terça-feira, 13 de setembro de 2011

Projeto Lixo Também é Luxo - Seu Antenor

Estou tendo, na escola, de participar de um projeto geral sobre o lixo, mais especificamente sobre a reciclagem.
Cada grupo de estudantes teve a tarefa de criar alguns objetos de material reciclado.Os primeiros objetos que o meu grupo criou foram uns livrinhos que ensinam ás crianças, de modo divertido, questões importantes sobre o lixo.
Agora, nos próximos quatro dias eu posto as quatro historinhas que eu escrevi para o Projeto Lixo Também é Luxo.
                                   
                                                                              Seu Antenor
Seu Antenor era um velho muito pobre que conseguia seu tão suado pão de cada dia vendendo peças e aparelhos usados para o ferro-velho de sua cidade.
Todas essas peças, Seu Antenor achava no lixão de sua cidade, que ficava bem ao lado de sua casa, uma pequena casinha muito humilde que, apesar de não ser uma das mais bonitas, servia para que Seu Antenor descansasse no máximo cinco horas antes de voltar a trabalhar.
Um dia, um jovem muito bondoso e de grande coração se espantou com o tamanho do esforço que Seu Antenor fazia para levar todo o lixo que encontrava em "seu trabalho" para o ferro-velho.
Este bom moço chegou perto de Seu Antenor e, com a melhor das intenções,disse:
_O senhor sabia que consegue ganhar muito mais dinheiro reciclando esse lixo do que o levando ao ferro-velho?
Então Seu Antenor seguiu o conselho do moço e começou a reciclar o lixo encontrado em seu trabalho, criando vários brinquedos de garrafas pet e outros tipos de materiais e vendendo para crianças de toda a sua cidade.
E com sua nova "ocupação", Seu Antenor criou uma indústria de reciclagem, e com o dinheiro adquirido nesse negócio, Seu Antenor comprou uma casa melhor e mais confortável e nunca mais sujou as mãos com o lixo sujo do lixão, seu antigo local de trabalho e "jardim indesejado".
                                                                                                                 

                                                                     

                                 Amanhã  posto outro conto da mesma finalidade, e quinta, também, e sexta, também.
                                            

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Brasil Estrangeiro - Rodrigo Santoro

 Hoje, o Literatura do Guimarães tem o orgulho de inaugurar uma noca categoria de textos. A categoria "Brasil Estrangeiro" consistirá em falar sobre o início (normalmente sem sucesso) e o desenvolvimento da carreira de atores, diretores, escritores, comediantes e apresentadores brasileiros que sentiram o doce gosto do sucesso e fama mundial em outros países (quase sempre os Estados Unidos da América).
E para estrear uma categoria que tem tudo para ir longe, um ator que foi longe e tem tudo para ir mais longe do que já foi: Rodrigo Santoro.
 Rodrigo Junqueira dos Reis (com o nome artístico de Rodrigo Santoro) estreou na televisão brasileira no papel de Pedro na novela Olho no Olho de 1993. Depois de sua estréia na televisão, Santoro não parou de crescer. Como Sérgio em "Explode Coração"(1995), Santoro conseguiu mais fama do que a esperada e, em 1996, fez participações especiais nos famosos seriados humorísticos brasileiros "Sai de Baixo"(Episódio "O Sexo Nosso de Cada Dia") e "A Comédia da Vida Privada"( episódio "Mulheres"). Em 1998, Santoro mostrou não ser um ator de um papel só, interpretando o Frei Malthus na minissérie "Hilda Furacão".
Mas a carreira de Santoro deu a real "explosão de sucesso" em 2003, quando interpretou Diogo Ribeiro Alves na novela "Mulheres Apaixonadas" e o travesti Lady Di no filme "Carandiru".
                                          Rodrigo Santoro em Carandiru

Nesse mesmo ano, Rodrigo Santoro participou de dois dos seus primeiros filmes fora do Brasil.
O primeiro deles, "Love Actually" (traduzido no Brasil como "Simplesmente Amor"), continha um elenco repleto de grandes astros de Holywood( Entre eles Hugh Grant, Emma Thompson, Alan Rickman, Denise Richards, January Jones e Carla Vasconcelos. Nesse filme, Santoro interpretava Karl, personagem que formava par romântico com Sarah, a personagem de Laura Linney.

O outro filme que Santoro fez em 2003 foi um dos mais famosos de sua carreira, embora sua participação nesse não tenha sido muito grande. O filme tinha Drew Barrymore, Cameron Diaz, Lucy Liu, Demi Moore, Justin Theroux e Rodrigo Santoro no elenco principal. Quem entende de filmes, já entendeu que o filme a qual me refiro é "Charlie's Angels: Full Throttle" (Traduzido no Brasil como "As Panteras Detonando").
O personagem de Santoro no filme é Randy Emmers, um vilão surfista que participava de corridas de motocicletas.
                                         Santoro em "As Panteras Detonando".

Mesmo com esses filmes no currículo, Rodrigo Santoro não conseguia alcançar a fama e o reconhecimento no exterior do jeito que as tinha em sua família no Brasil.
Até que Santoro encontrou a chave para a fama, quando foi convidado para atuar em um dos seriados mais famosos, admirados, premiados e complexos de toda a história da televisão americana e mundial: Lost.
Em 2006, Rodrigo Santoro foi convidado pelo diretor para fazer parte do elenco de Lost. O convite foi aceito e, logo depois de assistir e se apaixonar por todo o seriado (que fala sobre as dificuldades que os sobreviventes que caiu numa ilha enfrentam), Rodrigo começou sua atuação como Paulo, um ladrão brasileiro de diamantes que roubava em parceria com sua namorada Nikki. No seriado, Paulo( personagem de Santoro) é picado por uma aranha cujo veneno deixa a presa inconsciente de um modo que pareça que ela esteja morta. Dado pelos outros passageiros como morto, Paulo foi enterrado vivo , e assim morreu.
Embora a participação de Santoro não tenha sido das grandes, ele conseguiu alguns dadotes: Foi o vigésimo terceiro personagem a ter um flashback, foi o sexto personagem a morrer, e o único personagem que não possuía um sobrenome. Além disso, durante as gravações da série, Santoro fora apelidado pelo elenco e pela produção de "Tom Cruise brasileiro", um apelido mais do que justo.
Paulo(personagem de Santoro) sendo picado pela aranha.

Papéis de brasileiros, sul-americanos e antagonistas viraram a especialidade de Santoro, talvez por sua fácil desenvoltura em interpretar com esplendorosa magnitude papéis "malvados". Os papeis de sul-americanos ficaram marcados para Santoro certamente por seu sotaque (quase imperceptível) e por seu bronzeado natural adquirido certamente nos trópicos, nesse caso, o Brasil.
Mas, em 2007, Santoro acabou com o mito de que só conseguiria interpretar brasileiros e/ou sul-americanos, interpretando o imperador persa Xerxes, no filme épico de guerra "300". Nesse trabalho, Santoro interpretava um imperador que comandava um exército de dezenas de milhares de guerreiros persa que perdeu uma terrível e sangrenta batalha para o exército espartano com apenas trezentos homens.
Esse papel foi, com certeza, o papel que mais exigiu profissionalismo e devoção ao trabalho de Santoro. Pois foram necessários vários recursos para tornar Santoro o mais semelhante possível com Xerxes.
Abaixo, uma foto de Santoro em 2007 como Xerxes, e em  2003 como Randy Emmers.
                                                                                                     

   Alguns artistas dizem que existem papéis que você se lembra porque era um bom papel, e que existem papéis que você não precisa se lembrar porque você pega um pouco deles para você. Provas disso são Angelina Jolie e Brad Pitt, que começaram seu relacionamento durante as gravações do filme de ação "Sr. e Sra. Smith", assim como Joe Jonas começou seu relacionamento com Demi Lovato durante as gravações do grande sucesso da Disney "Camp Rock". Santoro também teve um papel deste tipo, mas diferentemente de Brad Pitt e Joe Jonas, Santoro não conseguiu um par romântico na vida real. Ele ganhou um grande amigo da vida real, que dentro do filme interpretava seu namorado.
Me refiro a Jim Carrey, que, no filme "I Love You Phillip Morris"(Traduzido no Brasil como "O Golpista do Ano"), interpretou Russel, um gay que formava par romântico com o personagem, também gay, de Rodrigo Santoro. Isso ocorreu em 2009.
          Cena de beijo entre Santoro e Jim Carrey.

Os trabalhos mais recentes de Rodrigo Santoro foram os quatro filmes que ele participou em apenas um ano: Meus Pais ( como Marcos) Talking With Dog, There be Dragons (Oriol) e Recém Formada (David Santiago).
Só que o papel mais curioso de todos esses quatro citados acima, foi um que Santoro interpretou ainda esse ano. E mesmo que o personagem de Santoro seja um dos protagonistas do filme, você só nota sua participação se prestar bastante atenção e se estiver acostumado e habituado com a voz de Santoro.
O filme a qual me refiro é a animação "Rio", que conta as aventuras de um arara azul (Blu) de Minessota no Rio de Janeiro. O filme é dirigido por Carlos Saldanha (outro brasileiro que cresceu profissionalmente no exterior e que, um dia, terá seu lugar na categoria "Brasil Estrangeiro").E neste filme, Rodrigo Santoro faz a voz de Túlio, um cientista humano especializado em aves (um ornitólogo, para ser mais específico), que no filme tem dois deveres: Conquistar Linda, a dona de Blu. E convencer Linda a levar Blu para o Rio de Janeiro, para casalar com Jade, outra arara azul, e impedir que a espécie se extingua.
Túlio(Rodrigo Santoro) e Linda ( Leslie Mann).

E foi assim que Rodrigo Santoro, moleque nascido no Brasil, conquistou a fama, o dinheiro, a experiência e, mais importante, o reconhecimento nos Estados Unidos da América e em todo o mundo.
Para esse ano, Rodrigo Santoro já tem confirmado o filme "Black Oasis" e, para 2012, o filme "What to Expect When You're Expecting".
Eu não sei quanto a vocês, mas eu, particularmente, não perco esses filmes por nada nesta dimensão. 

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Personagens da Disney - Nem todos são contos de fadas!


O que se entende por conto de fadas? Normalmente, as pessoas entendem que contos de fadas são pequenas histórias fantasiosas com fatos impossíveis e fantásticos. Outros dizem que contos de fadas são a definição exata de filmes infantis de animação em 2D feitos pela Disney. Mas eu digo o contrário.
Contos de fadas realmente são histórias fantasiosas com fatos impossíveis e fantásticos, mas nem todas as histórias com esses aspectos são necessariamente contos de fadas.
Para ser um conto de fadas, os autores devem ser desconhecidos (mesmo que existam teorias sobre seus atores), e as histórias devem ser de domínio público antes mesmo de sua criação, e não apenas sessenta anos depois da morte de seus autores como a maioria das histórias.
Chapéuzinho Vermelho, Cinderela, Branca de Neve, Bela Adormecida, Rapunzel, A Princesa e o Sapo, A Bela e a Fera, os Três Porquinhos, e etc.
Os contos citados acima realmente são contos de fadas, exatamente o oposto de Peter Pan, Alice no País das Maravilhas, Tarzan, Mowgli, Pinóquio, Robin Hood e outros contos da Disney. A seguir, uma pequena explicação sobre o porque de cada um dos contos citados não serem contos de fadas.
Peter Pan
Peter Pan, a fada Sininho, os Meninos Perdidos, a garota Wendy e seus irmãos João e Miguel realmente são de domínio público, mas não significa que sejam contos de fadas. A presença de uma fada em uma narrativa não qualifica a mesma como conto de fada. Peter Pan foi criado por James Matthew Barrie enquanto o mesmo contava histórias para os filhos de sua amiga Sylvia Liewelyn Davies, e o nome Peter vem de um dos filhos de sua amiga. Muitos também acreditam que o nome Wendy tenha sido criado por James. Acontece que, como a obra de James tem crianças voadoras, fadas, piratas e outras coisas que contos de fadas possuem, a obra é dada como um, embora não seja. Peter Pan se tornou obra de domínio público assim que sessenta anos se passaram após a morte de James Matthew Barrie, e os filmes da Disney sobre ele sustentaram cada vez mais a falsa ideia e certeza errônea de que Peter Pan é um conto de fadas.

Tarzan
É muito reduzido o número de pessoas que acredita que a história de Tarzan seja um conto de fadas, pela mesma não conter magia. Mas os  poucos que acreditam que Tarzan seja um conto de fadas, se baseiam nos contos Os Três Porquinhos e Chapéuzinho Vermelho que não contém magia e mesmo assim são contos de fadas. E nem é preciso relatar que seria impossível macacos ensinarem sua linguagem e costumes para um humano, e também é impossível um humano derrotar sem armas um leão (que nos filmes da Disney foi substituído pelo leopardo Sabor). Tarzan foi criado por Edgar Rice, e vinte e quatro livros a seu respeito foram escritos por este mesmo escritor. Sessenta anos após a morte de Edgar Rice, a obra se tornou de domínio público,e por isso vários outros autores escreveram sobre ele. Logo nasceu a febre Tarzan, com mais dezenas de livros, filmes, peças, seriados e várias outras mídias. O domínio público de uma obra ser existente, não significa que a obra é um conto de fadas.
Mowgli, o Menino Lobo
A história do menino que foi criado por lobos, amigo de ursos e panteras, conhecedor das leis da selva, foi criado por Rudyard Kipling. Assim como a história de Tarzan, Mowgli não é considerado um conto de fadas por muitas pessoas pelo fato de não haver magia incluída. Mas mesmo assim muitos consideram um conto de fadas, pois sabem que assim como grilas não criam um garoto, lobos também não tem essa capacidade. Outro fato que faz uma grande quantidade de leigos crerem no fato de Mowgli ser um conto de fadas é a cobra Kaa que domina um poder absurdo de hipnotizar os inimigos. Embora existam cobras com uma capacidade parecida, é inexistente uma que possa hipnotizar bichos maiores como panteras e ursos ou seres humanos. Mesmo que haja fatos impossíveis, Mowgli não é um conto de fadas por dois fatos: O autor é conhecido, e é o único e criador de histórias sobre este personagem, e outro jeito de comprovar que não é um conto de fadas é o livro O Segundo Livro da Selva escrito pelo mesmo escritor, contanto histórias que se passam no mesmo ambiente que as histórias de Mowgli. Um conto de fadas é único, sem continuações, a menos que se torne de domínio público. Quando o mesmo autor escreve uma continuação, é sinal de que ele mesmo não queria que sua obra fosse considerada um conto de fadas.


Pinóquio
É incrível quando encontro vários "filósofos de twitter" discutindo sobre o fato de que Pinóquio e seu pai Gepeto não conseguiriam sobreviver tanto tempo dentro de um estomago de uma baleia, como a aventura de Pinóquio narra. Até que me deparo com a seguinte frase " Vocês são todos ums idiotas sem nada pra fazer além de questionar coerência em contos de fadas estúpidos." Ao autor desta célebre frase, só tenho a dizer:
_Quando você põe "um" no plural, o m se transforma em n, sendo que fica incorreto escrever "ums", que deveria ser "uns". E outra  coisa, Pinóquio não é um conto de fadas.
Sei que é difícil acreditar que Pinóquio não é conto de fadas, pois tem tudo que um autêntico conto de fadas deve ter. Algo inanimado que ganha vida, bichos falantes, tragédias e, é claro, fadas. Mas um único, pequeno e quase imperceptível fato torna Pinóquio um conto normal: Ele existe em uma única versão de um único escritor, Carlo Collodi. 
Robin Hood
Saci Pererê não é um conto de fadas, ele é apenas um personagem do folclore. Podemos até dizer que Saci Pererê é um anti-herói, pois é um personagem "do bem" com mal comportamento, ou, da forma mais conhecida, suas molecagens. Ninguém sabe quem ´criou Saci Pererê, sabe-se apenas que Monteiro Lobato tornou o personagem famoso,e mesmo assim não é um conto de fadas pois é um personagem de folclore que é de domínio público desde sua criação.
Bem, podemos dizer que Robin Hood é o Saci Pererê inglês. Robin Hood foi criado do mesmo método que Saci, infelizmente o método é desconhecido. Há uma grande diferença entre conto do folclore e conto de fadas. Por isso, Robin Hood não é um conto de fadas.

Alice no País das Maravilhas
Alice foi escrito por Lewis Carrol em 1865. Muitos outros escritores tentaram lucrar com este livro, dizendo serem os verdadeiros e autênticos da obra, mas Lewis sempre conseguiu provar ser o verdadeiro escritor de Alice no País das Maravilhas.
Até mesmo a Wikipédia, a maior enciclopédia na web, erra ao dizer que a história de Alice é um conto de fadas non sense, pois por mais que seja non sense, não é um conto de fadas por ter seu escritor divulgado.
A história surgiu quase do mesmo jeito que a de Peter pan, com o escritor contando histórias para os filhos. Até o nome "Alice" veio de uma das filhas da amiga de Lewis, assim como o nome "Peter" veio de um filho da amiga de Rudyard (o autor de Peter Pan). E ambos, tanto Peter Pan como Alice no País das Maravilhas, não são contos de fadas.

O primeiro filme totalmente em animação foi Branca de Neve, da Disney. Depois veio Cinderela, A Bela e a Fera, A Bela Adormecida e outros contos de fadas.
Talvez pelo fato de que os primeiros filmes da Disney foram baseados em contos de fadas, todo filme pela Disney produzido acabou ficando marcado como um conto de fadas.
Se Harry Potter, Crepúsculo, O Senhor dos Anéis ou até mesmo a Bíblia tivessem sido transformados em um filme de animação 2D pela Disney, seriam considerados contos de fadas.