domingo, 29 de abril de 2012

Dã.

Quem nunca disse algo fútil, óbvio ou, simplesmente, alguma burrice? E quem nunca ouviu, depois de dizer uma burrice, seu amigo soltar um grunhido estranho, difícil de se definir, mas que praticamente soasse como um "dã" bem prolongado ?
Sim, todos nós já ouvimos "dã" depois de uma burrice, e todos já ouvimos uma burrice antes de falarmos "dã".
Essa micro-palavra teria o sentido de indicar burrice, idiotice, estupidez ou algo óbvio.
Mas, da onde surgiu essa coisa que é "meio gíria, meio palavra", e como se tornou tão popular?
Eu tenho duas teorias!



                         Teoria 01 - A Deficiência Mental e a Burrice.

Desde que o mundo é mundo, por algum motivo desconhecido, os deficientes mentais são associados a burrice. Seria isso preconceito? Não, mas não é algo para ser discutido nesse texto e sim em uma outra postagem, talvez.
E, há muito tempo também, em filmes, novelas, e até em brincadeiras entre amigos, os deficientes mentais são representados como pessoas normais que, ás vezes, soltam grunhidos ou falam entre gemidos  gritos indistinguíveis. Um grande exemplo é o personagem Tonho da Lua (foto acima) da novela antiga Mulheres de Areia.
E, todos esses grunhidos que os deficientes mentais pudesem soltar, acabaram se resumindo em um curto e, ao mesmo tempo, prolongado "dã".
Ou seja, na Teoria 01, afirmo que o "dã" seja proferido pelas pessoas com intuito de fazer menção á burrice que seria associada aos grunhidos dos deficientes mentais.


                                     Teoria 02 - Os Simpson e D'Oh.

Toda pessoa fã de seriados e desenhos animados, como eu, conhece de cor e salteado a personalidade de Homer Simpson, personagem principal do seriado Os Simpsons. Não é necessário assistir muitos episódios para chegar a conclusão de que o personagem é o que poderia ser considerado por muitos alguém burro, idiota, estúpido e totalmente sem noção do ridículo.
Quando Homer faz algo estúpido, burro ou quando percebe que fez alguma perfeita idiotice, ele bate em sua testa e solta o grunhido "D'oh". Mas isso é nos Estados Unidos.
Muitas vezes, quando o "D'oh" vem ser traduzido para o português, ele vem totalmente correto. Mas há uns anos atrás, mais ou menos na décima quinta ou décima sexta temporada de Os Simpsons, "d'oh" vinha traduzido como "dã", e criou-se a confusão.
Com a popularidade do seriado, "dã" passou a ser relacionado á burrice de Homer Simpson, o que englobou a burrice de todo o Brasil.
E desde então, o "dã" vem sendo proferido depois de toda e qualquer atitude burra.

E então, com qual teoria você concorda? Pode desenvolver uma nova?
Qual é a correta origem de dã.

 Observação: Me refiro ao grunhido considerado como palavra, e não á Tribo de Dã.







quarta-feira, 25 de abril de 2012

Devaneios de Anselmo - Hoje


Hoje acordei pensativo, um tanto sentimental, querendo ter super poderes tipo prever o futuro, sempre achei isso demais assim nunca seria pego desprevenido. Sou assim calculista.
O sufoco dessa imprecisão sobre o que eu sentia, me fez correr para o único lugar que eu realmente conseguia pensar algo concreto que não saísse da minha realidade e foi pra lá que eu corri, fiquei horas sentado na mesma pedra, onde as ondas simultaneamente batem e me fazem sentir aquela brisa fresquinha que me acalma. Eu pensar devagar é praticamente raro, parece que tenho o vicio de pensar milhões de coisas ao mesmo tempo e estar preparado no mesmo instante.
Só uma coisa conseguiu se esquivar dos meus pensamentos certeiros tem nome e endereço, forma, perfume, gosto, me faz sentir uma grande saudade e AM... AM...


Sentindo o mar saborear a areia fui andando, é uma praia deserta, no meio de uma cidade que não para na temporada, cenário ideal para refletir e andar livremente podendo cantarolar baixinho e chamar nomes ao vento sem ser tachada de louco.
Parecia uma previsão me passar pela cabeça que muitas pessoas tão queridas na minha vida que até ontem compartilhavam da mesma solidão que eu por vezes sentia, hoje andando na rua sozinho ou com uma amiga (o) em comum conheceria alguém que ocupasse sua mente e coração, eu fico feliz em ver que nem todos compartilham até então do mesmo presente que tenho vivido. Encontrar uma pessoa que mexa com você de verdade, que te vire a cabeça é bem difícil hoje em dia, quando encontramos alguém assim, sem vergonha nem constrangimento agarre com todas as suas forças e viva!
Tenho sido feliz e muito graças a Deus, as pessoas que entram na minha vida são selecionadas por algo maior, algo que não se vê de uma forma ou de outra me trazem grande aprendizado, até as que não foram tão felizes assim trilhando o mesmo caminho que eu, independente disso agradeço a todas, sem rancor algum. Apesar da felicidade, a solidão ainda é minha melhor amiga, por opção ou estratégia não sei dizer, mas é real e da pra degustar.
Essa foi à opção que não me trás dor, apenas certa melancolia, porem deixa viva a expectativa que um dia vou reencontrar a pessoa que me da de presente um sorriso para onde sempre quero voltar. É como o vento que não tem parada que tenho vivido de forma intenso, trago tempestades, alivio o calor, posso também dar o ultimo toque a uma paisagem bonita de primavera, e continuo assim... sem ter chegada.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Crítica Literária - A Batalha do Apocalipse - Parte 1

Então, estou lendo este livro "A Batalha do Apocalipse" por três principais motivos. O primeiro deles é que pretendo me divertir, e é isso que um livro de fantasia oferece. O segundo motivo é que o site Jovem Nerd, ao qual acesso diariamente, sempre vivia fazendo uma grande divulgação do livro, então resolvi dar uma averiguada. E o terceiro motivo, é que percebi que todos os livros dos quais eu fiz críticas aqui no blog, nenhum tinha sido muito famoso (com excessão d'O Menino do Pijama Listrado), e resolvi mudar isso com esse livro aqui, que já é bem reconhecido no Brasil e, quem sabe, no mundo.
Então, o único imprevisto foi o número de páginas do livro (586), então resolvi dar uma encurtada na crítica, e escrever sobre o que eu li até agora ( 250 páginas),e fazer a continuação da crítica quando terminar de ler o resto.
Então, lá vai a primeira parte.


Só de olhar para o título e a capa de A Batalha do Apocalipse (ABDA, para abreviar) pode-se perceber que não é um livro que ocorra em uma atmosfera realista.
Os personagens da estória, em sua grande maioria, são anjos, feiticeiros, fadas, entidades, espíritos e demônios. E isso é um ponto que faz com que o livro seja bom. Por ser um livro atual, sem antecessores de seu ator muito famosos, a presença de criaturas conhecidas pelo grande público cria um certo conforto para o leitor. Criar novas criaturas ou raças de criaturas não seria algo apropriado para um autor pouco conhecido, então apostar em demônios, anjos e "lendas antigas para compor sua história" foi uma boa idéia do autor Eduardo Spohr.
Parece apropriado pensar que pelo mesmo motivo de ter usado criaturas conhecidas, Spohr optou por personagens conhecidos. Não são muitos os personagens que Spohr "roubou" da cultura popular, mas os que ele escolheu realmente foram para criar grande impacto na trama, como os anjos Miguel e Gabriel, e o tão famoso Lúcifer. Até a própria "serpente" que tentou Eva a comer a maçã aparece no livro.

A história do livro consiste em uma grande batalha, a maior guerra de todos os tempos, a Terceira Guerra Mundial que, para nós, humanos (seres terrenos) será apenas uma guerra como qualquer outra (tendo a excessão de envolver muitos e muitos países). Mas para os anjos, demônios e seres que possuam um pouco de conhecimento sobre o plano espiritual, será a guerra final entre os que apoiam Miguel na devastação dos seres humanos, e os que são a favor da vida e existência dos seres humanos. E por ser uma "guerra", Eduardo Spohr demonstra toda a sua inteligência em elaborar estratégias ou combates majestosos, dignos de anjos.
E, falando na guerra, é impossível deixar de mencionar a incrível construção de personagens.
Seria impossível mencionar todos os personagens, mas até a parte a que cheguei, os mais principais tem sido:
Ablon: O Anjo Renegado, a história se baseia nele e em sua triste história de ter sido expulso do céu, e no tempo em que passou na Terra, ter conhecido e criado laços muito fortes pela feiticeira Shamira. Como todos os outros personagens do livro, tem a personalidade muito bem construída, nunca variando seus interesses (que, não importam quais sejam, sempre estarão abaixo do interesse de proteger Sahmira), e protegendo sua filosofia de nunca ir cotnra seus ideais de proteger os humanos.

Shamira: A Feiticeira de En-Dor, muito amiga e próxima de Ablon. Também com a personalidade muito bem construída, o livro, até agora, tem consistido em contar histórias sobre ela ou Ablon. Sua inteligência, bondade e lealdade nunca falham.

Miguel: O Príncipe dos Anjos, tem como sua missão inicial proteger o leito de Yaweh (Deus) enquanto o mesmo dorme. Mas o poder a ele conferido foi mal usado, pois, baseado em conceitos que podem ter sido (de certo modo) "roubados de Hitler", ele pretende eliminar os humanos, deixando assim apenas os seres "puros" como anjos, querubins e etc.

Lúcifer: O Arcanjo Negro, é conhecido por todos como O Diabo, pode ser considerado alguém simplesmente que não quer ver Miguel no poder, seja quais forem as circunstâncias, ele quer sempre que Miguel tenha seus objetivos atrapalhados, mas ás vezes exagera, criando males e enfermidades até para outros seres. Por exemplo, a expulsão de Ablon do céu foi culpa sua, tanto quanto a destruição da vida de Amael, O Senhor dos Vulcões.


Ainda focando no Universo criado pelo autor, é válido dizer que ele fez algo invejável  - Não precisou criar um mundo novo para introduzir seus personagens.
Muitos escritores, na verdade a maioria deles, quando resolvem criar um livro de fantasia, precisam criar um mundo inteiro, para que não façam mudanças no mundo real muito grotescas, e assim nasceram os universos de Nárnia (C.S. Lewis), Terra Média ( J.R.R. Tolkien) e, parcialmente, o mundo bruxo (J.K. Rowling).
Mas Eduardo Spohr foi inteligente, criativo e conhecedor do cotidiano o suficiente para introduzir todas essas criaturas e acontecimentos surreais no mundo real, sem alterá-lo de modo algum, e isso é uma façanha incrível, que poucos autores ( como Rick Riordan) conseguiram criar com êxito (não desmerecendo os autores que criaram seus próprios mundo até porque, pelo menos os que eu citei, são geniais).

Então, resumindo, A Batalha do Apocalipse tem um autor inteligente, uma história que envolve todos os tipos de público, personagens bem construídos e cenário mais característico impossível.
Um livro tão bom que nem parece brasileiro.

Enfim, essa foi minha "primeira impressão" do livro, e, assim que terminar a leitura, a continuação da crítica estará aqui, "ao vivo e em cores" .


quarta-feira, 11 de abril de 2012

Em Casa.

Então, gente, como vocês devem passar, a rotina do blog é um texto por semana, mas semana passada me faltou criatividade. Eu até tive uma idéia, mas levaria muito tempo pra ser produzida e publicada.
Então, semana passada, não houve texto.
Já essa semana houve um, uma música na verdade.
Eu escrevi duas músicas, e postei uma ontem e ia postar a outra semana que vem, mas resolvi postar hoje, e começar hoje mesmo a produção de um texto magnífico para a semana que vem.
Então, antes de postar a música que escrevi para hoje, gostaria de pedir desculpas pelo palavrão (palavra de baixo calão) contida na letra.

Pai, eu te amo.
Mãe, me desculpa.
Vizinho, tu és insano.
Amigo, filho da puta!

Guerra civil no meu quarto.
Metralhadora, fuzil, 38 e granada.

Reuní armamento pesado.
Destruí a mesa de jantar.
Botei fogo nos porta-retratos,
manchei de sangue o chão do meu lar.

Paz e arrependimento
só existem onde é coberto por cimento.
A porta marca o fim da reconciliação.
Mas só faz sentido em uma direção.

Raiva de viver,
medo de morrer,
só vem aparecer
em casa!

Em casa!
Em casa!

É mais seguro ser um andarilho
do que ser um pai, uma mãe, ou um filho.
Não é em casa que ocorrem os milagres.
Não é na rua que ocorrem os massacres.

Pai, eu te amo.
Mãe, me desculpa.
Vizinho, tu és insano.
Amigo, filho da puta!

terça-feira, 10 de abril de 2012

Jogo em equipe.

Eu, não quero ser mais um sócio
que sucumbe aos ossos
do ofício.

Eu, quero parar de brincar de cidadão.
Limpar o cuspe do chão.

Jogos são legais,
confesso que me diverti á beça.
Mas é hora de dobrar o tabuleiro
e guardar as peças do xadrez cotidiano.

O cavalo pulou a torre.
A rainha matou o rei.
O jogo não acabou.
Eu me enganei.

Me trairam e me trairão.
Tirando sorte ou revés.
Brinquedos de lama obedecem,
brinquedos de lama estão a meus pés.

Jogue o dado no lixo, pois não há sociedade.
Batalha Naval terrena, de navios com quatro rodas.
Policial, bandido, político e padre.
Roupas de grife sim, não há moda, não há onde.

Eu, não quero agir em parceria
par acabar com a alegria
de ninguém.

Eu, não quero usar a mesma roupa,
para dizer que existe pouca
vida.