura de um trecho desta canção, e a análise de cada frase.
"Jacarézinho.Avião. Jacarézinho. Avião."
Aparentemente, o compositor viu um jacaré e um avião enquanto compunha a música.
"Cuidado com o dicso voador."
O compositor viu que um disco voador estava vindo em direção ao avião, então ele avisouao piloto, que conseguiu desviar com sucesso.
"Tira essa escada daí. Essa escada é pra ficar aqui fora."
O piloto do avião estava tão feliz por ter se esquivado do disco voador, que nem notara que uma escada estava em sua cabine, atrapalhando o manejo do meio de transporte.
"Eu vou chamar o síndico."
De repente, baixou o espírito de Sherlock Holmes no compositor, e assim ele descobriu que a escada era, na verdade, de seu condomínio,e resolveu dar queixa ao síndico.
"Tim Maia. Tim Maia. Tim Maia. Tim Maia."
Existem duas suposições possíveis. Suposição número um: Tim Maia era, coincidentemente, o nome do síndico. Suposição número dois: Foi só uma brecha que Jorge Ben Jor achou para homenagear Tim Maia.
Mas, pensem comigo, e se em todas as músicas do mundo houvesse uma homenagem ao Tim Maia como essa da W/Brasil?
"Pare! Até quando você vai mandar e mudar o Tim Maia!"
"Seu guarda, eu não sou vagabundo, eu não sou delinquente, sou Tim Maia carente..."
"Vou não, quero não, posso não, o Tim Maia deixa não!"
"Eu não sou Tim Maia não..."
E já que citamos o Tim Mia, vamos citar outra música que tem haver com ele, mas não porque o homenageia,e sim porque era ele quem cantava.
Leia este pequenino trecho e diga o que você acha.
"Chocolate, chocolate, chocolate
Eu só quero chocolate....Só quero chocolate
Não adianta vir com guaraná pra mim
É chocolate que eu quero beber
Não quero chá, não quero café
Não quero coca-cola, me liguei no chocolate."
Antes de ler esta música, você se achava chocólatra. Mas você não é chocólatra. Você consegue passar duas horas sem chocolate sem surtar, você pode beber água e outras bebidas sem que seu corpo e mente gritem por chocolate! Você é apreciador do doce feito de cacau, e não chocólatra!. O verdadeiro chocólatra é o compositor desta música, que não quer café, guaraná, chá ou Coca-Cola. Chocólatras só querem chocolate!
Além de representar bem o drama dos chocólatras, a música é considerada bizarra, devido á ser praticamente composta somente pela palavra "chocolate".
Imaginem se ,em vez de chocólatra, o compositor fosse alcóolatra, somente imaginem. Ia ser algo como "Não quero água, não quero cerveja sem álcool, não quero refrigerante, eu só quero a cachaça. A cachaça. A cachaça. Eu só quero a cachaça."
Espero que tenham gostado deste texto sobre músicas bizarras, e que saibam que eu respeito todos os interesses musicais de todas as pessoas do mundo, mas continuo achando que há letras que exigem nossa maior atenção!
Espero que não tenham se ofendido, pois meu único interesse é agradar
Você, você, você, você, você, você, você, você, você, você, você, você...
Ps: "Você, você, você" é outra música bizarra, composta apenas pelas palavras "você" e "quer".
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