domingo, 8 de março de 2015

Vinte e um.

Este é blog é na maior parte do tempo dedicado a textos escritos por mim - Raphael Guimarães. Mas quase nunca abrimos espaço para que outros autores tenham oportunidade de publicar textos seus, mesmo que prefiram manter sua identidade preservada.
 A crônica abaixo foi escrita pelo autor J.R., e tem como título "Vinte e um"!



  Hoje seria o dia que eu imaginei que não acabaria numa viagem entorpecida: Conheceria uma garota que tenho contato por Whatsapp desde o ano passado em que eu via algo além de só sexo e "vou te acompanhar até sua casa. Por fotos, sempre me encantou seu estilo..." e CHEGA!
 Enfim, nos encontramos no terminal Butantã e lá descobrimos que não tinha nenhum ônibus direto pro Parque. Mas decidimos então pegar mais de um ônibus.
 Depois de dois ônibus chegamos naquela ilha de Lost com poluição paulista chamada Ibirapuera. Particularmente, adoro aquele lugar - mas não quando se está sem maconha e com uma guria que foge da primeira garoa.
 Procuramos e procuramos lugares secos pra princesa da Disney não se molhar. Aí aquele céu cinza começa a desabar, abri o guarda-chuva e tentei fazer uma cena romântica imaginando que era Tobey Maguire em Homem-Aranha. 
 Das frescuras á parte, a mina beija bem, me batia a cada aproximação de seu decote e, como imaginava, conversa bem. Com dezessete anos já é bem determinada com o que quer da vida...além de problemas com ex-namorados tatuadores. Era amorosa e isso me atraía...Até o momento que ela resolve ir embora ás três da tarde no meio da chuva! E aquela sensação de esperteza por ter ido com a camiseta mais fresca por causa do calor foi levada pelo vento gelado que a chuva trouxe.
 Acompanhei ela até o ponto de ônibus com muita raiva por dentro. Metade com São Pedro que fez seu trabalho a tarde toda e metade com aquela imagem que eu tanto detesto: IR EMBORA CEDO DO ROLÊ! EU ODEIO ISSO!
 Mas tentei manter a calma.
 "Tá bravo?" "Não..." Por umas cinco vezes.
 Ela entrou no ônibus e o que mais me distraiu foi uma mulher tentando suicídio da ponte. Como sempre, meu jeito único de distrair a mente já tentou imaginar qual seria o problema dela. Já lembrando que meu dia não estava tão ruim.
 Depois de dois ônibus, metrô, linha amarela e algumas paixonites...cheguei em casa. Com fome mas focado na dieta. E o que me aparece em casa? Pizza e pastel! Mas como sou pior que o The Rock em "Pain and Gain", comi pão com frango desfiado.
 Estudei e fumei um baseado mais ou menos ás nova horas da noite. Besteiras da internet, Whatsapp com rolos e a mina do meu "dia maneiro". Isso ainda vai dar alguns rolês.
 Fumei mais um beck e terminei o dia como não queria quando acordei.


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