segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Top V - Filmes sobre escritores reais.


 Recentemente, o cinema brasileiro foi presenteado com Não Pare na Pista - A Melhor História de Paulo Coelho, filme biográfico do grande escritor nacional Paulo Coelho, conhecido como Mago dos Nerds e, é claro, por todos os livros que publicou tendo o misticismo e a alquimia como tema principal (incluindo O Alquimista e O Demônio e a Srta Prym).
 De certo modo, este filme serve para que os escritores brasileiros finalmente ganhem reconhecimento pelo trabalho maravilhoso que vem fazendo há tantos anos...assim como muitos outros escritores já foram homenageados com filmes biográficos ou apenas com filmes em que se fazem presentes.
 Segue abaixo uma lista dos cinco melhores filmes com histórias reais de escritores (ou os cinco que eu mais gosto).


segunda-feira, 22 de setembro de 2014

O Nome de Peter Quill.


 Sim, Guardiões da Galáxia fez sucesso e agora você sabe quem é Peter Quill.
 Peter Quill é o alter ego de Star-Lord, o personagem líder dos Guardiões da Galáxia, protagonista do filme de mesmo nome, baseado nas histórias em quadrinhos da Marvel. Isso é, baseado nos quadrinhos quase desconhecidos da Marvel.
 Tão desconhecido que o assunto deste texto foi ignorado por anos. O personagem existe nas HQs desde 1976 e só agora, depois da estreia do filme, que este pequeno detalhe veio incomodar a mim as pessoas.
 O nome do personagem. Não exatamente seu nome, pois "Peter Jason Quill" até que é algo aceitável.
 O problema é o nome que utiliza como super-herói...ou pelo menos como seu nome foi traduzido para o Brasil.
 Do original "Star-Lord", recebemos a tradução de "Senhor das Estrelas". Entenda o porquê disso ser, em termos de tradução, inadequado e como poderia ser melhorado e/ou adaptado para a língua portuguesa de uma maneira melhor.

domingo, 7 de setembro de 2014

Disney, Star Wars e Alienígenas.

 A notícia é velha e todo mundo já sabe: A Disney comprou a LucasFilm, obtendo assim os direitos das franquias de Indiana Jones e Star Wars, amadas por nerds de todo o mundo.
 Certo, isso não é novidade pra ninguém. Muito menos o fato de que um novo episódio de Star Wars está sendo produzido pela Disney. Já está até sendo gravado, com o fabuloso J.J. Abrams na direção.
 Mas muitos se preocupam, pois não sabem se a Disney tem culhões o suficiente pra acertar em um filme de Star Wars. Gente palpitando na internet é o que não falta , inclusive, é isso que eu to fazendo agora.
 A Disney já se auto-parabeniza por estar com Star Wars só pra ela, tanto que até lançaram um episódio de Phineas e Ferb (a melhor série animada da Disney dos tempos de hoje) inspirado totalmente em Star Wars.
 Mas sabemos que a Disney manja mesmo é de magia. Bruxas, princesas, fadas...será que se dá bem com alienígenas?
 E é examinando cinco filmes da Disney (oito, se contarmos as continuações) sobre alienígenas que poderemos responder a pergunta: Quais elementos dos aliens da Disney podem ser aproveitados em Star Wars?




Em primeiro lugar, é preciso citar o filme mais antigo e ainda assim recente da Disney que inclua aliens (esqueça os filmes da  Witch Mountain, falaremos deles depois) : Lilo & Stitch, de 2002.

O filme tem tudo que uma boa animação da Disney precisa: Personagens fofos, boa música (som do Havaí com Elvis Presley), uma arte bonita e história cativante com lições de vida escondidas na trama.
 O filme fala sobre Lilo, uma garotinha havaiana órfã problemática que vive apenas com a irmã mais velha e decide adotar um cachorro. Mas sua vida se torna um pouco agitada demais quando adota  o Experimento 626, ser assassino criado em laboratório por um alienígena do mal que, ao fugir da prisão, caiu na Terra. Lilo o batiza de Stitch. Em uma jornada cujas missões são fazer Stitch se tornar bom e protegê-lo da polícia espacial, Lilo & Stitch se tornou um clássico assim que foi lançado.
 A questão é: Os alienígenas e o "universo espacial" deste filme podem ser aproveitados em Star Wars?
 Maior parte do filme se passa na Terra, exceto pela primeira cena que toma acontecimentos no espaço, no julgamento que condena o doutor Jumba Jookiba á cadeia por criar aliens do mal (como Stitch). Desse modo, o espaço inteiro (sem separação por planetas) é visto como uma única república, com representantes próprios e própria legislação.
 Já que apenas a Terra parece ser a única de fora dessa união legislativa, as coisas ficam um pouco sem sentido. Porém, o sistema de organização é inteligente em eleger um líder, o que nos lembra O Império de Star Wars. É estranho afirmar isso, mas a forma de governo de Lilo e Stitch pode ser aproveitada em Star Wars.
 Já a aparência dos alienígenas não. Todos tem características aleatórias, só se parecem com seus parentes e não possuem aparência padronizada. O pior de tudo é que nenhum deles é tem aparência humana. Todos são monstros e se parecem com animais. Isso não é aceitável em Star Wars, pois um filme todo em CG nunca é bom.
 As continuações de Lilo & Stitch (três filmes, uma série animada e um anime) apresentam outros experimentos de Jumba Jookiba e seus poderes. O que também não é bom em Star Wars, pois o único poder deve ser A Força. Superpoderes acabariam com a graça dos sabres de luz ou das pistolas.
 Assim, de Lilo & Stitch pra Star Wars só ficam o sistema de governo e estética de naves, que são funcionais, simples e carismáticas...como a trilogia clássica e boa de Star Wars.


 Mais tarde, em 2005 foi lançado O Galinho Chicken Little, dirigido por Mark Dindal (de Cats Don't Dance e A Nova Onda do Imperador).
 Na minha opinião um dos piores filmes que a Disney já ousou produzir. O Galinho Chicken Little fala sobre Chicken Little, um galinho atrapalhado que certo dia afirma para toda a cidade de Oakey Oaks que o céu caiu sobre sua cabeça e é chamado de louco por todos, inclusive por seu pai. Com o passar do tempo, se descobre que aquilo era um pedaço de nave espacial que se camuflava no céu e por isso parecia que o "céu estava caindo", e que a  Terra estava sendo invadida por um planeta que queria apenas recuperar algo deles que estava em nosso pequeno planeta azul. Sem spoilers.
 O filme é horrível. Personagens não são cativantes. Arte tosca. Roteiro bobíssimo e fraco. O que salva e se aproveita é a trilha sonora.
 Sinceramente, a única semelhança que Star Wars e Chicken Little devem ter é o fato de ambos possuírem aliens como personagens.
 ETs com aparência insignificante e naves de estética sem funcionalidade ou agradabilidade ao olhar.
 O único ponto bom do filme é a trilha sonora (que vai de Queen a Spice Girls), e nisso Star Wars não pode se espelhar devido ao fato de que trilhas originais DEFINEM Star Wars.
 Portanto, J.J. Abrams, esqueça a existência dessa animação.
 Nota: Citar esse filme aqui não é motivo pra você assistir. Se a curiosidade permanecer, assista a última cena do filme, que é a melhor e única digna de ser vista.
 Próximo filme!!

 Infelizmente, o histórico da Disney com alienígenas possuiu mais filmes ruins do que bons.
 A Montanha Enfeitiçada foi lançado em 2008 e não tinha muitas coisas que incentivassem alguém a gostar. Além de possuir The Rock como protagonista (não que ele seja mal ator, mas devia passar menos tempo dirigindo e mais tempo surrando bandidos), o filme também tem o mesmo diretor de Ela é o Cara, é um remake de um filme de 1975 e possui efeitos especiais dignos de Passageiro do Futuro.
 Mas possui alienígenas e, nesse momento, é isso que importa!


 O filme foca em Jack Bruno, um taxista e ex-cobrador de dívidas da máfia que acaba atendendo dois passageiros um tanto quanto curiosos - Adolescente com superpoderes que se dizem alienígenas e que precisam chegar a uma certa Montanha Enfeitiçada para que salvem o planeta Terra.
 Outro filme que precisa ser citado devido ao conteúdo extraterrestre que possui em sua trama. Mesmo se passando inteiramente em nosso planeta, todo o enredo é relacionado com aliens e os motivos deles estarem na Terra.
 Mas para comparar com Star Wars, estes ETs ao menos tem aparência humana. E não seria espantoso se os personagens principais de Episódio VII fossem assim, já que boa parte do elenco anunciado é jovem (como Mark Hammil era na época em que interpretou Luke Skywalker).
 Além disso, os aliens do filme também se assemelham aos Jedis, já que seus poderes (força, telecinese e persuasão) são semelhantes aos que a Força proporciona aos cavaleiros das galáxias.
 No caso, dá pra imaginar que quando o roteiro foi escrito, o roteirista estava pensando "Bem, o que de Star Wars eu posso aproveitar nesse filme?"


 Depois disso, vem ainda outro filme péssimo que a Disney Animation Studios lançou.
 Em 2011, tivemos Marte Precisa de Mães, de Simon Wells (diretor do conceituado Balto).
 O filme fala sobre Milo, jovem terráqueo que tem a mãe abduzida pelos ETs de Marte, planeta onde os bebês são criados por máquinas que só saberão tratá-los se forem programadas por mães reais. No caso, as mães da Terra. Então Milo, o terráqueo Gribble e a marciana Ki vão em busca da mãe raptada.
 Se até a premissa é ruim, imagina o filme inteiro. Com motivação fraca e arte tediosa (por que ainda insistem em usar captura de movimento em filmes infantis? Expresso Polar prova que isso só torna a experiência menos divertida.), o filme não agrada a crianças e muito menos a adultos.


Mas tem algo bom nisso tudo. As naves.


 A estética de branco com preto sempre funciona bem em temas espaciais ou robóticos. Isso explica porque carros brancos são bonitos, porque a EVA de Wall-E é tão charmosa e porque os Stormtroopers (do próprio Star Wars) são reproduzidos em larga escala (bonecos, roupas, posteres, camisas) até hoje.
 Se J.J. Abrams quiser optar por um visual mais moderno com tecnologia bem mais avançada presente em Star Wars (já que vai se passar um tempo depois do Episódio VI e a tecnologia sempre tende a estar em desenvolvimento), deveria ficar de olho na nave presente em Marte Precisa de Mães.
 Principalmente no interior dela que é ainda mais bonito.
 Com um visual um pouco sujo e com a luz alaranjada iluminando, a cabine de controle da nave lembra bastante o interior e o painel da Millenium Falcon.
 Com a evolução da tecnologia, aqueles painéis a mais seriam requintes necessários e assim se encaixaria muito bem no contexto da época em que o Episódio VII se passará.
 Pelo menos pra isso, Marte Precisa de Mães tem utilidade.


 No entanto, no intervalo entre Lilo & Stitch e O Galinho Chicken Little, a Disney lançou um filme com temática espacial que ficou guardado para que o mencionássemos somente agora.
 Em 2002, estreou Planeta do Tesouro, dirigido por John Musker e Ron Clements (famosos por Pequena Sereia, Hércules e Aladdin). O MELHOR filme com temática espacial já produzido pela Disney.


 Esse filme foi claramente influenciado por Star Wars, pois tudo que ele tem de melhor Star Wars já teve em sua época. E agora que Disney e LucasFilm são uma coisa só, é hora de Star Wars ser influenciado por Planeta do Tesouro.
 O filme fala sobre Jim Hawkins, garoto aventureiro que ao ganhar um mapa de um alien moribundo sai em uma jornada com uma tripulação de piratas espaciais (em uma nave em formato de caravela).
 É literalmente uma adaptação do livro Ilha do Tesouro, de Robert Louis Stevenson (mesmo autor de O Médico e o Monstro), mas com características fortes de ficção científica e espacial.
 O céu alaranjado e com cor de poeira/areia que é mostrado em todo o filme é lindo e pode ser recriado facilmente em Star Wars. Primeiro, porque faria muitas alusões ao deserto de Tatooine. Segundo, porque não seria tão difícil conseguir cenários assim em Abu Dhabi, onde algumas cenas do Episódio VII estão sendo gravadas, como vemos nesse vídeo com J.J. Abrams até mostrando um novo alien-boneco.


 E nesse caso, é bom mencionar os aliens.
 Como Star Wars costuma usar bonecos para representar seus aliens randômicos, seria ótimo usar os aliens de Planeta do Tesouro como personagens.
 Além de alguns aliens terem aparência humana (como Jim Hawkins), outros parecem monstros e outros já lembram animais humanoides (como cabras e gatos).
 Todos os conceitos espaciais e extraterrestres apresentados em Planeta do Tesouro são perfeitos e cabem adequadamente no universo de uma galáxia muito distante.


  Hologramas ilógicos.
  Manobras radicais em naves/jatos.
 A estética das naves em formato de navio é ótima. É só tampá-las e pronto, temos naves rebeldes lindas e prontas para o uso.
 Aliens carismáticos que só se definem como assustadores ou amigáveis quando chega a hora da ação.
 Robôs amigáveis como Ben da Disney ou os clássicos C-3PO e R2-D2.
 Enfim, Planeta do Tesouro é a resposta para duas perguntas que perturbam o povo nerd.
 Primeira  - A Disney sabe fazer filmes espaciais? A resposta é sim! A resposta é com certeza. Só quem já assistiu Planeta do Tesouro pode afirmar isso sem medo de se decepcionar com o próximo Star Wars.
 Segunda - Qual filme da Disney que J.J. Abrams deveria estar assistindo repetidamente pra incrementar no roteiro e detalhes de Episódio VII?
 Quem sabe dessa vez, a Disney finalmente consegue um Oscar de melhor filme? E Star Wars finalmente sai do ramo dos prêmios técnicos e finalmente vence um Oscar de melhor filme?
 Basta que Luke, Han Solo, Princesa Leia e toda a velha trupe da galáxia se reúna e encontre o planeta certo....o Planeta do Tesouro.


 E você? Lembra de algum outro filme da Disney com ETs que ficou faltando? Acha que poderia acrescentar algo no novo Star Wars? Comente!